Certo dia, lá pelos anos 90, o proprietário das Casas Bahia, Samuel Klein, recebeu em sua sala um jovem empreendedor, diretor de Marketing da Fábrica de Cabides da General Motors. Intrigado, o empresário, que era um homem de visão, recebeu o rapaz. Ele levava consigo uma amostra do produto que encantou o empresário, tal a sua qualidade.
Acertadas condições de compra, o negócio só “gorou” quando Samuel Klein disse ao garoto: quero 2 mil peças por mês e depois poderia dobrar esse pedido.
O jovem, cujo nome ninguém consegue se lembrar, assustou-se porque aquele volume não era atingido nem mesmo ao final da etapa de quatro meses de existência da fábrica.
O que resultou desse encontro é que, segundo a lenda urbana, quando o jovem completou 18 anos, Samuel Klein o contratou para trabalhar na equipe de Marketing das Casas Bahia.
Ótima qualidade
Eu tenho muitos deles, que não sofreram o mínimo desgaste com os mais de 20 anos que uso. Nem mesmo um risco na sua pintura ou entortada por ter sido usado para pendurar uma peça, ou mais que uma pesada demais, como casacos de inverno, por exemplo.
Estou falando, ou melhor, escrevendo sobre os cabides que foram fabricados em São Caetano do Sul, na Avenida Goiás, 1805. Isso mesmo, na fábrica da GM, de onde saiam e ainda saem modelos Chevrolet ou seja, veículos. E não era só no ABC, mas também em todas as unidades da GM no Brasil, além de veículos e componentes, também saiam cabides da melhor qualidade.
Pois é, eram fábricas de cabides administradas e com mão de obra composta por jovens empreendedores. A empresa deles tinha presidente, diretor de marketing, diretor de produção, mais três diretores e 24 que trabalhavam na produção dos cabides. Todos eles eram eleitos pelos 30 integrantes do “time”.
Foram Muitas as “empresas” que a garotada montou dentro da GM. Os nomes, na maioria delas varia do produto, como Cabidão, Cabitudo, Cabimais e assim por diante.
A fábrica funcionava por quatro meses, com início em agosto. Os integrantes iniciavam o trabalho, vendendo mini ações e assim ter fundos suficientes para comprar o material destinado à produção dos cabides, que eram fabricados em alumínio e depois pintados de preto na sessão de pintura da GM.
Foram várias as “empresas” e segundo Graça Martins, que coordenou as turmas, todas elas deram lucro, que era dividido entre os que compraram as ações (em geral parentes dos jovens) e doação a uma entidade escolhida pelos integrantes. Uma verba era separada para uma noite de pizza para do grupo.
Bob Stone implantou
O então presidente da GM no Brasil, Robert (Bob, como o chamávamos) Stone participou desse programa, nos Estados Unidos quando jovem. Aqui no Brasil, conforme contou Pedro Luis Dias, ex-diretor de Relações Públicas da GM, ele soube da existência, aqui no programa da Junior Achievemente Brasil – JA Brasil (https://jabrasil.org.br/), por intermédio da American Chamber. Em parceria com o IGM (Instituto General Motors), a opção foi estruturar uma fábrica de cabides, que com apoio da Manufatura, virou referência.
Para quem sonha ter uma das melhores picapes do mercado, a Ram anunciou o lançamento da versão Big Horn da Rampage. O modelo de entrada chega custando R$ 237.990 e equipada exclusivamente com o motor 2,2 turbodiesel com 200 cavalos e 450 Nm de torque.
Externamente, a Rampage Big Horn se diferencia das demais versões pela grade exclusiva, com bordas cromadas e aletas preto brilhante, que destacam o logo Ram cromado na parte superior da mesma, além das rodas de liga leve de 17″, com pneus 235/65. Os cromados também estão presentes nas molduras das janelas, nos espelhos retrovisores e no para-choque traseiro, equipado com sensores de estacionamento que trabalham em conjunto com a câmera de ré de alta definição.
O sistema de iluminação é full LED, incluindo os faróis de neblina, que contam com a função cornering para uma iluminação mais precisa em curvas. A caçamba de 980 litros oferece revestimento interno, iluminação interna de LED e capota marítima como item de série. A tampa traseira, com trava elétrica e amortecimento, pode ser aberta remotamente através da chave presencial.
