Anhembi

Coluna Fernando Calmon — Salão do Automóvel, no Anhembi, volta em 2025

Coluna Fernando Calmon nº 1.322 — 8/10/2024

Salão do Automóvel, no Anhembi, volta em 2025 ao local tradicional

Sete anos depois, o tradicional Salão do Automóvel acaba de ter sua data confirmada. Será de 22 de novembro a 1º de dezembro do próximo ano e confirma informação que adiantei seis meses atrás sobre onde se realizaria. Ao longo do tempo, surgiram dúvidas sobre o local exato em razão de negociações. Desta vez, porém, prevaleceu a óbvia escolha do Distrito Anhembi, o pavilhão no centro de São Paulo agora totalmente reformado do piso ao teto.

Desapareceram aquelas grandes colunas metálicas internas em diagonal que enfeavam o visual, mas era a tecnologia disponível à época, quando o pavilhão foi inaugurado em 20 de novembro de 1970. Ar-condicionado levou décadas para instalação: apenas em 2016. O Distrito Anhembi é privilegiado pela localização, infraestrutura de transporte e estacionamento para cerca de 6.000 veículos.

O local anterior, São Paulo Expo, era menos central e sem mais necessidade de uma área tão grande. Salões de automóveis internacionais encolheram e o de Genebra desapareceu. Organização continuará de responsabilidade da empresa inglesa Reed Exhibitions, rebatiza de RX Brasil. Anfavea, no entanto, assumirá maior protagonismo. Possivelmente, poderá haver comercialização nos estandes, antes vetada, mas que o Festival Interlagos demonstrou como nova tendência. Em 2018 o Salão do Automóvel atraiu 742.000 visitantes.

Mercado terá 2024 bem melhor; Fenabrave previu já em abril

Balanço de vendas de setembro e do acumulado do ano permite projetar que haverá crescimento além do previsto pela Anfavea. A Fenabrave tinha detectado desde o início do segundo trimestre a movimentação acima do esperado nos salões de exposição das concessionárias.

O mês passado contabilizou 236,3 mil veículos leves e pesados vendidos. A alta foi de 19,5% em relação ao mesmo mês do ano passado e é recorde para o nono mês do ano nos últimos 10 anos. Perde, entretanto, para as 245 mil unidades de dezembro de 2023. No acumulado de 2024, as vendas totalizaram 1,86 milhão de unidades: 14,1% superiores ao mesmo período de 2023.

Maurício Andreta Jr., presidente da Fenabrave, reafirmou o bom momento e continuará até dezembro. Já a Anfavea admitiu que o mercado subiu além do previsto com a média diária de vendas 13,8% superior a setembro do ano passado. Márcio Leite, presidente da associação dos fabricantes, disse que os números ainda poderão mudar até o final de 2024 em razão do aumento previsto das taxas de juro ao consumidor puxadas pelos aumentos da Selic.

Realmente, os compradores podem estar se antecipando aos juros maiores previstos para os próximos meses e o início de 2025. Contudo ainda falta assegurar uma normalidade de 70% de vendas financiadas e 30% à vista. Hoje, cerca de 50% ainda são à vista.

Anfavea apontou que o acumulo de importação chinesa nos portos “atrapalhou a logística no fluxo de peças do exterior para produção local”. Na realidade só a BYD trouxe carros em massa para fugir do aumento do imposto de importação sobre elétricos, agora em “suaves” saltos até 2026. Afinal, um erro de avaliação do governo federal: cronograma acabou sob medida para apenas uma marca.

Basalt, terceiro novo produto Citroën, afinado ao mercado

SUVs cupês têm atraído atenção e o Basalt atende a este segmento. Não se trata exatamente de um SUV e sim crossover. Mas consegue se diferenciar do Fiat Fastback, ambos produtos da Stellantis. Há equilíbrio de linhas com destaque para as grandes lanternas traseiras que se estendem às laterais, o conjunto ótico dianteiro e a curvatura do teto. Distância entre-eixos, 2.645 mm (garante bom espaço interno, em especial para cabeças no banco traseiro); comprimento, 4.343 mm; largura, 1,821 mm e altura, 1.585 mm. Porta-malas de 490 L também muito bom, ligeiramente inferior ao do Fastback (516 L).

