Anfavea

Fiat lidera mercado nacional e a picape Strada é o veículo mais vendido

Do jeito que terminou 2024, começou o ano de 2025. Ou seja, com a Fiat na liderança do mercado brasileiro. Em janeiro, a marca alcançou 21,4% de market share e emplacou 34.356 unidades, quase 13 mil à frente da segunda colocada, Volkswagen. Já a Strada, veículo mais vendido do país em 2024, se manteve líder absoluto no primeiro mês do ano, com 8.777 unidades vendidas.

Nos diferentes segmentos, a Fiat liderou entre as picapes, hatchs, sedans e vans, reforçando o protagonismo da marca em todo o mercado. Com as picapes, foram 13.111 unidades emplacadas, e além da Strada, a Toro se destacou na primeira posição no segmento C-picapes com 3.452 vendas. 

Entre os hatchs, foram 9.197 unidades vendidas. Além do destaque do Argo, o Mobi liderou a faixa de entrada do segmento com 4.024 emplacamentos. No mesmo ritmo, a Fiat iniciou o ano retomando a liderança entre os sedans, com as 3.313 unidades do Cronos. Já entre as vans, a Fiorino foi destaque com 65,8% de participação e 992 unidades emplacadas, com isso a Fiat também liderou o segmento total com 1.723 unidades e 31,1% de segment share.


Com resultados consistentes, a Fiat cresceu em quase todos os segmentos em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando o primeiro mês de 2025 com o de 2024 foram 3.501 carros a mais emplacados. Somente no segmento Hatch, o crescimento foi de 8,0 p.p de segment share. 

“Terminar um ano na primeira colocação e recomeçar na liderança do mercado brasileiro representa muito para a Fiat. Nosso objetivo é continuar trabalhando para atender o nosso público com o que há de melhor no mercado. Posso adiantar que teremos muitas novidades no decorrer do ano”, comenta Frederico Battaglia, vice-presidente da Marca Fiat para a América do Sul.      

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Venda de veículos aumenta 21,6% em outubro, diz Anfavea

A venda de veículos aumentou 21,6% em outubro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2023. No mês passado, foram licenciadas no país 264,9 mil unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (6) pela Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.

No acumulado do ano – de janeiro a outubro –, as vendas cresceram 15% em relação ao mesmo período de 2023, com um total de 2,124 milhões de unidades.A exportação de veículos também aumentou no mês passado. A alta foi de 39,2% ante outubro de 2023, chegando a 43,5 mil unidades exportadas.

No acumulado do ano deste ano, a exportação somou R$ 327,8 mil, o que representa queda de 7,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. (Agência Brasil)

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Coluna Fernando Calmon — Salão do Automóvel, no Anhembi, volta em 2025

Coluna Fernando Calmon nº 1.322 — 8/10/2024

Salão do Automóvel, no Anhembi, volta em 2025 ao local tradicional

Sete anos depois, o tradicional Salão do Automóvel acaba de ter sua data confirmada. Será de 22 de novembro a 1º de dezembro do próximo ano e confirma informação que adiantei seis meses atrás sobre onde se realizaria. Ao longo do tempo, surgiram dúvidas sobre o local exato em razão de negociações. Desta vez, porém, prevaleceu a óbvia escolha do Distrito Anhembi, o pavilhão no centro de São Paulo agora totalmente reformado do piso ao teto.

Desapareceram aquelas grandes colunas metálicas internas em diagonal que enfeavam o visual, mas era a tecnologia disponível à época, quando o pavilhão foi inaugurado em 20 de novembro de 1970. Ar-condicionado levou décadas para instalação: apenas em 2016. O Distrito Anhembi é privilegiado pela localização, infraestrutura de transporte e estacionamento para cerca de 6.000 veículos.

O local anterior, São Paulo Expo, era menos central e sem mais necessidade de uma área tão grande. Salões de automóveis internacionais encolheram e o de Genebra desapareceu. Organização continuará de responsabilidade da empresa inglesa Reed Exhibitions, rebatiza de RX Brasil. Anfavea, no entanto, assumirá maior protagonismo. Possivelmente, poderá haver comercialização nos estandes, antes vetada, mas que o Festival Interlagos demonstrou como nova tendência. Em 2018 o Salão do Automóvel atraiu 742.000 visitantes.

Mercado terá 2024 bem melhor; Fenabrave previu já em abril

Balanço de vendas de setembro e do acumulado do ano permite projetar que haverá crescimento além do previsto pela Anfavea. A Fenabrave tinha detectado desde o início do segundo trimestre a movimentação acima do esperado nos salões de exposição das concessionárias.

O mês passado contabilizou 236,3 mil veículos leves e pesados vendidos. A alta foi de 19,5% em relação ao mesmo mês do ano passado e é recorde para o nono mês do ano nos últimos 10 anos. Perde, entretanto, para as 245 mil unidades de dezembro de 2023. No acumulado de 2024, as vendas totalizaram 1,86 milhão de unidades: 14,1% superiores ao mesmo período de 2023.

Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, reafirmou o bom momento e continuará até dezembro. Já a Anfavea admitiu que o mercado subiu além do previsto com a média diária de vendas 13,8% superior a setembro do ano passado. Márcio Leite, presidente da associação dos fabricantes, disse que os números ainda poderão mudar até o final de 2024 em razão do aumento previsto das taxas de juro ao consumidor puxadas pelos aumentos da Selic.

Realmente, os compradores podem estar se antecipando aos juros maiores previstos para os próximos meses e o início de 2025. Contudo ainda falta assegurar uma normalidade de 70% de vendas financiadas e 30% à vista. Hoje, cerca de 50% ainda são à vista.

Anfavea apontou que o acumulo de importação chinesa nos portos “atrapalhou a logística no fluxo de peças do exterior para produção local”. Na realidade só a BYD trouxe carros em massa para fugir do aumento do imposto de importação sobre elétricos, agora em “suaves” saltos até 2026. Afinal, um erro de avaliação do governo federal: cronograma acabou sob medida para apenas uma marca.

Basalt, terceiro novo produto Citroën, afinado ao mercado

SUVs cupês têm atraído atenção e o Basalt atende a este segmento. Não se trata exatamente de um SUV e sim crossover. Mas consegue se diferenciar do Fiat Fastback, ambos produtos da Stellantis. Há equilíbrio de linhas com destaque para as grandes lanternas traseiras que se estendem às laterais, o conjunto ótico dianteiro e a curvatura do teto. Distância entre-eixos, 2.645 mm (garante bom espaço interno, em especial para cabeças no banco traseiro); comprimento, 4.343 mm; largura, 1,821 mm e altura, 1.585 mm. Porta-malas de 490 L também muito bom, ligeiramente inferior ao do Fastback (516 L).

