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O espetacular museu CARDE ganha mais três relíquias

Apenas quatro meses após sua inauguração oficial, um dos mais importantes museus do mundo, o CARDE, em Campos do Jordão – SP, recebe mais novidades. Com um acervo de mais de 600 veículos e muitas obras de arte, o museu, que se destaca por seus conceitos inovadores em interatividade, experiência, cenografia e acervo de nível internacional, recebe mais três preciosidades: um Ferrari 212 Vignale, um Pegaso Z-102 e o  Tucker ´48.

Ferrari 212 Inter Coupé 1953

Produzido pela Ferrari a partir de 1950 e comercializado até 1953, o modelo 212 representava a evolução final do tipo 166. Disponível nas configurações Inter e Export, nomenclaturas orientadas para o turismo e para a competição, diferenciavam-se pela distância entre eixos. O automóvel em exposição é equipado com um motor V12, de 2,5 litros, de 170 cavalos de potência.

Possui tripla carburação Weber, câmbio manual de cinco marchas e é capaz de atingir a velocidade máxima de 200 quilômetros por hora. Desenhado por Giovanni Michelotti e construído pela Carrozzeria Vignale, em 1953, o moderno Coupe de linhas arrojadas foi faturado para Luigi Chinetti, representante e distribuidor da marca italiana nos Estados Unidos. Único e exclusivo, faz parte de uma pequena tiragem de seis exemplares similares fabricados.

Pegasus Z-102 Berlinetta Series 2 1954

Considerado, em sua época, o automóvel de produção em série mais rápido do mundo, o Pegaso Z-102 foi fabricado entre os anos de 1951 e 1958, em Barcelona, na Espanha. Concebido pelo engenheiro Wifredo Ricart e construído nas antigas instalações da marca Hispano-Suiza, o exótico esportivo espanhol se tornou símbolo de exclusividade.


Criado para competir diretamente com a Ferrari, seu nome evidenciava a rivalidade com a empresa italiana, está representada pelo cavallino rampante. O modelo em exibição foi produzido em 1954 e possui desenho assinado pela fabricante francesa de carrocerias especiais Saoutchik.

Exposto no Salão do Automóvel de Paris, o Z-102 é equipado com um motor V8, de 2,8 litros e 195 cavalos de potência. Veloz, é capaz de atingir a velocidade máxima aproximada de 240 quilômetros por hora e faz parte de uma pequena tiragem de sete unidades produzidas.

Tucker ´48 1948

Apresentado no final da década de 1940, o Tucker é considerado um dos automóveis mais famosos e polêmicos da história da indústria automobilística norte-americana. Idealizado por Preston Tucker e estilizado por Alex Tremulis, o revolucionário veículo ostentava soluções nada convencionais em comparação aos outros carros produzidos, até então, nos Estados Unidos.

Anunciado em uma época a qual o mercado interno carecia de lançamentos, o Tucker ‘48 não só atraía a atenção pelo desenho futurista, como instigava o público e a imprensa por suas inovações tecnológicas e de segurança. Moderno, era equipado com um motor de helicóptero adaptado, traseiro, de seis cilindros e de 166 cavalos de potência.

Capaz de alcançar a velocidade máxima aproximada de 190 quilômetros por hora, possuía forração acolchoada no painel, instrumentação completa na coluna de direção, portas ‘suicidas’ (em sentido invertido) e um farol central que acompanhava o movimento do volante. Apesar da repercussão positiva, o projeto não evoluiu como planejado.

Preston Tucker foi alvo de uma investigação judicial e, mais tarde, foi acusado de fraude. Ainda que sua inocência fosse comprovada, a reputação e a situação financeira da empresa nunca mais voltariam ao normal. Das 51 unidades construídas, restam apenas 47 no mundo, a grande maioria, nas mãos de colecionadores e de museus importantes. O exemplar em exibição é o terceiro Tucker ‘48 fabricado, chassis de numeração #1003. Uma das curiosidades marcantes da unidade exposta no CARDE é que ele foi de propriedade do diretor de cinema George Lucas, criador das franquias Star Wars e Indiana Jones, e chegou a participar do filme que retratou a vida de Preston Tucker: The Man and His Dream, de 1988, dirigido por Francis Ford Coppola.