Internamente, a nova versão possui quadro de instrumentos digital de 10,3 polegadas e a central multimídia com tela de 12,3 polegadas é sensível ao toque e compatível com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de possuir sistema de navegação embarcado e permitir conexão simultânea para até dois smartphones. Durante a utilização dos recursos de conectividade é possível carregar a bateria do smartphone através do carregador por indução refrigerado ou em uma das seis portas USB espalhadas pela cabine, sendo três do tipo C para carregamento rápido.
Desvalorização de elétricos usados impactam
no crescimento de vendas
O comportamento do mercado quando uma nova tecnologia começa a se desenvolver, costuma enfrentar percalços que não podem ser previstos com facilidade em sua duração e alcance. Isso se repete agora no Brasil em relação aos carros 100% elétricos na comercialização de modelos usados. Comprar por impulso levou uma primeira leva de clientes a ter frustrações com a recarga de baterias em estradas e colocar o carro à venda sem encontrar interessados. O resultado foi uma forte desvalorização no preço de mercado.
Uma segunda onda ocorreu com a chegada dos elétricos chineses. Seus preços bem abaixo do mercado levaram a uma previsível e súbita desvalorização de veículos usados de todas as marcas. Para contornar a elevação do imposto de importação houve antecipação de importação e altos estoques destes veículos. Uma “invasão” de marcas chinesas com preços baixos levaram à atual onda de supertaxação tanto nos EUA quanto na Europa.
Em recente reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, o presidente do portal Webmotors, Eduardo Jucevic, informou que a desvalorização média ao longo deste ano de modelos elétricos atingiu 12% contra 2,2% de carros convencionais. E acrescentou que o tempo médio para venda é 26% maior em relação a modelos híbridos ou com motores só a combustão.
Também na Europa e nos EUA os compradores resolveram esperar os preços dos elétricos recuarem e isso também levou à demanda em baixa. Por fim, o interesse redobrou por outras soluções com a consequente mudança de rumo de vários fabricantes em direção a híbridos e híbridos plugáveis. Estes últimos atraem quem deseja viajar sem se preocupar com postos de recarga.
Porsche 911 Turbo: meio século de existência
Motor de combustão interna, ciclo Otto, superalimentado por turbocompressor não foi primazia da Porsche. Em 1962 o Chevrolet Corvair (não confundir com Corvette) apareceu com esta novidade, já utilizada bem antes em motores de ciclo Diesel. Era uma unidade motriz de seis cilindros horizontais, opostos três a três, arrefecida a ar, 2,4 litros e apenas 151 cv. No entanto, a iniciativa não deu certo. A GM insistiu e lançou o Oldsmobile Toronado, em 1966, com um V-8 turbo, logo abandonado. Também houve tentativa da BMW, em 1973, no sedã 2002 Turbo e retirado de linha dois anos depois.
Coube ao 911 em 1974, no Salão de Paris, insistir na solução. A Porsche costuma afirmar que foi o primeiro motor turbo em automóveis de rua que deu certo. Inspiração veio dos monstruosos (no bom sentido) modelos de competição 917/10 e 917/30 do início dos anos 1970. As versões mais potentes, de 12 cilindros horizontais opostos seis a seis e também arrefecidos a ar, entregavam inacreditáveis 1.085 cv para corridas curtas da Série Can-Am, disputadas no Canadá e EUA, entre 1966 e 1974.
O primeiro modelo batizado apenas de Porsche Turbo (930, no jargão interno) tinha um seis-cilindros horizontais opostos três a três, arrefecidos a ar, 3-litros, 260 cv, 35 kgf·m, arrancava de 0 a 100 km/h em espantosos (para a época) 5,2 s e velocidade máxima de 250 km/h.
Passou meio século de sua estreia e a maioria dos motores de ciclo Otto atuais utilizam a mesma solução Turbo, até em modelos de entrada de baixo preço. Só que o 911 Turbo continua a impressionar como poucos modelos superesportes no mundo, já com arrefecimento a líquido, desde 1996. O motor atual biturbo, também seis-cilindros horizontais, 3,7 litros, 650 cv e 81,6 kgf·m, acelera de 0 a 100 km/h em estonteantes 2,7 s e velocidade máxima de 330 km/h.
Preços competitivos para o Peugeot 208 2025
Reestilização para o ano modelo 2025 do hatch 208 marcou também o fim de linha para o motor EC5 de 1,6 L de aspiração natural da própria Peugeot. Não havia mesmo porque mantê-lo em razão das novas exigências de emissões e consumo, tendo à mão as unidades mais modernas da Fiat e tudo sob o mesmo chapéu da Stellantis. Os motores de 1 litro são de aspiração natural ou turbo, sem alteração de potência e torque, em relação aos aplicados nos Fiat.