Motor é o mesmo de origem Fiat, 1 L turbo, 130 cv, 20,4 kgf·m (etanol ou gasolina) e também igual câmbio CVT de sete marchas. A fábrica indica aceleração de 0 a 100 km/h em 8,4 s. Esse conjunto se revelou bem adequado ao uso urbano e rodoviário, respostas imediatas ao acelerador, freios bem dimensionados e direção precisa durante primeira avaliação entre São Paulo e a Fazenda Capoava, em Itu (SP). Posição do volante, com boa definição de centro, peca pela falta de regulagem de distância e a de altura sem amortecimento (queda-livre). Suspensões são firmes, mantêm conforto em pisos irregulares, nem muito dura e nem macia em excesso, dentro do alto padrão da engenharia brasileira em geral.

O pacote de segurança, embora razoável, deixa de fora itens caros como faróis de LEDs e alerta de colisão frontal. Em contrapartida apresenta preços competitivos entre R$ 89.900 e R$ 107.390.

Creta 2025 recebe primeira atualização mais profunda

Harmonia de linhas marca a primeira grande mudança estética da segunda geração, surgida três anos atrás. Grade, para-choque, faróis e um filete de LED de um lado ao outro mostram uma frente inteiramente nova. Na traseira o Creta 2025 recebeu lanternas interligadas de ótimo efeito visual, que se completam com para-choque também redesenhado. Há novas rodas de liga leve diamantadas. No interior destaque para duas telas integradas de 10,25 pol. Versões Ultimate e N-Line foram lançadas simultaneamente.

Mantiveram-se as dimensões externas com simbólica mudança de 20 mm no comprimento. Mecanicamente, novo motor 1.6 turbo e injeção direta substituiu em boa hora o anterior 2-litros de aspiração natural. Agora entrega 193 cv e 27 kgf·m, apenas na versão a gasolina. Câmbio é automático de sete marchas com duas embreagens.

Na primeira avaliação em Itu (SP), apenas com o motor mais potente entre todos os SUVs compactos do mercado, a mudança é muito marcante com respostas imediatas e aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 7,8 s. Ótima estabilidade em curvas. Nível de ruído, outro destaque do novo motor do Creta. Sistemas de segurança (ADAS, em inglês), testados à parte, corresponderam ao esperado.

Preços mantidos: R$ 141.890 a R$ 182.090. Só na versão de topo Ultimate, com o novo motor, mais R$ 2.000 (R$ 189.990)

Ranger Black tem o preço mais competitivo do mercado

Picape média na versão de entrada da Ford recebeu pequenas melhorias de acabamento, especialmente no interior, além de itens de decoração externa. Substitui a versão anterior XLS e o preço de R$ 219.990 coloca a Ranger Black numa posição privilegiada frente aos concorrentes diretos. Manteve inalteradas as especificações de tração 4×2, câmbio automático de seis marchas e o mesmo motor diesel de 170 cv e 41,2 kgf·m, agora também fabricado na Argentina, o que costuma ajudar na redução de custos.

No interior o volante é revestido em couro. Os bancos não recebem esse material, mas melhorou bem o seu aspecto e a resistência da forração. Com um pormenor bem-humorado nas laterais dos bancos dianteiros da famosa frase em inglês de Henry Ford: “So long as it’s black”. Ele se referia a que o cliente poderia escolher qualquer cor de carroceria desde que fosse o preto, no começo do século 20. Além da padronização, a tinta secava mais rápido.

Apesar do nome Black, as cores da carroceria não se limitam ao preto: também pode em branco, prata e azul.

BMW investe R$ 1,1 bilhão e confirma híbrido plugável

Em abril último, a fabricante alemã já havia anunciado que produziria aqui o primeiro híbrido plugável premium do País, ao iniciar a comemoração de 10 anos de instalação da fábrica de Araquari (SC). Agora, além de revelar o investimento de R$ 1,1 bilhão de reais, entre 2025 e 2028, confirmou o início de fabricação do X5 híbrido plugável na versão a gasolina. Atualmente importado dos EUA, a produção nacional do SUV médio-grande deve se iniciar em novembro. Milan Nedeljković, responsável pela produção e membro da administração mundial da BMW, na sede em Munique, veio ao Brasil para o anúncio do desembolso e do início das vendas nas próximas semanas.

O diretor também não descartou uma futura versão híbrida flex que estaria nos planos, se houver demanda. A BMW já reúne experiência com este desenvolvimento desde seus primeiros motores do tipo, ao projetar o sensor de etanol junto ao sistema de injeção, bem mais preciso e confiável que o utilizado comumente após o catalisador.

Há ainda intensão de produzir outros modelos no País e também híbridos, como confirmou a presidente da operação local Maru Escobedo. Uma vantagem competitiva da marca da Bavária alemã é utilizar a mesma carroceria para oferecer carros com motores a combustão, híbridos e elétricos. Isso foi reconhecido até pelo jornal americano The New York Times, ao afirmar que a estratégia surtiu efeito nas vendas, algo de que os concorrentes duvidavam.

Entretanto, a BMW já exibiu protótipos de um sedã e um crossover específicos para motorização elétrica. Devem estrear até 2026, em alemão a Neue Klasse (Nova Classe).

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Coluna Fernando Calmon — Anfavea projeta cenários flexíveis para híbridos e elétricos

Coluna Fernando Calmon nº 1.321 — 1/10/2024

Anfavea projeta cenários flexíveis para híbridos e elétricos até 2040

No atual panorama de incertezas no mundo em relação ao que os consumidores vão decidir comprar, fica mais difícil ainda fazer projeções para o Brasil. Mas como a indústria automobilística tem que fazer investimentos altos e com grau de risco elevado porque não pode errar, tudo se torna complicado.

De nada adianta produzir só o que o governo quer, como na China, se os compradores com direito de escolha nos outros países estiverem inseguros sobre os rumos. Mesmo no maior mercado individual, o chinês, já se detectou este ano um soluço nas vendas de modelos elétricos. Isso está cristalino — e algo bem mais que um soluço — nos outros dois maiores polos mundiais, EUA e Europa. Na Índia e Japão, terceiro e quarto mercados tomados individualmente, o cenário está favorável aos híbridos.

Por isso, as conclusões do estudo da Anfavea e da especialista contratada Boston Consulting Group, que acaba de ser revelado em versão final, apontam três hipóteses dentro do escopo de descarbonização da atmosfera, pois o gás carbônico (CO2) é o principal responsável pelo efeito estufa.

“Se hoje os modelos eletrificados respondem por pouco mais de 7% do mix de vendas de veículos leves, em 2030 eles representarão de 39% a 54%, em 2035, de 65% a 78% e em 2040, de 86% a 91%. Primeira possibilidade, nível de adoção gradual; na segunda, nível de adoção acelerada”, afirmou a Anfavea em comunicação oficial.

Convém comentar o termo da moda “eletrificado”. Veículos híbrido básico (ou semi-híbrido), híbrido pleno e híbrido plugável enquadram-se na categoria de motores a combustão com diferentes níveis de auxílio de um motor elétrico. Diferente, portanto, de um carro 100% elétrico a bateria. No caso dos hipotéticos 91% em 2040, estão somadas as quatro opções.