Motor é o mesmo de origem Fiat, 1 L turbo, 130 cv, 20,4 kgf·m (etanol ou gasolina) e também igual câmbio CVT de sete marchas. A fábrica indica aceleração de 0 a 100 km/h em 8,4 s. Esse conjunto se revelou bem adequado ao uso urbano e rodoviário, respostas imediatas ao acelerador, freios bem dimensionados e direção precisa durante primeira avaliação entre São Paulo e a Fazenda Capoava, em Itu (SP). Posição do volante, com boa definição de centro, peca pela falta de regulagem de distância e a de altura sem amortecimento (queda-livre). Suspensões são firmes, mantêm conforto em pisos irregulares, nem muito dura e nem macia em excesso, dentro do alto padrão da engenharia brasileira em geral.

O pacote de segurança, embora razoável, deixa de fora itens caros como faróis de LEDs e alerta de colisão frontal. Em contrapartida apresenta preços competitivos entre R$ 89.900 e R$ 107.390.

Creta 2025 recebe primeira atualização mais profunda

Harmonia de linhas marca a primeira grande mudança estética da segunda geração, surgida três anos atrás. Grade, para-choque, faróis e um filete de LED de um lado ao outro mostram uma frente inteiramente nova. Na traseira o Creta 2025 recebeu lanternas interligadas de ótimo efeito visual, que se completam com para-choque também redesenhado. Há novas rodas de liga leve diamantadas. No interior destaque para duas telas integradas de 10,25 pol. Versões Ultimate e N-Line foram lançadas simultaneamente.

Mantiveram-se as dimensões externas com simbólica mudança de 20 mm no comprimento. Mecanicamente, novo motor 1.6 turbo e injeção direta substituiu em boa hora o anterior 2-litros de aspiração natural. Agora entrega 193 cv e 27 kgf·m, apenas na versão a gasolina. Câmbio é automático de sete marchas com duas embreagens.

Na primeira avaliação em Itu (SP), apenas com o motor mais potente entre todos os SUVs compactos do mercado, a mudança é muito marcante com respostas imediatas e aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 7,8 s. Ótima estabilidade em curvas. Nível de ruído, outro destaque do novo motor do Creta. Sistemas de segurança (ADAS, em inglês), testados à parte, corresponderam ao esperado.

Preços mantidos: R$ 141.890 a R$ 182.090. Só na versão de topo Ultimate, com o novo motor, mais R$ 2.000 (R$ 189.990)

Ranger Black tem o preço mais competitivo do mercado

Picape média na versão de entrada da Ford recebeu pequenas melhorias de acabamento, especialmente no interior, além de itens de decoração externa. Substitui a versão anterior XLS e o preço de R$ 219.990 coloca a Ranger Black numa posição privilegiada frente aos concorrentes diretos. Manteve inalteradas as especificações de tração 4×2, câmbio automático de seis marchas e o mesmo motor diesel de 170 cv e 41,2 kgf·m, agora também fabricado na Argentina, o que costuma ajudar na redução de custos.

No interior o volante é revestido em couro. Os bancos não recebem esse material, mas melhorou bem o seu aspecto e a resistência da forração. Com um pormenor bem-humorado nas laterais dos bancos dianteiros da famosa frase em inglês de Henry Ford: “So long as it’s black”. Ele se referia a que o cliente poderia escolher qualquer cor de carroceria desde que fosse o preto, no começo do século 20. Além da padronização, a tinta secava mais rápido.

Apesar do nome Black, as cores da carroceria não se limitam ao preto: também pode em branco, prata e azul.

BMW investe R$ 1,1 bilhão e confirma híbrido plugável

Em abril último, a fabricante alemã já havia anunciado que produziria aqui o primeiro híbrido plugável premium do País, ao iniciar a comemoração de 10 anos de instalação da fábrica de Araquari (SC). Agora, além de revelar o investimento de R$ 1,1 bilhão de reais, entre 2025 e 2028, confirmou o início de fabricação do X5 híbrido plugável na versão a gasolina. Atualmente importado dos EUA, a produção nacional do SUV médio-grande deve se iniciar em novembro. Milan Nedeljković, responsável pela produção e membro da administração mundial da BMW, na sede em Munique, veio ao Brasil para o anúncio do desembolso e do início das vendas nas próximas semanas.

O diretor também não descartou uma futura versão híbrida flex que estaria nos planos, se houver demanda. A BMW já reúne experiência com este desenvolvimento desde seus primeiros motores do tipo, ao projetar o sensor de etanol junto ao sistema de injeção, bem mais preciso e confiável que o utilizado comumente após o catalisador.