“Temos trabalhado de forma constante para sempre apresentar novidades para nossos visitantes. Desde a chegada de novos modelos, como esses três que estamos apresentando, até nossas ações exclusivas em datas comemorativas como o Carnaval, quando fizemos desfiles de corsos carnavalescos, reforçando sempre nossa meta de educação e cultura para a população, que são os principais pilares da Fundação, explica Luiz Goshima, idealizador do projeto e diretor-executivo do museu, que também atua como conselheiro e membro honorário da Fundação Lia Maria Aguiar (FLMA).

História do automóvel

No meio de uma floresta preservada de araucárias na cidade de Campos do Jordão, a 170 quilômetros de São Paulo, o CARDE surge como um espaço dedicado à valorização da cultura e da história do Brasil, principalmente a do século 20, utilizando o automóvel como personagem principal. O museu traz uma forma única de contar os fatos históricos, já que muitos dos automóveis ali apresentados são mais que produtos para mobilidade — eles se tornaram parte da trajetória do nosso País.

São ambientes imersivos, divididos de acordo com as décadas dos anos 1900, com fatos e histórias marcantes. Cada ambiente foi montado a partir de detalhado estudo histórico para somar referências de época. O CARDE conta com centenas de obras de arte espalhadas pelo museu, entre quadros, gravuras, joias e esculturas de artistas como Candido Portinari, Di Cavalcanti, José Zanine Caldas, Frans Krajcberg, Vik Muniz, Oswaldo Teixeira, Djanira da Motta e Silva, Agostinho Batista de Freitas, Heitor dos Prazeres, José Antônio da Silva, Niccolò Frangipane, Yutaka Toyota, entre outros, que auxiliam na construção de uma visão clara sobre cada momento de nossa sociedade no século 20. Essa combinação harmoniosa de objetos artesanais e tecnologia tem como fio condutor o item de grande apelo afetivo que faz parte da vida das pessoas: o automóvel.

O prédio, de seis mil metros quadrados, construído em um terreno de 200 mil m² no bairro Alto da Boa Vista, a 10 minutos do centro de Campos do Jordão, conta com iluminação teatral, cenografia rica em detalhes e muita tecnologia. Cada sala tem painéis de LED de alta definição para vídeos históricos e artísticos e sistema de som 5.1, que tornam a experiência sensorial única. Os ambientes contam com um sistema de luz e som com trilhas sonoras sincronizadas com os vídeos, produzidos com o auxílio da computação gráfica a partir de uma pesquisa histórica profunda. Monitores touchscreen complementam o conteúdo em diversas áreas.

O CARDE é uma evolução do pilar de educação da Fundação Lia Maria Aguiar (FLMA) e representa sua abertura para toda a população brasileira e mundial. Em 2025, a instituição independente e sem fins lucrativos irá completar 17 anos de atuação em arte, cultura, educação, saúde e desenvolvimento social em Campos do Jordão (SP).

Serviço
Endereço: Rua Benedito Olímpio Miranda, 280, Alto da Boa Vista, Campos do Jordão – SP.
Horário de funcionamento: De quinta a segunda-feira, das 10h às 18h.
Preço dos ingressos: Entre R$ 60 e R$ 120.
Classificação etária: Livre.
Compra de ingressos: ticketfacil.com.br/carde-museu.
Site: www.carde.org.
E-mail: contato@carde.org.

 

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Renault Kardian é o grande vencedor do Prêmio Abiauto 2024

Os vencedores do Prêmio Imprensa Automotiva, que elege os melhores veículos do ano na avaliação dos mais importantes jornalistas do Brasil, foram revelados em um evento no último dia 28 de novembro, na sede de uma das mais tradicionais e vencedoras equipes do automobilismo nacional, a Prop Car Racing, em São Paulo.

Em um espaço com diversos carros de competição, a 26ª edição da premiação, promovida pela Abiauto –  Associação Brasileira da Imprensa Automotiva, a cerimônia do evento reuniu jornalistas do setor, executivos da indústria automotiva e personalidades do automobilismo, como o ex-piloto de Fórmula 1 Alex Dias Ribeiro, Fábio “Pirú” Sotto Mayor, Luiz Evandro Águia, Darcio dos Santos e Suzane Carvalho, entre outros.