Entretanto, mesmo essa análise pode não refletir a realidade atual, abalada por notícias recentes do exterior. A Northvolt está demitindo um quinto de sua equipe global e suspendeu a expansão de sua principal fábrica de baterias na Suécia. Stellantis e a empresa francesa Orano abandonaram o projeto para reciclar baterias de veículos. A empresa também congelou os planos de construir duas novas fábricas de baterias. Acea (Anfavea europeia) também solicitou revisão da meta de redução de emissões de 2025 porque contava com a “ajuda” de carros elétricos, contudo estes não encontraram compradores suficientes.

Audi Q7 2025 chega no fim do mês com boas novidades

A marca das quatro argolas entrelaçadas quer marcar os 30 anos de presença no Brasil com mais lançamentos. Um deles é o Q7 2025 de sete lugares, visual renovado e preço confirmado de R$ 692.000 já no final de outubro. Além da grade e para-choque traseiro novos, a Audi substituiu em boa hora as saídas de escapamentos, antes apenas decorativas, por elementos autênticos.

Faróis altos com tecnologia laser (opcionais) são acompanhados por assinaturas luminosas selecionáveis. Suspensões passaram a ser adaptativas com distância livre que pode variar entre 60 mm para cima e 30 mm para baixo, além de rodas de 22 pol. Há opção de eixo traseiro esterçante.

Nos próximos três anos haverá 20 novos modelos e agora em dezembro estreia o elétrico Q6 e-tron com preços a partir de R$ 530.000. O modelo terá alcance de 411 km no padrão Inmetro (bateria 100 kWh), 387 cv e sua arquitetura é a PPE (sigla em inglês para Plataforma Elétrica Premium, de origem Porsche).

Hyundai lança Palisade e Ioniq 5 simultaneamente

Agora única responsável pela importação de todos os seus modelos (antes exclusividade do grupo Caoa) a marca sul-coreana já pôs à venda o SUV de oito lugares Palisade (R$ 449.990) e o elétrico Ioniq 5 (R$ 394.990).

O primeiro é um dos poucos SUVs de oito lugares no mercado brasileiro e suas dimensões impressionam: 4,99 m de comprimento, 2,90 m de entre-eixos, 1,97 m de largura e 1,75 m de altura. O porta-malas comporta 595 litros e com as duas fileiras de trás rebatidas são nada menos que 2.494 litros. Mesmo os dois passageiros da última fileira encontram espaço para ombros, pernas e cabeças surpreendentes. E o acesso a esta terceira fileira exibe menos contorcionismo do que em outros modelos de menor porte.

Bancos dianteiros têm comandos elétricos, o do motorista com memória. Central multimídia de 10,2 pol. tem boa resolução, mas poderia ser um pouco maior. Ergonomia interna também se destaca. Motor 3,8 L, V-6 entrega 295 cv e 36 kgf·m, com aceleração de 0 a 100 km/h em 7,7 s e velocidade máxima de 210 km/h. Mesmo com lotação total não deve demonstrar lentidão em ultrapassagens em estradas, pelo que demonstrou em um primeiro contato no autódromo Capuava, Indaiatuba (SP).

Consumo, no entanto, cobra seu preço como esperado: pelo padrão Inmetro 7,3 km/l (urbano) e 9,9 km/l (rodoviário).

Quanto ao Ioniq 5, como todo elétrico, impressiona muito bem pelo desempenho. São dois motores com a repartição correta: traseiro de 228 cv e 35,7 kgf·m e dianteiro de 101 cv e 26 kgf·m. Potência e torque combinados: 325 cv e 61,6 kgf·m. A sensação que passa, ao pisar fundo no acelerador, é parecida com a de um carro esporte logo nos primeiros 50 metros pela pressão no pescoço. Hyundai indica aceleração de 0 a 100 km/h em 5,3 s.

Embora a fabricante sul-coreana o classifique como SUV, parece mesmo um hatch de teto elevado dentro de um estilo agradável com um vinco lateral pronunciado em diagonal. Trata-se de um modelo avantajado em dimensões: 4,65 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,60 m de altura. Entre-eixos de 3,00 m acomoda com grande conforto os cinco passageiros.

Um pormenor interessante: na alavanca do que seria o câmbio (obviamente não existe) a posição D é para a frente e R para trás. Ao contrário do que se convencionou em modelos automáticos, onde a posição R é sempre colocada para a frente. Esse novo arranjo tem sua lógica, embora possa confundir em um primeiro momento. Achei razoável.

Mais potência e retoques de estilo no Porsche 911

Estreia está programada para o primeiro trimestre de 2025 nas versões cupê (R$ 868.000) e o cabriolet (R$ 920.000). Além do foco na redução de emissões, ainda assim a potência do boxer biturbo de 3 litros subiu para 394 cv e o torque manteve-se em 45,9 kgf·m. Receberá ainda freios maiores tanto na frente quanto atrás.

No estilo, mudanças sutis: os faróis agora são de LED HD-Matrix e incorporam as luzes auxiliares; atrás reduziu-se o número de grelhas de ar de resfriamento no capô, integrou mais duas entradas de ar e recebeu novos tubos de escape.

A marca alemã ainda não informou quando será a abertura de pré-vendas.

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Coluna Fernando Calmon — Anfavea apresenta plano de descarbonização ao governo

Coluna Fernando Calmon nº 1.318 — 10/9/2024

Anfavea apresenta plano de descarbonização ao governo

Objetivo é alcançar em 2030 a venda de 1,5 milhão de unidades anuais entre semi-híbridos, híbridos e elétricos. Representaria mais de 50% da comercialização total e caminharia para 90% em 2040. As estimativas da Anfavea baseiam-se na evolução do estudo da entidade em parceria com o Boston Consulting Group (BCG), apresentando inicialmente em 2021.

A premissa está correta ao demonstrar a necessidade de um plano menos disruptivo do que evolutivo. Há algumas dúvidas em relação ao aumento do teor de etanol na gasolina (até 35%) e do biodiesel/HVO (até 30%) no diesel. Isso precisará ser mais bem estudado para evitar que exija bombas nos postos diferentes para um e outro combustível. Entretanto, há tempo suficiente para sanar dúvidas e orientar a produção ampliada de biocombustíveis.

Pelas dimensões continentais do País a alternativa de 100% elétricos perde força frente aos híbridos flex, de modo a se construir um planejamento inteligente e acima de tudo realista

O Brasil vem dando lições ao mundo sobre uso inteligente de suas vantagens comparativas ao explicitar emissões de CO2 da fonte à roda, de fato o que mais interessa. Os europeus, por exemplo, preferiram jogar esse problema “para baixo do tapete”, como diz o ditado popular. No entanto, já existem vozes no chamado Velho Continente que entenderam o erro e começam a revisar suas ideias

Estudos do BCG/Anfavea sobre descarbonização serão pormenorizados em encontros com formadores de opinião este mês.

Produção cresce e importações continuam a se expandir

Os números positivos refletem tanto uma recuperação do mercado interno quanto de exportações, embora estas ainda claudiquem. No mês passado foram fabricados 259.613 veículos leves e pesados com crescimento de 5,2% em relação a julho deste ano e 14,4% frente a agosto de 2023. O melhor resultado desde o período de pré-pandemia, em outubro de 2019.