O compacto francês, produzido apenas em El Palomar, Argentina, recebeu modesta atualização visual concentrada na parte dianteira: luzes DRL de LED em forma de “garra de leão” (antes eram “dentes de sabre”), mudanças sutis na grade e para-choque e o novo logotipo da marca que estreou no 2008. A versão básica com câmbio manual Fiat de cinco marchas parte de um preço competitivo de R$ 76.999 e não recebeu essas mudanças. Porém ficou R$ 15.000 mais em conta que o modelo 2024, igualando-se ao valor do C3 básico, fabricado no Brasil, embora este tenha apenas dois airbags e o 208, quatro.
Atrás as modificações são ainda mais sutis. As lanternas agora têm elementos horizontais, o que dá (apenas) sensação de maior largura, que permanece igual. No interior mudou somente a interface da central multimídia de 10 pol.
Entre as outras três versões volta a GT, idêntico mecanicamente à versão Allure, e os preços vão de R$ 88.999 a R$ 114.990.
Pirelli e Bosch integram pneus aos sistemas de segurança
Pela primeira vez um fabricante de pneus e de autopeças juntam-se para ampliar sinergias e desenvolver recursos eletrônicos de segurança ativa para automóveis. O objetivo é integrar sensores internos nos pneus desenvolvidos pela Pirelli aos dispositivos da Bosch. Estes, atualmente, já monitoram pressão dos pneus dentro de um escopo mais amplo que a empresa alemã chama de Sistemas Microeletromecânicos ou MEMS, na sigla em inglês
O objetivo é coletar, processar e transmitir outros dados sobre pneus em tempo real, não limitados somente à pressão interna. Para fornecer parâmetros ao sistema de controle eletrônico do veículo, utiliza-se o BLE (sigla em inglês para Baixa Energia via Bluetooth) já desenvolvido pela Bosch.
Por sua vez, a Pirelli já aplicou seus sensores internos de pneus em atuação conjunta com a fabricante de hipercarros Pagani, do argentino naturalizado italiano Horácio Pagani. Este fundou a empresa em 1992 na cidade italiana de Modena, a mesma onde são fabricados os Ferrari. O modelo escolhido foi roadster Utopia, de 860 cv e velocidade máxima de 380 km/h!
Spin tem visual melhorado, mas ainda falta potência
Praticamente o único monovolume que resistiu ao avanço do SUVs no mercado, o Spin apresenta agora um estilo mais atual e de acordo com o restante da linha Chevrolet. Capô alto, faróis divididos em dois níveis, grade em três seções, novas rodas de 16 pol. com pneus 205/60 e lanternas traseiras redesenhadas tornaram seu estilo mais atual desde seu lançamento em 2012.
A fim de se aproximar do figurino SUV recebeu arcos plásticos nas caixas de rodas e rack de teto, além de vão livre do solo elevado em 16 mm. Dimensões externas: comprimento, 4.420 mm; entre-eixos, 2.620 mm; largura, 1.768 mm e altura, 1.699 mm. A fabricante também teve o cuidado de alargar as bitolas dianteira (1.503 mm) e traseira (1.509 mm) para compensar a altura de rodagem que alterou o centro de gravidade e assim manter o equilíbrio do carro. Os aumentos de bitolas foram pelas rodas em vez de alterações na suspensão. Porta-malas destaca-se com 553 L e mesmo na versão de sete lugares ainda há 162 L.
Novo Spin Premier
Mudanças maiores foram no interior, que incluíram novo quadro de instrumentos digital, tela multimídia de 8 pol., acabamento geral melhorado e novos porta-objetos nas laterais de portas. Há saídas de ar-condicionado para o banco traseiro, onde três adultos têm bom espaço nas três dimensões e ainda contam com regulagem longitudinal. Também houve atualização nos itens de segurança ativa: frenagem autônoma de emergência, o sempre útil indicador de distância do carro da frente, câmera de ré e os alertas de colisão, ponto cego e de saída de faixa. São seis airbags. Para o celular há carregador por indução.
Alguns senões sobre ergonomia interna: posição de regulagem dos espelhos na coluna dianteira, botão de volume da multimídia, volante sem regulagem de distância e botões de destravamento das portas mal posicionados no console.