O grande vencedor foi o novo Renault Kardian, que conquistou o prêmio de Melhor SUV nacional e o principal prêmio do evento, o Prêmio Veículo Abiauto “José Roberto Nasser”. Na categoria motocicletas, a Royal Einfeld Super Meteor 650 foi a vencedora, levando o Prêmio Motocicleta Abiauto “Josias Silveira”.

Como é tradição do evento promovido pela Associação, houve três homenagens: ao piloto brasileiro José Carlos Pace, ao Carde – Museu do Carro, Arte, Design e Educação e ao piloto Fábio “Pirú” Sotto Mayor.

Um dos mais renomados pilotos da Fórmula 1 dos anos 1970, José Carlos Pace faleceu em 18 de março de 1977 num acidente de avião. Já a homenagem ao museu Carde, um dos acervos mais importantes do setor automotivo no mundo, recém-inaugurado em Campos do Jordão, resgatou a memória da indústria mundial e principalmente a brasileira. Por fim, ao piloto campeão da Stock Car em 1988 e recordista de velocidade há mais de 30 anos, Fábio Sotto Mayor.

Vencedores do Prêmio Abiauto 2024
Melhor Nacional (até 13 mkgf) – Peugeot 208
Melhor Nacional (13 a 16 mkgf) – Honda City
Melhor Nacional (acima de 16 mkgf) – Citroën C3 You
Melhor Picape Compacta/Média – Ram Rampage
Melhor Picape Grande – Ford F-150
Melhor SUV/Crossover Nacional – Renault Kardian
Melhor SUV/Crossover Importado – Honda CR-V
Melhor Veículo Híbrido – BYD King
Melhor Veículo Elétrico – Kia EV5
Melhor Esportivo – Ford Mustang
Motocicleta Abiauto – Royal Einfeld Super Meteror 650
Veículo Abiauto – Renault Kardian
Executivo do Ano – Alexandre Baldy – Vice presidente da BYD

Destaques
Assessor de Imprensa – Pamela Paiffer
Assessor de Imprensa – Ricardo Ghigonetto

Os eleitores do Prêmio Abiauto representam jornais (inclusive o Diário Campineiro), revistas, tevês, sites e rádios de praticamente todos os estados da União, atingindo mais de 150 milhões de cidadãos interessados em veículos em seus mais variados temas, lançamentos de novos modelos, manutenção de veículos, indústria, negócios, tecnologia, esporte, memória etc.

Nos 26 anos de realização do Prêmio, a Abiauto sempre prezou pelo compromisso com a credibilidade dos jornalistas eleitores, que são especializados na indústria automotiva e apresentam vasto conhecimento técnico e de mercado para fundamentar seus votos. Um dos itens do regulamento do Prêmio exige a condução do veículo para que possa ser objeto de eleição. Se o jornalista não tiver feito avaliação do veículo, ele não pode ser votado.

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Coluna Fernando Calmon — Rumo a ainda distante era do hidrogênio

Coluna Fernando Calmon nº 1.328 — 19/11/2024

Brasil: primeiro tímido passo rumo a ainda distante era do hidrogênio

Há uma série de vantagens no hidrogênio, entra estas sua abundância na natureza e sem emissões de gás carbônico (CO2), material particulado, monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio ou enxofre. Único subproduto no uso deste combustível de alta eficiência em motores é vapor d’água. Quando produzido a partir de fontes e/ou tecnologias renováveis (hidrelétrica, vento, sol, biomassa ou biogás) chama-se hidrogênio verde (H2V). Utilização em automóveis e caminhões não chega a ser novidade (ensaios também em aviões).

Em 1979, a BMW desenvolveu o primeiro sedã experimental movido a hidrogênio líquido, o 520, depois o 750 hL. Não foi à frente. Até fez uma conferência sobre o assunto no Brasil, em 2003. Lançará, em 2028, o iX5 Hydrogen. Toyota foi mais persistente e produz por ano cerca 2.000 sedãs grandes Mirai; Honda encerrou a fabricação do Clarity em 2021. As duas nipônicas ensaiam a volta ao H2. Todas são inciativas válidas e estendem sem prazo a vida dos clássicos motores a combustão interna.