Exportações tiveram leve queda de 2,2% sobre julho, porém reagiram 10,8% sobre agosto do ano passado. Em 2024, no entanto, o mercado externo encolheu quase 18% em unidades e 13% em dólares. As importações seguiram caminho inverso e subiram nada menos que 35% nos primeiros oito meses desde ano em relação ao mesmo período de 2023.

Chama atenção o estoque estimado em 86.000 carros elétricos e híbridos, quase todos importados da China, que correspondem a nada menos que nove meses de vendas. O armazenamento é uma estratégia para contornar o aumento gradativo do imposto de importação sobre elétricos. Porém, exige um capital empatado em valores extremamente altos, que marcas de outras origens nem sonham em poder bancar.

Essa situação levou ao pedido da Anfavea de antecipação de 2026 para este ano a recomposição do imposto de importação para 35%, hoje em apenas 18%. A chance de o Governo Federal atender a este pleito é quase nula por desagradar a China. O estoque atual na fábricas e concessionárias é de 24 dias, sem computar, claro, os elétricos e híbridos chineses.

Em agosto este é o perfil em vendas de automóveis e comerciais leves (%): gasolina, 3,6; elétrico, 2,3; híbrido, 1,9; híbrido plugável, 2,4; flex, 80,3; diesel, 9,6. híbridos somados superaram elétricos.

Elétrico Yuan Pro tem estilo, preço e porta-malas ruim

Logo à primeira vista o SUV elétrico mais em conta da BYD agrada, apesar de um certo exagero nos vincos de carroceria e no aplique um pouco estranho abaixo do para-choque dianteiro. Pormenor curioso: BYD aparece no alto da tampa do porta-malas, é repetido no canto inferior direito como BYD Yuan Pro e abaixo dos dois espelhos laterais com uma plaquinha BYD Design.

No geral o carro tem boa presença e dimensões compatíveis com as de um SUV compacto: 4.310 mm de comprimento, 1.675 mm de altura, 1.830 mm de largura e entre-eixos de 2.620 mm. Em termos comparativos o SUV mais vendido, T-Cross, tem comprimento de 4.199 mm, altura de 1.568 mm de largura de 1.760 mm e entre-eixos de 2.651 mm. A diferença a favor do líder de mercado está no porta-malas de 373 litros, 41% maior que o chinês. Ambos usam estepes temporários.

Bom acabamento, materiais de qualidade e de toque agradável marcam o interior com revestimento dos bancos em couro claro que, apesar de adequado ao clima tropical, reúne poucos fãs no Brasil. Os dois bancos dianteiros são bem ergonômicos e ambos dispõem de ajustes elétricos. Assoalho traseiro, apesar de plano, é relativamente alto e incomoda. Atrás faltam saídas de ar-condicionado.

Na frente destaques para a tela multimídia de 12,3 pol. e console espaçoso. Faz falta mesmo, porém, recursos de segurança ativa como frenagem autônoma de emergência, alertas de saídas de faixas, de colisão frontal, de ponto cego e de tráfego traseiro transversal entre outros.

Motor dianteiro de 177 cv e 29,5 kgf·m, apesar da massa de 1.550 kg, é suficiente para acelerar de 0 a 100 km/h em 7,9 s, sem chegar a empolgar. Bateria de 45,1 kWh deveria ser maior: alcance médio de 250 km, padrão Inmetro, é pouco. Primeiro contato em asfalto e terra foi nas pistas do Haras Tuiuti, a 110 km de São Paulo (SP). Suspensões bem acertadas, volante de autocentralização correta e freios com boa potência, mas o desempenho não é tão fulminante como o de outros elétricos. Preço: R$ 182.800.

Cappellano, da Stellantis, confirma investimento na Argentina

 A decisão de transferir as picapes Fiat Titano e Peugeot Landtrek do Uruguai para a fábrica argentina de Córdoba já era esperada. Instalações uruguaias não permitiam expansão e localização de componentes. O investimento de US$ 385 milhões entre 2025 e 2030 foi anunciado por Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, e inclui também um novo motor Diesel no país vizinho. Três quartos das unidades serão exportadas, o que confirma a Argentina como forte contendora em picapes médias de cabine dupla.

Segundo o site Autossegredos, haverá também produção e exportação da nova Ram 1200, substituta da Classic. O motor diesel de 2,2 litros entregará 180 cv e 37,7 ou 40,8 kgf·m, se o câmbio ZF de oito marchas for manual ou automático, respectivamente.

Quanto ao Brasil o executivo confirmou que dois modelos híbridos “leves” (mais corretamente, semi-híbridos) serão lançados ainda este ano. Inicialmente a estreia da linha Bio-Hybrid parecia reservada para a fábrica de Goiana (PE), porém a empresa dá a entender que Betim (MG) poderá ter a primazia. Cappellano desconversou sobre se o sistema utilizaria bateria de 12 V ou 48 V. Tudo indica que será usada a bateria de menor capacidade.

Haverá um terceiro lançamento este ano, a Ram 1500 reestilizada e lançada nos EUA, no final de 2023.

Horse aumentará índice de localização de motores

A Renault e a chinesa Geely fundaram duas novas empresas que atuam de forma independente. Primeiro a Ampere para veículos elétricos em 2022 e, agora em maio, a Horse para produzir motores de combustão interna (MCI).

Uma visão bastante pragmática é defendida pela Horse. Em 2040 metade dos carros vendidos no mundo ainda deverão utilizar os MCI de forma isolada ou em configurações híbridas. Também estarão na função de extensores de alcance para veículos de tração elétrica, plugáveis em tomadas ou não, porém com baterias muito menores e mais baratas. Igualmente haverá MCI de baixas emissões que poderão utilizar gasolina convencional ou sintética, hidrogênio e flex com etanol.

As duas novas empresas atuam de forma independente, sendo a segunda especializada em fabricação e desenvolvimento apenas de motores e carros elétricos.

Para o Brasil a Horse acaba de anunciar investimento de R$ 200 milhões para localizar a produção de cabeçotes com métodos de fundição de alta tecnologia e amigáveis ao meio ambiente, a partir de 2026. Hoje os principais motores são turbos flex de 1,3 litro, 170 cv e 27,5 kgf·m ou 1 litro, 120 cv ou mais e 20,4 kgf·m (especificações com etanol).

Segundo cálculos da empresa, revelados depois de estudos, ao fim de 150.000 km rodados, um carro com motor aspirado e 100% de etanol no tanque, no cálculo da fonte ao túmulo (ciclo completo de vida), emitirá cerca de 35% menos kg de CO2 que um automóvel com motor puramente elétrico. Um motor turbo aponta para resultado ainda melhor.

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Venda de veículos no mercado nacional tem crescimento de 14,3% em agosto

A venda de veículos no país em agosto apresentou uma alta de 14,3% em relação ao mesmo período do ano passado, com 237,4 mil unidades emplacadas, informou nesta quinta-feira (5) a Anfavea – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores. O número representa o melhor mês no ano em média diária de vendas, com 10,8 mil unidades comercializadas. No período de janeiro a agosto, mais de 1,6 milhão de unidades foram emplacadas, melhor desempenho desde 2019.