Há ainda intensão de produzir outros modelos no País e também híbridos, como confirmou a presidente da operação local Maru Escobedo. Uma vantagem competitiva da marca da Bavária alemã é utilizar a mesma carroceria para oferecer carros com motores a combustão, híbridos e elétricos. Isso foi reconhecido até pelo jornal americano The New York Times, ao afirmar que a estratégia surtiu efeito nas vendas, algo de que os concorrentes duvidavam.

Entretanto, a BMW já exibiu protótipos de um sedã e um crossover específicos para motorização elétrica. Devem estrear até 2026, em alemão a Neue Klasse (Nova Classe).

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Coluna Histórias & Estórias – Por Chico Lelis

Caio, o pai do Salão que volta ao Anhembi

 

Foi em 1960 que surgiu o primeiro Salão do Automóvel, com 11 expositores, que mostraram entre outros, o Aero Willys, o Renault Dauphine, DKW e o Saci, protótipo esportivo da VW. Nos anos seguintes (1961/1962), mais dois salões no Pavilhão de Exposições do Parque Ibirapuera. Daí em diante passou ser bienal, até que, em 1968 deixou o Ibirapuera e foi para o Anhembi.

Em 2016, com o Anhembi “caindo aos pedaços”, o Salão migrou para o São Paulo Expo, às margens da Rodovia dos Imigrantes (ligação entre São Paulo e o Litoral Sul do estado). Entre os confortos do novo local, ar condicionado, amplo estacionamento, com seu amplo preço. Uma observação: as marcas chinesas não conseguiram participar.

E agora, a razão desta homenagem ao Caio de Alcantara Machado: o Salão do Automóvel voltará ao Anhembi em abril do próximo ano, desta vez com a presença de todas as chinesas, que exportam seus veículos para cá, e todas as marcas com fábricas instaladas no Brasil, incluindo caminhões e máquinas agrícolas, segundo fontes do setor. Há quem diga que inclusive o setor náutico também fará parte deste salão que será abrigado no novo Anhembi, com capacidade muito maior que o anterior e agora denominado Distrito Anhembi. São 400 mil m² incluindo o Sambódromo, que continuará existindo e também será usado para o salão.

E por que o Caio recebe esta minha homenagem? Porque, além, de criar o salão. Caio também criou o Anhembi, que em abril receberá seu “filho pródigo” de volta, com maior força de atração que o modelo anterior e voltado para negócios.

– Será um evento de negócios, onde o visitante poderá comprar o modelo que desejar, “fazendo negócio” ali mesmo. Garante fonte do setor. Ou seja, vai valer até PIX no novo Salão do Automóvel.

Em razão deste novo perfil, não caberão neste salão, os faraônicos estandes que sempre marcaram presença em edições anteriores, com seus dois pisos, mas sim espaços para atendimento aos eventuais visitantes compradores.

Mas, é claro, o Salão não perderá sua principal característica estabelecida por Caio: exibir o melhor do setor automobilístico, com suas máquinas elétricas, híbridas, autônomas, movidas a hidrogênio e, até lá quem sabe com alguma surpreendente novidade.

Ousadia e persistência

Além de criar o Salão, Caio também construiu o Anhembi, durante anos a sede de muitas feiras que se realizavam em São Paulo, como a Fenit (a primeira de todas as feiras) e UD que eram visitadas por milhares de visitantes vindos de todas as partes do País.

Caio de Alcântara Machado Júnior destaca o que seu pai tinha de mais forte: ousadia e persistência. E conta o que aconteceu com o salão de 1986 quando, inconformadas com ações do governo federal, as fábricas instaladas no Brasil resolveram não participar naquele ano. Caio foi à Brasília e conseguiu que o ministro da Fazenda da época, Dilson Funaro, autorizasse a importação temporária, sem cobrança de impostos.

E Caio foi aos Estados Unidos e comprou 57 modelos, de várias marcas e fez um dos mais concorridos salões de todos os tempos. Eram todos carros que não existiam no Brasil e isso causou grande curiosidade ao público. Naquele salão a Rastro exibiu um carro-banheira, como conta João Basílio amigo de Caio, que esteve ao seu lado em várias ocasiões.