Dificuldades maiores são a produção em larga escala e construir uma rede de abastecimento. Elétricos até hoje penam com a baixa oferta de postos de recarga, em particular nas estradas. Apenas a Noruega avançou, para valer, neste ponto.

Apesar de distante e incerta era do hidrogênio no Brasil e no mundo, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) inaugurou no fim de outubro último um Centro de Hidrogênio Verde. Além de pesquisas, começou a produção em escala simbólica do combustível para teoricamente até 20 carros compactos por dia. Recebeu ajuda financeira do governo alemão e apoio do Ministério de Minas e Energia, segundo relatou o reitor Edson Bortoni ao jornal O Estado de S. Paulo. Governo de Minas Gerais e a chinesa Great Wall Motors (GWM) também assinaram um memorando de entendimento de apoio à tecnologia.

Entretanto, bom ressaltar que hidrogênio exige um tanque ou cilindro(s) de armazenamento que suportem nada menos de 900 Bar (13.000 psi, quase 400 vezes a pressão de um pneu comum e 4,5 vezes mais que um cilindro de GNV). Um obstáculo severo de volume e massa em qualquer carro atual ou futuro. Então, vamos com calma e cautela. 

Carde está muito acima do que já viu no Brasil

Trata-se de um dos mais incríveis e surpreendentes museus de automóveis, em nível internacional. Sua inauguração ao público será no próximo dia 28, em Campos do Jordão (SP). Carde é acrônimo de Carro, Arte, Design e Educação. Sua proposta vai além de um clássico local de exposição. Destaca o automóvel como protagonista principal e enfoca no desenvolvimento histórico, econômico, político e social do Brasil durante o século XX.

Sua temática dinâmica reserva espaço para todo tipo de demonstração artística, da arquitetura à moda, pintura, escultura e outros. A começar pelo inusitado saguão de entrada no qual, sobre um estilizado cajueiro em metal, paira um raro Uirapuru. Este charmoso cupê esporte, criado no Brasil e lançado em 1964, era continuidade do Brasinca 4200 GT. No Carde teve a pintura caracterizada pelo artista Rudá Jenipapo com tema tribal nativo.

Este saguão dá acesso a nove salas temáticas divididas por épocas e tipos de veículos, que contam a evolução da mobilidade no País. Já no grande salão superior ficam expostos automóveis de diversas épocas e modelos em sistema rotativo do acervo, que tem cerca de 500 veículos. Houve aquisições no Brasil e no exterior, inclusive alguns repatriados. Inclui até um McLaren GTR.

“Boa parte pertenceu ao saudoso Og Pozzoli, mais importante colecionador brasileiro de automóveis, falecido em 2017. O acervo foi comprado no ano seguinte por dona Lia Maria Aguiar, que doou para a fundação que leva o seu nome”, destacou Luiz Goshima, idealizador do projeto, conselheiro e membro honorário da FMLA Carde.

Ingresso: R$ 120, de quinta a segunda-feira.

BMW X2 M35i é caro, mas devolve em desempenho

 Padrão repete o conceito da linha M que se estende ao menor dos SUVs cupês da marca alemã. Fácil de reconhecê-lo pelas caixas de rodas traseiras aumentadas, defletor de teto, novo para-choque e ponteira dupla de escapamento. Lateralmente, rodas de 21 pol. para pneus 245/35R21 e pinças de freio em vermelho destacam-se. Grade tem contorno iluminado. Sob o capô o 2-L, quatro-cilindros turbo de 317 cv/ 40,8 kgf·m (ganho de 113 cv e 9,8 kgf·m) para garantir desempenho digno da grife M: 0 a 100 km/h em 5,4 s. Tração é integral e o câmbio automático de sete marchas, duas embreagens.

Dimensões: comprimento, 4.567 mm; largura, 1.845 mm; altura, 1.575 mm; entre-eixos, 2.692 mm; porta-malas, 560 L.