No acumulado do ano, a produção de veículos até agosto ficou em 259.613 unidades, um crescimento de 5,2% em relação a julho e de 14,4% na comparação com agosto de 2023. Considerando o período acumulado, é o melhor resultado desde outubro de 2019.

Segundo o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, a produção conseguiu manter um ritmo constante, mesmo sendo afetada pela paralisação de fornecedores em razão das enchentes no Rio Grande do Sul.

“É uma produção importante que nos coloca em um ritmo de crescimento consistente e isso é motivo de celebração”, disse Leite durante coletiva de imprensa para apresentar os números do mês passado.

Segundo a Anfavea, o maior ritmo de vendas e os lançamentos de novos modelos ajudaram a impulsionar as atividades das fábricas. “Não adianta vender muito sem ter uma produção equilibrada e isso é um termômetro importante para o setor”, continuou.

Em agosto, o setor manteve a recuperação em relação ao volume de exportações, registrando 38,2 mil unidades vendidas (automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus), ante 39 mil em julho. Leite explicou que o resultado se deve ao fato de agosto ter tido um dia útil a menos, o que impactou nas vendas. No mesmo mês do ano passado, o resultado ficou em 34,5 mil unidades.

Ele também destacou que, apesar da retração das exportações, em razão da diminuição do mercado interno de alguns países, os embarques em agosto tiveram o segundo maior volume do ano. O resultado se deve ao fato de que a Argentina, Chile, Colômbia e México registraram crescimento em seus respectivos mercados. Porém, no acumulado do ano, a queda nas vendas externas é de 17,9%.

Os números ainda mostram que foram importadas 41 mil unidades em agosto. A participação acumulada no ano dos veículos importados continua elevada, representando 17,2% do mercado interno. Essa participação é impulsionada sobretudo por produtos de origem chinesa, especialmente veículos elétricos.

A estimativa da associação é que há no país um estoque de cerca de 81 mil unidades chinesas. Na avaliação, da Anfavea, o crescimento do estoque começou a ocorrer após o governo anunciar, em novembro do ano passado, o retorno progressivo do Imposto de Importação de veículos elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país. A decisão estabelece uma retomada gradual das alíquotas até 35% em 2026 e cria cotas iniciais para importações com isenção até 2026.

Dados da Anfavea mostram que, em dezembro do ano passado, após o anúncio da retomada da tributação, o estoque era de em torno de 13,2 mil unidades. Em abril, já estava em 24 mil, unidades, chegando ao pico de 86,2 mil unidades em junho, enquanto a média de emplacamento ficou em 9,4 mil unidades no período.

“Está se criando um volume muito grande de estoque para se beneficiar dessa alíquota reduzida. É um excesso de produção na China, em razão do arrefecimento do mercado local. A China tem uma capacidade instalada de produção de 50 milhões [de veículos] e está produzindo 30 milhões. Essa demanda caiu e esse estoque tem vindo para o Brasil principalmente se beneficiando da alíquota mais baixa de imposto”, opinou Leite.

O presidente da Anfavea disse que o volume de estoque representa um desequilíbrio no mercado, já que o estoque total de veículos produzidos no Brasil (nas fábricas e concessionárias) fechou agosto em 268,9 mil unidades. A entidade defende a retomada da alíquota máxima do imposto, que atualmente gira entre 18% e 22% dependendo do tipo de eletrificação do veículo.

“Nós defendemos a recomposição imediata da alíquota, porque esse volume de importação começa a ser muito danoso para a nossa indústria, tanto no volume e estoque que vão ser colocados no mercado e não sabemos em quais condições ele vai ser colocado no mercado”, disse Leite, que informou que vai pedir esta semana à Câmara de Comércio Exterior (Camex) a retomada imediata da alíquota máxima do Imposto de Importação.

Estudo COP30

Durante a coletiva, a Anfavea apresentou um estudo intitulado Avançando nos Caminhos da Descarbonização Automotiva no Brasil, com propostas para reduzir as emissões de CO² do setor automotivo no país, que deve ser apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29), a ser realizada este ano no Azerbaijão, e na COP30, que será ano que vem em Belém.

Atualmente, o setor automotivo emite 242 milhões de toneladas de CO² por ano, o que representa cerca de 13% das emissões totais do Brasil. Segundo a Anfavea, se o ritmo atual de crescimento for mantido, as emissões poderão atingir 256 milhões de toneladas em 2040.

Para reverter esse quadro a entidade defende a intensificação do uso das novas tecnologias de propulsão desenvolvidas pelos fabricantes de veículos nacionais, combinadas com a maior utilização de biocombustíveis. A estimativa é que o uso combinado dessas tecnologias pode resultar em uma redução de até 280 milhões de toneladas de CO² ate 2040.

“É uma oportunidade de aproveitar novas tecnologias de propulsão e a aplicação de biocombustíveis como vetores para a descarbonização do setor automotivo”, pontuou Leite. (Agência Brasil)

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Coluna Fernando Calmon — Elétricos enfrentam dificuldades tanto na Europa como nos EUA

Coluna Fernando Calmon nº 1.314 — 12/8/2024

Elétricos enfrentam dificuldades tanto na Europa como nos EUA

Percalços de mercado para carros elétricos se aprofundaram no primeiro semestre deste ano. Um exemplo foi a queda brusca do Tesla Y que de automóvel mais vendido na Europa, caiu para oitavo no primeiro semestre deste ano. Segundo o especialista em análise de mercado Felipe Munoz, da JATO Dynamics, há três razões: “Sua linha de produtos limitada começa a envelhecer; a crescente concorrência de outras marcas; e estratégia de redução de preços que já não funciona com concorrentes chineses”.

Entretanto, há outras dificuldades em marcha que explicam por que houve a desaceleração tão rápida de venda na Europa e nos EUA. No segundo caso, a Automotive News aponta as panes em mais de um quarto dos postos públicos de carregamento e a dificuldade de informações precisas sobre localização que minam a confiança dos motoristas.

Na Alemanha as vendas caíram 37% em relação a dezembro com o fim dos subsídios do governo. E isso desanimou também a indústria de autopeças. A Schaeffler indicou que vai redirecionar sua produção para híbridos, numa guinada inesperada. Fabricante de chips, Infineon Technologies, afirmou que a recuperação em grande escala de veículos elétricos “ainda não está à vista” e pretende cortar 1.400 postos de trabalho.

Por fim, a Mercedes-Benz anunciou US$ 15 bilhões para voltar a investir em tecnologia de motores a combustão, seguindo a Toyota que desenvolve avanços significativos para surpreender o mercado nos próximos anos.

Novo polo de produção no Ceará suscita dúvidas

A iniciativa era esperada desde que a Ford decidiu encerrar as atividades industriais no Brasil em janeiro de 2021. As instalações em São Bernardo do Campo (SP), Taubaté (SP) e em Camaçari (BA) já foram alienadas. Restava o terreno e uma pequena fábrica de onde saía o SUV raiz Troller já descontinuado. O governo cearense desapropriou a área em março, mas a marca levou o caso à Justiça e preferiu não se manifestar oficialmente.