Uma outra ousadia de Caio: ele costumava sobrevoar São Paulo nos finais de semana para construir um local para promover suas feiras. E descobriu uma área logo ali, na Marginal Tietê, junto à ponte das Bandeiras.

Foi ao prefeito Prestes Maia que disse ser impossível, pois aquele terreno estava destinado à Santa Casa de São Paulo. Caio, segundo seu filho, saiu do gabinete desanimado. Mas voltou com o argumento de que seria melhor construir ali um local que mostrasse a grandiosidade da cidade.

Venceu e construiu o Anhembi, depois de uma viagem ao Canadá onde teve contato com construções que utilizavam alumínio espacial (Gyrotron), cinco vezes mais barato que o aço, produzido lá pela Alcan. O teto foi montado no solo e elevado por mastros de 25 metros se altura, colocados ao lado das colunas que sustentaram o teto. O projeto de construção teve a responsabilidade do engenheiro Jorge Wilheim.

A obra, conta Caio Júnior foi erguida em 2 anos (1968/70) e inaugurada com o Salão do Automóvel daquele ano.

Ele conta que muitas outras feiras foram organizadas pelo seu pai, como a Feira da Rússia, da Argentina, da Itália, do Japão da e muitas outras, de vários países, todas no Anhembi Alemanha.

Mas Caio não era apenas um criador de feiras. Foi ele, junto com o irmão José, que criou num das principais agências de propaganda deste Brasil: a Almap, que atende a Volkswagen até hoje, como AlmapBBDO.

João Carlos Basílio, reafirma a condição de ousadia e persistência do amigo Caio, com quem “deliciava-se” ficar pelo seu bom humor, gentileza e ousadia.

– Ele não conseguia – conta João – o alvará para inaugurar o Anhembi. Fazia muito tempo que o documento estava na mesa do então prefeito Jânio Quadros e a autorização não era dada. Cansado da demora, um dia o Caio cercou o carro do prefeito às 7 horas da manhã, explicou a ele o que acontecia e saiu deste encontro inusitado com a aprovação de Jânio.

Sua relação com a Imprensa é lembrada com saudades por todos os jornalistas que o conheceram. A feijoada no sábado do salão era uma delícia. Não pelo significado gourmet do prato, mas pela possibilidade de um contato mais próximo com o Caio e sua escudeira, Camilinha Cardos, assessora de Imprensa, figura única no setor, sedutora por suas gentilezas e profissionalismo.

Então, a volta do Salão do Automóvel para o Anhembi, será um prêmio para o empreendedor Caio. O novo palco do salão contará, entre outras coisas,  com auditórios, salas modulares, área de convivência, arena multiuso, passarela cultural, pavilhões de exposição com divisórias acústicas, permitindo até cinco exposições. O investimento foi de R$ 1,5 milhão.

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Coluna Fernando Calmon —Salão do Automóvel voltará possivelmente em novo local

Coluna Fernando Calmon nº 1.297 — 16/4/2024

Salão do Automóvel voltará possivelmente em novo local

Foi no dia 12 deste mês em que a Anfavea inaugurava sua nova sede que veio a confirmação. Alcançado o consenso entre as 26 associadas da entidade, o seu presidente, Marcio Leite, ainda não anunciou uma data formal, mas acenou com o período entre os últimos meses deste ano e os primeiros de 2025. O otimismo com recuperação das vendas neste e nos próximos três anos pode ter sido o catalisador. No entanto, o escopo do novo Salão do Automóvel será diferente e comentado adiante.

Com os problemas originados na pandemia da Covid-19, as grandes exposições mundiais setoriais perderam fôlego. Recentemente o Salão de Genebra (26/2 a 3/3) teve adesão muito baixa, apenas oito expositores.

O Salão de Detroit tentou inovar mudando o período de exposição do inverno para o verão, mas não deu certo. Este ano não se realizará e a volta só ocorrerá em 2025 sob temperaturas congelantes de janeiro como sempre.

A gigantesca exposição bienal de Frankfurt nos anos ímpares foi trocada por um evento muito mais discreto em Munique e focado em Mobilidade no ano passado. E o bienal Salão de Paris, realizado em 2022, também se retraiu, prestigiado apenas por marcas francesas e chinesas. O evento voltará este ano de 14 a 20 de outubro.