Finalmente a BMW melhorou o destravamento das portas por celular ou smart watch, dispensando sua aproximação à maçaneta. Não era tão prático como a chave presencial com esta mesma função, guardada no bolso e já existente em outros carros. Pacote M Sport Pro apresenta acabamento interior em camurça Alcantara no painel. Suspensão é adaptativa.

Em primeira avaliação no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu (SP), a pista estava bastante molhada e foi escolhido modo Sport para as quatro voltas (incluídas a inicial e a de retorno aos boxes). Mesmo moderada por um carro-guia, deu para sentir ótima resposta ao volante e trabalho bem correto das suspensões em um modelo de elevado centro de gravidade, como todo SUV. Em resumo, não tão rápido como sedãs refinados da marca bávara, porém sem sustos. Preço: R$ 512.950. 

Não à toa, F-150 é a picape mais vendida nos EUA

 Ao contrário do que acontece no maior mercado de picapes do mundo, as de grande porte apresentam vendas limitadas no Brasil em razão do preço elevado. Contudo, pelo viés de prestígio a Ford não titubeou em importar a versão mais recente (2025) e cara da F-150, a Lariat, por R$ 519.990.

Sem dúvidas quanto ao porte avantajado: comprimento, 5.907 mm; largura, 2.430 mm; altura, 1.958 mm; entre-eixos, 3.694 mm e massa, 2.387 kg. Para lidar com este último e elevado parâmetro há o motor Coyote a gasolina, V-8 de 5-L, da mesma família do Mustang, 405 cv, 56,7 kgf·m e câmbio automático de 10 marchas.

Grade frontal tem novo desenho e sistema ativo de persianas móveis para adaptação às condições de uso. Faróis igualmente são novos. Destaques: iluminação com autoajuste de altura e a função perimetral de 360° que identifica obstáculos, dispensando uma lanterna manual; tampa elétrica da caçamba aceita abertura lateral (como portas de armário) e para baixo.

No interior, quadro de instrumentos digital de 12 pol., tela multimídia também de 12 pol. com conectividade sem fio Android Auto e Apple CarPlay. Estreia o Head-up Display (projetor de dados no para-brisa) para conferir velocidade, alerta de obstáculos e curvas à frente sem desviar o olhar da pista.

Primeiro contato, de São Paulo a Itatiba (SP) ao longo de 228 km, ida e volta. A F-150 destacou-se por respostas imediatas do acelerador (quase ignora sua elevada massa em ordem de marcha), silêncio e sem vibrações a bordo, suavidade relativa de rodagem por se tratar de picape de grande porte e surpreendente desempenho geral em estrada, inclusive dos freios. Enorme viagem no tempo frente à longínqua F-1000 a diesel.

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Brasil ganha o mais completo e moderno museu com a história do automóvel

A cidade turística de Campos do Jordão – SP vai ganhar a partir do dia 28 de novembro, um dos mais modernos e completos museus do mundo. O Carde, com um acervo espetacular de veículos e obras de arte, terá conceitos inovadores.

Com um trabalho social fantástico na região de Campos do Jordão, a Fundação Lia Maria Aguiar é responsável pela iniciativa e tem como idealizador o empresário e membro da entidade, Luiz Goshima.

“Fizemos o Carde com carinho e o máximo direcionamento para a qualidade tanto da informação a ser compartilhada quanto à riqueza na contextualização dos objetos em exposição. Foi feita uma curadoria meticulosa em todos os sentidos. No caso do acervo de automóveis, a meta foi chegar a um alto nível de originalidade e representatividade histórica. E conseguimos. Com o museu, queremos que objetos que muitas vezes distantes de grande parte da população, como o automóvel raro, a obra de arte e até mesmo a história, agora estejam acessíveis”, afirma o diretor-executivo, Luiz Goshima.

De um acervo raro em todo o mundo, o Carde conta hoje com mais de 500 veículos nacionais e internacionais, 100 ficarão expostos no museu num sistema de rodizio. Que tiver a oportunidade de visitar o museu vai ficar impressionado com a quantidade e estado primoroso dos modelos da coleção. Em poucos lugares do mundo os visitantes vão ter acesso a um acervo semelhante.