O Grupo Comexport, de São Paulo (SP), que trabalha com exportação e importação, se interessou pelo projeto e reservou R$ 400 milhões (cerca de US$ 70 milhões). Trata-se de valor incompatível para investimentos que, segundo a empresa, “incluem seis modelos de nova energia (híbridos plugáveis em tomada e elétricos), para três marcas consagradas da indústria automobilística mundial”, afirmou o sócio e vice-presidente comercial, Rodrigo Teixeira.

Planos concretos serão anunciados em 2025. Trata-se de uma empresa de serviços e tem entre seus clientes Mercedes-Benz, Toyota e Volvo. No seu site identifica-se assim: “Fundada em 1973, a Comexport é a maior empresa de comércio exterior do Brasil com ampla experiência nos processos operacional, logístico, tributário, aduaneiro e financeiro”. Obviamente, nenhum dos três clientes se pronunciou. Planos industriais envolvem investimentos superiores àquele montante.

Por enquanto, apenas a Neta Auto anunciou produção no Brasil. A Toyota vai colocar à venda sua fábrica em Indaiatuba (SP), pois está transferindo produção do Corolla para Sorocaba (SP). Especula-se que esta chinesa poderia se interessar. Quanto às “três marcas consagradas” citadas é preciso esperar para ver.

2008 tem boa dirigibilidade e preços nem tanto

Agora importado da Argentina, o SUV compacto da Peugeot chega ao mercado nas versões Active (R$ 119.990), Allure (R$ 129.990) e GT (R$ 149.990) para o ano-modelo 2025. São preços de pré-venda bem interessantes, porém só válidos até o fim de agosto. Já em setembro vão aumentar em R$ 20.000, o que os tornam menos competitivos.

Permanece entre os mais atuais do segmento, por fora e por dentro. Posto de condução é o mesmo do hatchback 208, com visual bastante agradável, embora haja excesso de plástico comum. O volante ovalado permite visão privilegiada do quadro de instrumentos digital em sua inusitada posição elevada. A central multimídia de 10,3 pol. conta com suporte a Android Auto e Apple CarPlay sem fio e há carregador de bateria de celular por indução (menos na versão de entrada). No banco traseiro, largura razoável, mas o assoalho tem um túnel central.

Os faróis são de LED e as rodas de liga leve de 17 pol. apresentam desenho bem elaborado. Já o porta-malas de 374 litros, padrão VDA, deveria ser maior pois perde para o do VW Nivus (415 litros), por exemplo. Motor é sempre de 1 L turbo flex, 130 cv (E)/ 125 cv (G) e 20,4 kgf·m, associado ao câmbio automático CVT de sete marchas selecionáveis por borboletas atrás do volante. A Peugeot declara aceleração de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos.

Pacote de segurança ativa é de primeira linha e inclui, entre outros itens, a indispensável frenagem automática de emergência tão importante que passará a ser item de série em todos os carros e picapes novos nos EUA em 2029.

Primeiro contato foi breve por estradas bem pavimentadas em Alagoas, além de um pequeno trecho de terra. O 2008 mostrou bastante agilidade nas acelerações, especialmente no modo Sport. Rodar é confortável, mas o isolamento acústico na cabine é apenas regular e alguns ruídos surgem em piso irregular.

Festival Interlagos planeja crescer ainda mais

O balanço é da empresa organizadora que vislumbrou um mercado que estava adormecido e acaba de superar recorde de público no autódromo paulistano, nesta terceira edição, entre 8 e 11 de agosto últimos. No dia 8 para imprensa e nos três dias seguintes atraiu 118,7 mil visitantes e contabilizou 8,9 mil testes. No total entraram na pista 355 automóveis de 29 marcas, incluindo produtos de 19 fabricantes e importadores independentes.

Uma das novidades deste ano foi a participação da empresa gaúcha Super Carros, de Gramado (RS), especializada em aluguel para passeios curtos. Daí a diversidade de modelos no circuito como McLaren LT, Ferrari, Porsche 911 Turbo S, Lamborghini Gallardo, entre outros. Segundo a organização, a iniciativa se transformou no maior evento desse tipo no mundo com cerca de 50 expositores incluídos fabricantes de autopeças, pneus, acessórios e serviços.

Foram lançados este ano 12 modelos inéditos, entre 19 marcas, a exemplo do que acontece em tradicionais salões de automóveis. Até as mais novas chinesas, Omoda e Jaecoo, do Grupo Chery, estrearam. O empresário Márcio Saldanha, em sociedade com o jornalista Eduardo Bernasconi, criou o Festival Interlagos em 2019 apenas para motocicletas. E em 2022 estenderam-no para automóveis.

“Nunca um evento havia oferecido um pacote tão completo: oportunidade de conhecer e dirigir os carros na pista, além de possibilitar negociações de vendas”, afirma Saldanha, da Duas Rodas Mídia, do Rio de Janeiro. “Foram exatos 38.300 km rodados durante o evento, no asfalto do traçado e nas pistas (off-road e habilidade). Com zero de acidentes, saídas de pista e derrapagens”, acrescenta Bernasconi.

Já foram marcadas datas para 2025: Motos, 28 de maio a 1º de junho; Automóveis, 11 a 15 de junho. No caso de automóveis, com mais um dia de evento, há perspectiva de atrair até 200.000 pessoas.

Enquanto isso, o Salão do Automóvel, de acordo com a Anfavea, ainda enfrenta dificuldades de datas tanto no segundo semestre deste ano, quanto no primeiro de 2025. Nem a alternativa do remodelado pavilhão do Parque Anhembi apresenta disponibilidade.

 

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Coluna Fernando Calmon — Julho confirmou aquecimento de vendas também no varejo

Coluna Fernando Calmon nº 1.313 — 6/8/2024

Julho confirmou aquecimento de vendas também no varejo

 

Apesar de os juros de financiamento ainda estarem bem altos, julho foi o melhor mês do ano com comercialização de 242.217 unidades, o que não acontecia desde julho de 2014. Esse volume superou até os números de julho do ano passado, mês em que houve corte de impostos para impulsionar o mercado. Média diária de vendas de 10.500 unidades ajudou nos resultados porque houve três dias úteis a mais que em junho último.

Outra referência importante: comercialização no varejo, ou seja, para o cliente pessoa física superou as vendas diretas que incluem locadoras, pessoas jurídicas e microempresas. Embora a oferta de crédito continue em alta, os juros não caíram como se esperava. Falta precificar a retomada do bem de compradores inadimplentes, prevista na nova lei do marco de garantias. Acredita-se que prestações mais baratas ainda vão demorar até a lei surtir seus efeitos, como acontece no exterior.

Anfavea continua a pontuar que as importações têm crescido mais que as exportações. Isso indica perda de participação dos produtos brasileiros nos mercados vizinhos, além do México e Caribe. Por outro lado, o presidente da associação, Márcio Leite, admitiu que a indústria automobilística no exterior se apressou mais do que deveria rumo ao carro elétrico. “De fato, os híbridos foram deixados um pouco de lado, mas a correção de rota começa a acontecer”, ponderou.