O Salão do Automóvel de São Paulo terá três mudanças a fim de atrair mais público. Deve voltar (ainda sem confirmação) ao agora totalmente modernizado e climatizado pavilhão de exposições do Anhembi, na região central da capital. Os testes de veículos abertos ao público serão incrementados. Pela primeira vez se permitirão operações comerciais nos estandes (desejo sempre rejeitado pelos organizadores). As tratativas envolvem a Fenabrave, associação nacional das concessionárias.Resta comemorar essa volta, depois de seis anos, com a confiança de que os mais de 700.000 visitantes da última edição, em 2018, sairão tão ou mais satisfeitos.

 Compass e Commander: novo motor e garantia de 5 anos

A Jeep não se acomodou na liderança de mercado de seus dois modelos de SUVs, de cinco e sete lugares (este também com versão de cinco lugares): ao final de 2023, o médio-compacto detinha 42% de participação e o médio-grande, 22%. Ambos à frente dos concorrentes diretos da Toyota, Corolla Cross e SW4, respectivamente. Compass tem liderança folgada, porém o Commander é seguido de perto pelo SW4 e o GWM Haval H6.

Ambos os modelos 2025 agora oferecem um motor a gasolina (importado) que vira o jogo em termos de desempenho, nas versões de topo Blackhawk. Trata-se da mesma unidade importada Hurricane da picape Ram Rampage, 2-litros turbo, 272 cv e 40,8 kgf·m. Câmbio é automático epicíclico de nove marchas.

No lançamento em Punta del Leste, Uruguai com cronometragem eletrônica a bordo o Compass acelerou de 0 a 100 km/ em empolgantes 6,76 s e o Commander, por ser maior e ter mais massa, cravou 7,32 s. São os mais rápidos de seus respectivos segmentos.

Os motores Diesel (importado) de 170 cv/35,7 kgf·m e turbo flex produzido no Brasil de 185 cv/27,5 kgf·m continuam em ambos os modelos. Os câmbios são sempre automáticos de nove e seis marchas, respectivamente.

A inédita versão de topo Blackhawk é a mais atraente, mas todas as outras seis receberam nova grade do radiador e rodas de liga leve de 18 ou de 19 pol. Especificamente nesta versão, a grade tem acabamento em cromo escurecido, pinças dianteiras pintadas em vermelho e bancos em camurça e couro.

Ambos os bancos dianteiros oferecem ajuste elétrico (no Commander, duas memórias para o do motorista). Abertura elétrica da tampa do porta-malas tem sensor de presença (chute por baixo do para-choque). O modelo de maior porte oferece 158 mm a mais na distância entre-eixos e se destaca pelo amplo espaço interno tanto nas versões de cinco quanto de sete lugares.

Um avanço importante em segurança é o sistema ativo de direção ao combinar centralizador de faixa de rolagem ao controlador automático de cruzeiro com função para-e-anda. No Compass destacam-se detector de cansaço do motorista e o reconhecimento de placas de trânsito, incluindo alertas visual e sonoro ao se exceder velocidade máxima permitida.

De forma geral, a dirigibilidade de ambos os modelos sobressai pela ótima sensação ao volante, comportamento em curvas e os tradicionais recursos de ponta 4×4 para uso fora de estrada. A garantia em ambos os SUVs passou de três para cinco anos, sem limite de quilometragem, retroativa ao ano-modelo 2022 em diante.

Para quem não espera, carro também baixa de preço no Brasil. Os dois Jeeps receberam cortes de R$ 5.000 a R$ 40.700

Compass: R$ 179.990 a R$ 279.990. Commander 5-lugares/7-lugares: R$ 217.990 a R$ 321.290.

Nervos à flor da pele: Alfa Romeo troca nome Milano por Junior

Certamente é estranho, mas o governo italiano barrou a pretensão da Alfa Romeo de lançar um crossover compacto híbrido com o nome Milano. De fato, a marca italiana tem origem na cidade homônima (em português, Milão) com uma enorme tradição de esportividade desde 1910. Nasceu apenas como A.L.F.A (Anonima Lombarda Fabbrica Automobile) e depois se fundiu com a empresa de Nicola Romeo em 1918, passando a Alfa Romeo. Em resumo, durante décadas no escudo circular da empresa aparecia Milano em destaque na parte de baixo. Com uma nova fábrica no sul da Itália, o nome desapareceu do logotipo a partir de 1970.

