Os usuários de motocicletas, tanto para o trabalho como no lazer, e os pedestres continuam sendo as principais vitimas dos acidentes em Campinas. Das 49 vidas perdidas em vias urbanas entre janeiro e agosto de 2024, 41 eram de motociclistas, garupas ou pedestres. Juntos, eles respondem por 84% dos óbitos. Os dados compõem o Boletim Mensal Informativo de Óbitos no Trânsito, divulgado pela Emdec – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas.
Apesar do alerta, há motivo para comemorar quando olhamos para os pedestres. Quatro vidas foram poupadas no período. Os dados preliminares apontam 15 óbitos por atropelamento até agosto deste ano (31% do total) e 19 no mesmo período de 2023, o que representa uma queda de 21%.
Com 26 vidas perdidas até agosto deste ano, os motociclistas ou garupas representaram 53% dos óbitos no trânsito. O número indica uma alta de 30% nas mortes em relação às 20 mortes computadas no mesmo período de 2023. No mês de agosto, foram três mortes – queda de 57% em relação ao mês de julho, quando sete motociclistas morreram.
É nos usuários mais vulneráveis que os esforços da Emdec se concentram para alcançar a redução desses números. Durante a Semob – Semana da Mobilidade Urbana, as ações voltadas para esses públicos se intensificam. Três avenidas receberam blitze educativas e impactaram cerca de 1,4 mil motociclistas; e esquetes teatrais irão conscientizar condutores sobre o respeito às travessias e a necessidade de priorizar a circulação dos pedestres, em terminais e estações dos Corredores BRT.
Em outra frente, a avenida Ruy Rodriguez recebeu novas travessias para ampliar a segurança na circulação de pedestres: na altura da rua Pedro Galhardi, próximo à Havan; e do Terminal BRT Santa Lúcia, próximo ao atacadista Assaí. As medidas coíbem travessias irregulares por dentro do terminal e nas proximidades.
Número de mortes
As 49 vidas perdidas na malha urbana, entre janeiro e agosto, representaram uma queda de 2% nas mortes em relação ao mesmo período de 2023, quando 50 pessoas morreram. Ocupantes de demais veículos representaram 12% das mortes – foram seis vidas perdidas e uma queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado (sete óbitos). O número de ciclistas mortos se manteve estável – foram duas vidas perdidas até agosto deste ano e quatro em 2023 (queda de 50%).
Quando somados os registros em vias urbanas e rodovias, a tendência é de alta nas mortes, nos dados computados até agosto. Foram 113 vidas perdidas, sendo 58 em rodovias e seis em locais ainda não identificados. O número é 6% maior do que o computado no mesmo período de 2023 (107 vidas perdidas).