Um gráfico sobre participação no mercado nacional de novas tecnologias de propulsão foi apresentado durante a entrevista mensal da entidade. Em janeiro último foram vendidos 4.354 elétricos, 3.879 híbridos e 3.780 híbridos plugáveis. O pico de vendas dos elétricos foi em abril (6.699 unidades), antes do aumento do imposto de importação. Marcas chinesas trouxeram grande quantidade de veículos para formar estoque a um custo bastante elevado, provavelmente bancado de forma indireta pelo governo chinês.

Em julho último, houve redução acentuada de elétricos para 4.698 unidades, queda abrupta de 30% em relação ao pico. De forma contrária, os híbridos plugáveis deram um grande salto para 5.912 unidades, aumento de nada menos que 56% sobre janeiro. No mês passado, a divisão de mercado ficou assim: 5.912 híbridos plugáveis (38,6%), 4.698 elétricos (30,6%) e 4.697 (30,7%) híbridos. Estes percentuais indicam um equilíbrio entre elétricos e híbridos, com híbridos plugáveis em destaque, reproduzindo o que acontece agora nos mercados do mundo ocidental.

Blazer EV é superequipado e terá preço competitivo

SUVs são carros pesados e mais ainda quando na versão elétrica em razão da elevada massa da bateria. Mas isso não faz muita diferença no novo Chevrolet Blazer EV que chega do México, isento do imposto de importação. Significa boa ajuda no preço — ainda não anunciado — com início das entregas no mês que vem. A intenção é colocá-lo em patamar abaixo de modelos elétricos alemães Premium como Macan, iX3 e próximo do também mexicano Mustang Mach-E. Espera-se algo aquém dos R$ 500.000.

Seu melhor ângulo está na dianteira com destaque para o painel preto que substitui a grade tradicional, além das rodas de 21 pol. Impressiona o seu porte: comprimento, 4.888 mm; largura 1.982 mm; altura, 1.657 mm e amplo entre-eixos de 3.094 mm. Dá para três adultos de porte alto sentarem no banco traseiro e ainda contarem com a comodidade do assoalho totalmente plano.

Entretanto o porta-malas de 436 litros é um pouco menor que o de um sedã compacto como o Onix (469 litros). Explicação está no espaço ocupado pelo motor traseiro de 347 cv e 44,9 kgf·m, que tem acoplado o redutor. Alcance médio, padrão Inmetro, de 481 km com bateria Ultium de 102 kW·h com tempo de recarga até 3,5 vezes mais rápido, segundo a fábrica, sem informar esse tempo.

Acabamento de primeira linha com bancos dianteiros firmes e de boa sustentação lateral. Ao sentar ou ao sair, o motorista não precisa procurar nenhum botão de energização, feita de forma automática. Grande destaque é a supertela multimídia de 17,7 pol. com sistema Google Built-in nativo que dispensa espelhamento de celulares, mas exige assinatura dos serviços. Até mesmo o acionamento dos faróis é feito pela tela central, pois lamentavelmente não há um interruptor.

Espelho retrovisor interno com câmera de alta definição e o teto solar panorâmico completam o extenso pacote de equipamentos que inclui recarga por indução e por portas USB-C para baterias de telefones. Ainda há frenagem de emergência automática e alerta de ponto cego ao abrir as portas entre outros, além de três modos de condução.

Numa primeira avaliação da versão RS, no autódromo Capuava, em Indaiatuba (SP), o Blazer EV comprovou aceleração muito boa (0 a 100 km/h, em 5,8 s), comportamento em curvas exemplar e freios potentes. Também é possível calibrar o nível de regeneração da bateria ao levantar o pé do acelerador. Ao usar este recurso no máximo, dispensa acionar o pedal de freio em uma volta na pista sem grande preocupação em marcar tempo.

Termos de garantia de veículos ainda trazem dúvidas

Já se foi há décadas a garantia curta oferecida pelos fabricantes de apenas seis meses ou 10.000 km para veículos novos, no final dos anos 1950. Prazos subiram ao longo do tempo até chegarem ao patamar médio atual de três anos, que a maioria das marcas pratica. Primeiro choque nestes prazos veio com a chinesa JAC representada pela importadora SHC de Sergio Habib, em 2011.

O hatch J3 e o sedã J3 Turin ofereciam garantia inédita à época de seis anos, porém os compradores deviam comparecer a uma concessionária a cada 5.000 km para uma revisão paga. Porém, um ano depois o intervalo passou a 10.000 km, o padrão na época.

O Código de Defesa do Consumidor assegura 90 dias (garantia legal), mas vários produtos, entre estes os automóveis, concedem garantia contratual. Hoje, conforme consta nos manuais do proprietário dos veículos, tal cobertura indica três ou mais anos. Porém, note que se evita na divulgação afirmar que naquele período não há limite de quilometragem, pois isso se aplica apenas ao comprador não profissional ou comercial. Pura estratégia de marketing.

Na verdade, há uma ressalva nos manuais: três anos ou 100.000 km, o que ocorrer primeiramente, caso o comprador use o veículo em transporte remunerado de pessoas ou bens. Consultei o Procon-SP que confirmou a legalidade da ressalva de tempo e/ou distância limitantes em qualquer tipo de garantia veicular.

Por outro lado, há casos em que se deixa de considerar prazo ou quilometragem. Trata-se do chamado vício (defeito) oculto, quando o fabricante é obrigado a prover o conserto. Em geral só resolvido após ação judicial, se o defeito não pôde ser detectado porque o cliente rodava muito pouco ou não conseguiu perceber a falha no prazo estabelecido em contrato.

Atualmente algumas marcas generalistas oferecem até cinco anos de garantia, como acontece agora com a Jeep, e antes com Caoa, Hyundai, Kia, Mitsubishi e Toyota, sempre condicionada ao pleno cumprimento, pelo proprietário, do plano de manutenção determinado pelo fabricante.

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Financiamento de veículos tem melhor resultado desde dezembro de 2013

O mês de julho registrou crescimento das vendas financiadas de veículos. Ao todo, 626 mil unidades, entre veículos usados e zero quilômetro, foram adquiridas por meio de financiamentos. O crescimento foi de 27,2% em relação a julho de 2023 e de 7,2% em relação a junho deste ano. Esse desempenho foi o melhor desde dezembro de 2013, segundo o levantamento feito pela B3 (Bolsa de Valores).

A pesquisa apontou que, no segmento de veículos leves, o aumento dos financiamentos foi de 26% na comparação com julho do ano passado e de 11,3% em relação a junho deste ano.

No caso de veículos pesados, de utilização no segmento logístico do país, os financiamentos cresceram 28,1% em julho deste ano em relação a igual período de 2023. Na comparação com o mês de junho, a alta foi de 10,8%.

Já o financiamento de motocicletas teve expansão de 32% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Porém, houve queda de 5% dos financiamentos em relação a junho.