Opção por Junior foi natural, pois a marca já o havia utilizado como subnome desde 1965 com o GT 1300 Junior. A birra do governo italiano tem a ver com as discórdias em relação aos investimentos do grupo Stellantis na Polônia. O argumento foi que os consumidores estavam sendo enganados, pois se tratava de um carro polonês. Uma bobagem, pois há diversos carros que homenageiam cidades sem nenhuma fábrica instalada no local: Kia Rio, Hyundai Tucson, Seat Leon, Bentley Mulsanne para citar só alguns. E vários outros modelos na história do automóvel seguiram o mesmo tema.

A Stellantis poderia ignorar a pressão sofrida, mas preferiu contemporizar. O governo da Itália até já cogitou adquirir uma pequena participação no conglomerado franco-ítalo-americano, mas as tratativas emperraram. Depois o governo quis atrair a chinesa Chery para a Itália, o que irritou a tellantis. Afinal, o atual Júnior custaria 10.000 euros a mais, se não fosse polonês. Haja nervos…

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Escolas campeãs do carnaval de SP desfilam nesta sexta-feira

O desfile das escolas de samba campeãs do carnaval de São Paulo será hoje  (12), a partir das 22h, no Sambódromo do Anhembi. Ainda há ingressos disponíveis para quem quiser acompanhar as apresentações de perto.

Na abertura, apresentam-se as escolas Tom Maior (vice-campeã do grupo de acesso) e a Mancha Verde (campeã do grupo de acesso). Em seguida, entram na avenida, nesta ordem, as melhores colocadas no grupo especial: Unidos de Vila Maria (5º lugar), Vai-Vai (4º lugar), Mocidade Alegre (3º lugar), Acadêmicos do Tatuapé (2º lugar) e, para encerrar, a campeã, a Império de Casa Verde.

Os ingressos para o desfile no sambódromo podem ser comprados apenas na bilheteria do Portão 1 do Anhembi. As vendas pela internet estão encerradas. Os preços variam entre R$ 70 e R$ 90 (arquibancada), entre R$ 140 e R$ 280 (cadeiras na pista) e entre R$ 610 e R$ 1.210 (mesa para quatro pessoas na pista). Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 3981-5188.

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Coluna Fernando Calmon — Salão do Automóvel volta ao Anhembi já em 2024

Coluna Fernando Calmon nº 1.270 —26/9/23
Salão do Automóvel volta ao Anhembi já em 2024

Ainda não há anúncio oficial, mas o retorno Salão do Automóvel à área central da capital paulista já no próximo ano é praticamente certo. Esse é o mais tradicional evento do setor automobilístico cuja primeira edição foi em novembro de 1960, no Centro de Convenções do Parque Ibirapuera. A indústria havia começado a produzir em setembro de 1956 com o microcarro Romi-Isetta, seguido dois meses depois pela camioneta DKW-Vemag Universal. O primeiro salão durou 16 dias e contou com apenas 11 expositores, mas atraiu 400.000 visitantes.

No início foi anual e a partir de 1962 tornou-se bienal. Em 1970 mudou para o Parque Anhembi em local muito mais amplo, mas não climatizado. Em 2016 trocou de endereço para o São Paulo Expo em local com eficiente climatização. A última exposição foi em 2018 com 29 marcas e 742.000 visitantes.

Sofreu depois dois cancelamentos: 2020, em razão da epidemia da covid-19 e 2022, quando os expositores se queixaram de gastos elevados. Também se falou em desinteresse do público, fenômeno que vem ocorrendo em outros salões.

Mas o cenário mudou. A inspiração agora é o Salão de Detroit que se reinventou ao oferecer testes de veículos para o público, sem abandonar a exposição estática. RX, tradicional organizadora, vai optar pela volta às origens graças às obras de ampliação e modernização do Centro de Exposição Distrito Anhembi que recebe um investimento de R$ 1,5 bilhão. A área de exposição será climatizada e haverá espaço para testes onde já existe o Sambódromo.

Tudo se encaminha para a 31ª edição, em novembro do próximo ano.

Novo Megane E-Tech, agora um crossover elétrico médio

Logo à primeira vista chama atenção por linhas atraentes, uma dianteira que mostra personalidade, a pintura do teto no estilo “flutuante” e uma parte traseira mais convencional com a tampa do porta-malas um pouco afastada do para-choque. Suas dimensões e volumes são típicas de um hatch com altura de suspensão elevada (170 mm de vão livre do solo). Distância entre-eixos é ligeiramente menor (2.685 mm) do que outro hatch (2.700 mm) também elétrico, o Dolphin. O porta-malas do Megane (agora sem acento no primeiro “e”) é muito bom: 440 litros.