O prédio, com uma arquitetura moderna e muito bonita, conta com uma área de seis mil metros quadrados, num terreno de 200 mil m² no bairro nobre do Alto da Boa Vista. O espaço conta com uma iluminação teatral, cenografia rica em detalhes e muita tecnologia.

Em cada sala temática, há painéis de LED de alta definição com vídeos históricos, artísticos e sistema de som 5.1, de maneira a tornar a experiência sensorial única. Os ambientes contam com um sistema de luz e som com trilhas sonoras sincronizadas com os vídeos, produzidos com o auxílio da computação gráfica a partir de uma pesquisa histórica profunda. Monitores touchscreen complementam o conteúdo em diversas áreas.

Serão ambientes imersivos, divididos de acordo com as décadas dos anos 1900, com fatos e histórias marcantes. Cada ambiente foi montado a partir de detalhado estudo histórico para somar referências de época. O Carde conta com centenas de obras de arte espalhadas pelo museu, entre quadros, gravuras, joias e esculturas, de artistas como Candido Portinari, Di Cavalcanti, José Zanine Caldas, Frans Krajcberg, Vik Muniz, Oswaldo Teixeira, Djanira da Motta e Silva, Agostinho Batista de Freitas, Heitor dos Prazeres, José Antônio da Silva, Niccolò Frangipane, Yutaka Toyota, entre outros.

Os visitantes terão oportunidade de desfrutar de nove salas temáticas, entre elas, a de Carros Governamentais, da História do Automobilismo Brasileiro e de Visionários Brasileiros, incluindo João do Amaral Gurgel e seus carros revolucionários para a época.

Logo na entrada, um dos automóveis brasileiros mais raros, o Brasinca Uirapuru (1964), surge adornado com uma pintura indígena no topo de um cajueiro em metal, com folhagens de crochê. A trama de fios coloridos cobre todas as paredes do salão. A grande colcha que cobre as paredes dessa sala foi produzida por 200 mulheres do projeto social Instituto Proeza, de Brasília.

Numa perfeita integração com a Fundação Lia Maria Aguiar, estudantes do núcleo de teatro, com figurinos de época, vão apresentar de forma viva o contexto histórico para os visitantes.

Fundação

Iniciada há 16 anos, a Fundação Lia Maria Aguiar, é uma instituição independente e sem fins lucrativos, que tem um trabalho maravilhoso nas áreas da arte, cultura, educação, saúde e desenvolvimento social na cidade da Serra da Mantiqueira.

São mais de 700 alunos, entre crianças e adolescentes, beneficiados por cursos artísticos profissionais através dos núcleos de Dança, Música e Teatro, que se tornam a porta de entrada para um mundo de oportunidades e possibilidades. A Fundação também conta com o núcleo de Saúde, gerido em parceria com o Instituto de Responsabilidade Social Sírio-Libanês, que atende de forma gratuita os alunos, familiares e colaboradores, com mais de 100 mil consultas, procedimentos e exames anualmente, além do inédito tratamento de hemodiálise no município. E atende também a população do município por meio de parceria com a prefeitura municipal.

Outro importante braço do Carde, é o curso de restauro de veículos antigos, iniciado em 2022. O curso abre uma oportunidade rara para vários jovens jordanenses e é inédito no Brasil.

“A formação de jovens no ofício de restaurador de veículos antigos gerará profissionais que terão um amplo campo de trabalho, uma vez que a área é extremamente carente de profissionais qualificados”, observa Luiz Goshima.

A primeira turma de 25 estudantes teve o orgulho de restaurar completamente um Ford T, de 1923, que será exposto com destaque no museu.

“Os principais valores e objetivos de nossa Fundação são a união da arte, educação, cultura e bem-estar. Acredito que com o Carde atingimos todos eles”, afirma Lia Maria Aguiar, presidente da Fundação.

Serviço
Abertura ao público: 28/11/2024
Fechado: terças e quartas-feiras
Ingressos: Promocional de inauguração por R$ 120,00
Endereço: Rua Benedito Olímpio Miranda, 280, Alto da Boa Vista, Campos do Jordão – SP, CEP: 12.472-610
Site: www.carde.org
E-mail: contato@carde.org
Instagram: @carde.museu
Telefone: (12) 3512-3547

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