As vendas financiadas de veículos no acumulado do ano totalizam 4 milhões de unidades, número 24,3% superior ao de igual período do ano passado, o equivalente a 793 mil unidades a mais. Essa marca não havia sido igualada desde 2011.

“Os resultados de julho tiveram um ritmo forte. Fechamos o mês com o maior número de veículos financiados desde dezembro de 2013. O mercado de financiamento de veículos continua aquecido, e o destaque fica por conta do segmento de automóveis e comerciais leves novos, que registrou um crescimento de quase 20%, com mais de 100 mil veículos financiados”, disse o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3, Gustavo de Oliveira Ferro.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

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Coluna Fernando Calmon — Vendas sobem, porém importações bem mais

Coluna Fernando Calmon nº 1.310 — 16/7/2024

Vendas sobem, porém importações bem mais

O Brasil está perdendo a batalha da balança comercial entre exportações e importações de veículos. Nos últimos anos, desde 2015 o País sempre alcançou superávit com destaque em 2017. Mas este ano o crescimento das importações vai superar as exportações, segundo projeções da Anfavea. Trata-se de uma combinação deletéria. Para manter o nível de empregos na indústria automobilística é necessário que exportações compensem importações. Se o balanço for superavitário, melhor ainda.

No fechamento do primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado a produção total de veículos leves e pesados subiu apenas 0,5%. Passou de 1,132 para 1,138 milhões de unidades. De janeiro a junho de 2024 as exportações caíram 28,3% e importações subiram bem mais: 37,7%. O resultado pífio deu-se em contraste com o firme aumento de vendas internas (varejo e atacado; leves e pesados), na soma de veículos nacionais e importados, que subiram 14,6%.

Na realidade o aumento das importações — nada contra isso, contudo de forma prudente ­­— deu-se em razão de carros elétricos e híbridos, além de concentradas em marcas chinesas. Híbridos convencionais e plug-in (somados 4,5%) e elétricos (2,9%) ainda representaram parcela muito pequena das vendas de veículos leves no primeiro semestre deste ano.

No entanto a Anfavea defende uma volta imediata do imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos, sem o escalonamento em curso de 2024 a 2026. Será difícil o governo voltar atrás sobre o estabelecido.

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) reúne hoje 10 marcas entre as 50 que atuam no mercado brasileiro de veículos leves, pesados e máquinas, sem incluir motos.

Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, afirma que “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes e prejudiciais a toda a cadeia automotiva”. Mesmo discurso simplista de sempre. Ele tem razão num ponto: “Além disso, poderá prejudicar as relações com um parceiro comercial importante para o Brasil como a China”.

A BYD é, de longe, a maior associada da entidade em vendas, no primeiro semestre: 32.572 unidades, 71%. GWM vendeu menos, porém não se associou. Mas o otimismo extrapola. A chinesa já previu comercializar 120.000 unidades este ano e depois corrigiu para 100.000. Só que a Abeifa projeta 94.000 veículos emplacados das 10 marcas em 2024. Uma das duas estará errada.

 Novo lançamento da GM incluirá versão híbrida básica

O primeiro dos produtos incluído no plano de investimentos de R$ 1,2 bilhão para modernização da fábrica de Gravataí (RS) será, como esperado, um SUV compacto inédito que terá como base o Onix, ou seja, menor do que o atual Tracker. O novo modelo está previsto para 2026. O que se antevê é uma versão híbrida flex básica com alternador e motor de arranque integrados, além de uma pequena bateria auxiliar.

A GMB se convenceu, ao sondar clientes, que passar direto para carros elétricos no Brasil vai demorar em razão do preço alto e de uma rede de recarga incompleta. Um híbrido pleno para veículos maiores, a exemplo de Tracker, Montana, S10 e Trailblazer, deve chegar numa segunda etapa.

Fábio Rua, vice-presidente da GM, afirmou que o novo produto (não adiantou que se tratava de um SUV) está sendo desenvolvido pela engenharia da empresa, líder mundial para este projeto. Será exportado para países da América do Sul e México. No Brasil vai mirar, principalmente, no Kardian, Pulse e, em breve, no modelo equivalente da VW.

Outra atualização esperada, segundo o site Autos Segredos, é a injeção direta de combustível no motor a combustão interna. Até agora a Chevrolet era uma das poucas marcas a manter a injeção multiponto no duto de admissão por achá-la uma solução de menor custo e suficiente. Porém, o tempo mostrou que se trata de uma mudança viável e necessária aos olhos do mercado.  Deve estrear já neste novo SUV.

No total a empresa americana investirá R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028 na renovação de seus modelos, introdução de tecnologias avançadas e agregação de novos negócios.

BYD avança com híbrido plugável Song Pro

SUV de porte médio da fabricante chinesa tem a seu favor o estilo atraente e o conjunto motriz. O sistema híbrido plugável a gasolina também é um recurso vantajoso que se reflete em baixo consumo de combustível. Todavia, o alcance médio declarado de até 1.100 km refere-se à antiga norma europeia NEDC abandonada por pouco refletir a realidade e caiu em desuso a partir de 2017. Sem sentido continuar a citá-la.

Pela norma brasileira NBR 7024, revista e utilizada pelo Inmetro, o alcance médio é de 780 km, mas na prática pode ser um pouco melhor com bateria totalmente carregada e tanque de 52 litros cheio.

Por outro lado, uma característica bem interessante informada pela BYD é a eficiência térmica de 43% do conjunto comparável aos melhores motores a diesel. O Song Pro, na versão GS de topo que dispõe de uma bateria maior (18,3 kW·h), entrega 235 cv e 43,8 kgf·m ao combinar, segundo a fábrica, um motor a gasolina de 98 cv e 12,4 kgf·m ao elétrico de 197 cv e 30,6 kgf·m. Bom lembrar que torque combinado tecnicamente não pode ser medido em aplicações em um mesmo eixo, embora BYD insista.

Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s comprova desempenho muito melhor do que o Corolla Cross híbrido não plugável limitado por seu motor flex de apenas 101 cv (etanol)/14,1 kgf·m associado a um motor elétrico 72 cv e 16,6 kgf·m com potência combinada de somente 122 cv.

Isso ficou claro na primeira e curta avaliação pelas ruas de São Paulo. O SUV chinês tem ótimo desempenho. Mas ao partir da imobilidade há um certo atraso na resposta do acelerador, sem aquela reação fulminante dos elétricos. Impressiona o silêncio a bordo com os vidros dianteiros de dupla camada para isolamento de ruído. Porém, ao rodar em asfalto irregular ou passar por lombadas falta o acerto fino das suspensões.

Também se destaca pelo espaço interno com distância entre-eixos de 2.712 mm, pouco menor que a do Song Plus. Os passageiros no banco traseiro, além do assoalho plano, contam com regulagem do encosto. Bancos dianteiros são confortáveis e o do motorista tem regulagem elétrica (só no GS). O porta-malas oferece 520 litros, mas não inclui estepe e perde espaço devido a uma maleta contendo carregador portátil da bateria e seus cabos.

Preços: R$ 189.800 (GL) e R$ 199.800 (GS).

 

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