O motor 1,8 L flex de aspiração natural continua com 111 (E)/106 (G) cv e 17,7 (E)/16,8 (G) kgf·m, porém a fábrica indica diminuição de consumo de até 11%. A massa em ordem de marcha 1.292 kg limita o desempenho do Spin, especialmente em ultrapassagens na estrada, e mesmo no uso urbano ainda falta fôlego ao ser exigido.
Aos longo de muitos anos, a Chevrolet Spin não tinha concorrentes na sua faixa de preço e demorou para a General Motors do Brasil fazer uma atualização do modelo. A Spin ficou mais moderna e com mais equipamentos e as alterações mais significativas foram no interior e na frente. Porém, essas alterações chegaram após o modelo da Chevrolet ganhar um concorrente bem mais moderno e com melhor motorização. O Citroën C3 Aircross, também com sete lugares, desembarcou no mercado nacional, mais barato, motor turbo e com design mais agradável.
Fizemos o comparativo entre os dois modelos, que estão na faixa dos 150 mil reais. A Chevrolet Spin Premier custa R$ 145 mil e o Citroën C3 Aircross Shine 7 R$ 137 mil.
Família
Ambos os modelos têm o objetivo de acomodar famílias grandes e que precisam de espaço interno e porta-malas. Isso sem ter que desembolsar “muito”. O espaço interno, quase sempre, é determinado pela distância do entre-eixos. Aqui o modelo francês leva vantagem em cima da concorrente. A Spin, que ainda utiliza a plataforma do sedã Colbalt, tem 2,62 m, contra 2,67 do Aircross.
Na largura também a C3 Aircross leva vantagem: 1,79 m contra 1,76 m. Para os ocupantes dos bancos dianteiros, ambas oferecem um bom espaço e os bancos são confortáveis. Mas a Spin tem um vantagem no banco intermediário, já que o mesmo pode se deslocar para a frente ou para trás, aumentando o espaço para as pernas. Porém, se deslocado para trás, não pode levar ninguém na terceira fileira. E para entrar nos bancos da última fileira, o banco do meio precisa estar todo para a frente. No Aircross, também não é nada fácil o acesso, mas necessita menos “ginástica”. Em ambos os modelos, os dois bancos da terceira fileira são para um pequeno trajeto e para crianças.
Agora, se nos dois modelos as três fileiras estiverem na posição de uso, a minivan da Citroën leva vantagem. Uma coisa que assusta é a proximidade dos últimos bancos com a tampa traseira. E por falar em última fileira e tampa, o porta-malas, tão importante para quem vai escolher uma minivan, é maior na Spin. Com a terceira fileira no lugar, a Spin tem 162 litros de espaço, contra 42 da Aircross. E sem a terceira fileira, novamente a Spin tem uma pequena vantagem: 553 litros contra 493 litros. Mas um detalhe faz grande diferença na Citroën C3 Aircross. Os bancos podem ser removidos e recolhidos em uma bolsa especial.
Conforto
Em ambas, o acabamento não foi a maior atenção das fabricantes. Na Citroën C3 Aircross, até por ser mais moderna, alguns detalhes mereciam um estudo mais profundo. Os controles dos vidros elétricos traseiros estão no console central entre os bancos dianteiros, para serem utilizados pelos passageiros da frente e do banco intermediário.
Mas muito mal colocados, pois os passageiros têm que quase sair do banco para os acionar e os dos bancos dianteiros precisam “jogar” o braço para trás e ficar adivinhando onde eles estão. A mesma coisa com os botões dos ajustes dos espelhos retrovisores, travamento dos vidros traseiros e das portas e controle de velocidade, instalados à esquerda, encobertos pelo volante. Os demais controles, tanto os do volante como os do meio, são de fácil acesso.
A quantidade de espaços e porta-trecos é muito mais generosa no Aircross. Em ambos, muito plástico e bancos confortáveis.
Uma vantagem da Spin é dispor de seis airbags, contra quatro do Aircross.
Conectividade
Em ambos os modelos, a conectividade é bem interessante e aceita o uso do Android Auto ou Apple Car Play. A telas em ambas são grandes, na Spin mais retangular e C3 Aircross mais horizontal.
A Spin tem carregador sem necessidade de fio, mas o espelhamento das duas não precisa do cabo. Os painéis de instrumentos em ambas são digitais, mas no Aircross é de mais fácil utilização.
Motorização
Neste importante item, a Citroën C3 Aircross leva uma grande vantagem. O motor mais moderno do Aircross é de 1 litro turbo, que entrega 130 cavalos com etanol e 125 com gasolina. O torque é de 20,4 kgfm com qualquer dos combustíveis. Já na Spin, o motor apesar de ter sido atualizado, ainda é o velho motor muito utilizado na linha Chevrolet, um 1,8 litro que oferece ao motorista 106 cavalos com gasolina e 111 com etanol. E o torque é de 16,8 com gasolina e 17,7 kgfm com etanol.