A Renault o apresenta como SUV, mas sua altura (1.505 mm) não condiz com essa classificação. O Compass, um típico SUV por exemplo, tem 1.625 mm de altura e seus ângulos de entrada, central e de saída são melhores. Materiais de acabamento interno de boa qualidade, inclusive o uso de camurça Alcantara. Boa tela multimídia de 12,3 pol.

Os bancos dianteiros não têm ajustes elétricos. Há um espaçoso console central pois a alavanca de seleção de marchas foi deslocada para a coluna de direção e o botão do freio eletromecânico de imobilização passou para o lado esquerdo inferior do painel. Espelho retrovisor interno tem câmera traseira acoplada e se torna uma tela de visão ampliada.

Potência de 220 cv e 30,6 kgf·m garantem desempenho muito bom, apesar dos 1.680 kg de massa em ordem de marcha. Acelera de 0 a 100 km/h em 7,4 s. Alcance médio padrão Inmetro de 337 km. No quadro de instrumentos aparece sempre em destaque o alcance restante e com precisão: apenas alguns segundos em aceleração máxima em trecho da Rodovia dos Imigrantes e a indicação caiu 6 km. O carro está sempre na mão e bons freios completam o acerto do conjunto.

Gostei do perfeito sistema de alerta aos pedestres em três versões: Neutro, Puro e Expressivo.

O primeiro lote é de 200 unidades ao preço único de R$ 279.990.

Quanto ao Brasil a Renault confirmou a apresentação em 25 de outubro próximo do seu novo SUV compacto Kardian (lançamento mundial) com motor turbo flex de 1 L já fabricado em São José dos Pinhais (PR). Vai estrear a nova plataforma CMF-B da marca francesa e substituirá o Captur.

Evento #ABX23 bateu recorde de participantes

Mais de 3.800 pessoas no São Paulo Expo, 180 palestrantes e mediadores, oito trilhas de conteúdo sem interferências em razão de sistemas de áudio individuais sem fio marcaram o sucesso do evento Automotive Business Experience 2023 organizado pela tradicional plataforma digital que inclui site informativo na internet, produção de relatórios e seminários.

Este ano o destaque, entre diversos assuntos debatidos, foi o ritmo que a eletrificação tomará no Brasil nos próximos anos. Interessante que não houve consenso. Sérgio Habib, da JAC, acredita na dificuldade de veículos 100% elétricos conquistarem muito mais que 1% do mercado de automóveis. Para ele veículos comerciais urbanos têm mais chances de crescer porque não há preocupação com a capilaridade de recarga e de alcance para entregas e transporte público.

Já Henrique Antunes, da BYD, defendeu que os preços de automóveis elétricos caindo os consumidores vão migrar. José Augusto Brandimarti, do grupo que importa produtos da também chinesa Seres, viu com preocupação as taxas de importação sobre elétricos que o Governo Federal deve anunciar em breve.

Elétricos pagarão imposto de importação

Esse assunto continuou tendo desdobramentos. A GWM que comprou instalações de uma fábrica no Brasil e começará a produzir em maio do próximo ano é a favor de que o imposto de importação para elétrico volte a ser cobrado, porém em etapas. Pelo que se sabe esta será mesmo a estratégia governamental.

O presidente da Anfavea, Márcio Leite, reafirmou que a indústria brasileira vai produzir carros elétricos e também aproveitará as vantagens do etanol como combustível verde em modelos híbridos flex. Ele não comentou sobre como será essa divisão e nem a velocidade da mudança. No entanto, a entidade defende uma cota com imposto de importação zerado para as empresas já com presença industrial no Brasil ou que venham a se instalar.

No exterior a Grã-Bretanha adiou por cinco anos – de 2030 para 2035 – a proibição da venda de veículos com motores térmicos. Alinhou-se assim aos países da União Europeia em relação à data fatal para que só automóveis novos puramente elétricos possam ser comercializados.

Entretanto, chamou atenção a declaração do primeiro-ministro Rishi Sunak de que “o ideal é as pessoas migrarem por vontade própria e não serem obrigadas a fazê-lo”.

 

 

 

 

 

 

 

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Rolar para cima
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