Novo Polo Track chega com competência para substituir o Gol

Ao longo dos anos, a Volkswagen do Brasil vinha tentando substituir o valente Gol. Em outubro de 2003, lançou o Fox e o modelo, apesar de bem mais moderno, demorou para emplacar. Em 2015, não menos moderno que o Fox,  foi a vez do Up!. E o Gol se manteve firme.

Agora, pela primeira vez, o modelo lançado há 42 anos é verdadeiramente substituído por um moderno e competente. Vale lembrar que, quando chegou ao mercado no final de 1979 com a missão de substituir o Fusca e a Brasília, o modelo não conseguiu.

Design moderno, espaçoso, mas o fraco motor 1,3 litro a ar e 50 cavalos fez os consumidores ficarem receosos. O automóvel, que seria o mais vendido por 27 anos seguidos, começou timidamente a se firmar com a chegada do motor 1,6 litro a ar e posteriormente com o motor 1,6 à água. Aí sim, a história do modelo deslanchou.

Logicamente, com as devidas ressalvas e os longos anos de distância, o novo substituto, o Polo Track, lembra muito a origem do Gol. Retrovisores sem controle elétrico, painel mais simples, câmbio manual de cinco velocidades, sem tela lotada de tecnologias, e rádio simples. E destacando a robustez e resistência.

Usando a moderna plataforma MQB, o Polo (por muitos chamado de mini Golf, um dos modelos mais fantásticos já produzidos pela marca alemã) é muito mais avançado em termos de rigidez estrutural, segurança e dinâmica de condução que o Gol.

Em termos de segurança, o novo substituto é muito superior: o Track vem de série com quatro airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa e bloqueio eletrônico do diferencial.

Por dentro, o modelo é espartano, mas muito agradável. Por ser maior que o Gol, o Track tem mais espaço interno. Atrás ou na frente, é possível quatro pessoas viajarem bem acomodados.

Em termos de conforto, o modelo de entrada da Volkswagen conta com ar condicionado, direção elétrica, vidros dianteiros, travamento das portas, porta-malas e bocal do tanque elétrico.

Motorização

O Polo Track está equipado com um motor 1,0 litro, aspirado, que desenvolve 84 cavalos de potência e 10,6 kgfm de torque quando abastecido com etanol, e 77 cavalos e 9,6 kgfm com gasolina. A transmissão é manual de cinco marchas, com engates precisos e suaves. Uma tradição dos modelos da marca alemã. Por sinal, motor e câmbio são oriundos do Gol.

Mais pesado que o Gol em 45 quilos, o Polo tem um desempenho superior ao seu antecessor, muito graças à melhor aerodinâmica, mas modesto. Em ultrapassagens, nas rodovias, necessita um pouco mais de planejamento. Porém, muito coerente com a proposta.

O novo modelo acelera de 0 a 100 km/h em 14,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 169 quilômetros por hora. Na estrada, apesar de ser competente, precisa de cuidado nas retomadas. Apesar de encarecer o carro, sente-se falta de uma sexta marcha. Com certeza, “acalmaria” o motor e melhoraria muito o consumo. Na cidade, o Track é ágil e muito agradável de andar.

Por falar em consumo, o Track surpreendeu fazendo médias de 13,2 quilômetros por litro com gasolina e 9,7 com etanol. Já no ciclo rodoviário, o Track fez 15,2 com gasolina e 11,0 com etanol. São números bem razoáveis.

Andando

Ao rodar com o Volkswagen Polo Track é que se percebe a enorme evolução entre os dois modelos. A suspensão, 1,7 centímetros mais elevada que a dos demais membros da família Polo, e os pneus 185/65 R15, com calotas pitadas de preto, absorvem bem as irregularidades do solo. Mesmo com a maior altura do solo, o Track é muito estável.

Os freios a disco na dianteira e a tambor na traseira (tudo para baratear) param o carro em espaços razoáveis e sem desvios. Ou seja, o conjunto é agradável e passa segurança para quem o dirige.

Apesar de o volante não ter regulagens nem de altura nem de profundidade, achar uma boa posição para dirigir não é uma tarefa muito difícil, graças ao banco do motorista, que tem regulagem de altura.

Sem dúvidas, a Volkswagen marcou um golaço com o Polo Track.

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