A grande diferença é ressaltada no desempenho. De 0 a 100 quilômetros por hora, o Citroën precisou de 10,2 segundos e a Spin 14,1 segundos. Quase quatro segundos a mais. Isso numa ultrapassagem ou carregado faz muita diferença.
Mais uma vez, na transmissão, o Aircross leva vantagem. Apesar de ter um câmbio verdadeiramente automático de seis velocidades, e o C3 um CVT que simula sete velocidades, o do Citroën é mais ágil.
No consumo houve quase um empate. Com gasolina, o C3 Aircross fez 10,6 quilômetros por litro no perímetro urbano contra 10,2 km/l da Spin. Já na estrada, a Spin fez 15,5 km/l, contra 14,6. Com etanol, na estrada, a Aircross fez 12,7 quilômetros por litro, contra 12,6 da Spin, e na cidade, com o mesmo combustível, 8,8 quilômetros por litro na Spin e no Aircross, 8,7 km/l. Ou seja, estão no que se esperava.
Nos dois modelos as rodas são de liga-leve, sendo na Spin de 16 polegadas e de 17 no concorrente. Isso deixa o modelo da marca francesa mais elevado e com maior facilidade de superar obstáculos e na utilização nas estradas de terra ou esburacadas.
Comparativo
Lógico que é muito pessoal a escolha. Porém, o Citroën C3 Aircross, até por ser mais moderno, ter mais espaço, ser mais barato e ter um motor mais moderno, leva uma pequena vantagem sobre a Chevrolet Spin. Ambos são boas opções para famílias que necessitam de espaço e a eventual utilização de sete assentos.
Preço
Chevrolet Spin Premier 1,8 AT 7 lugares – R$ 144.990,00
Citroën C3 Aircross Shine CVT 7 lugares – R$ 136.590,00
As atividades da indústria dirigidas para a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias exerceram papel fundamental para os resultados apurados do desempenho geral da indústria, ao crescer 12% em julho deste ano em comparação a julho do ano passado.
“Os automóveis foram determinantes para esse resultado. As autopeças, em menor grau, mas também ajudaram o setor”, disse o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.
Segundo Macedo, o desempenho negativo da produção industrial em julho, que recuou 1,4%, ocorre após um intenso crescimento verificado em junho, quando a produção cresceu 4,3%, sendo influenciada pelo retorno à produção de unidades produtivas que foram, direta ou indiretamente, afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio. Indústrias automotivas como Scania e Volks, afetadas pela falta de componentes vindos de fábricas do Rio Grande do Sul, chegaram a conceder férias coletivas.
“Grande parte do recuo registrado neste mês tem resultado com o avanço visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações, mesmo assim estamos numa trajetória ascendente”, afirmou.
PIB
Ontem, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas. A indústria e o setor de serviços foram fundamentais para o resultado positivo.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comemorou o desempenho geral.
“São três boas notícias. A primeira é o crescimento do PIB. O mercado esperava 0,9% e ele cresceu 1,4%. A segunda boa notícia é que fomos o terceiro maior crescimento entre todos os países do G20 e, finalmente, a qualidade desse crescimento. A indústria cresceu, os investimentos cresceram e isso é uma boa notícia para o Brasil e para os brasileiros”, disse Alckmin.
Confira resultados do PIB dos países do G-20 no segundo trimestre de 2024:
Indonésia: 3,8%;
Índia: 1,9%;
Brasil: 1,4%;
Arábia Saudita: 1,4%;
Japão: 0,8%;
Estados Unidos: 0,7%;
China: 0,7%;
Reino Unido: 0,6%;
Canadá: 0,5%;
África do Sul: 0,4%;
União Europeia: 0,3%;
Itália: 0,2%;
França: 0,2%;
México: 0,2%;
Turquia: 0,1%;
Alemanha: -0,1%;
Coreia do Sul: -0,2%
A produção industrial brasileira teve um recuo de 1,4% em julho na comparação com o mês de junho deste ano, quando houve crescimento de 4,3% da atividade, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mês de julho do ano passado, o desempenho da indústria cresceu 6,1% e no acumulado de janeiro a julho, a produção industrial cresceu 3,2%.
Segundo o IBGE, o crescimento de 6,1% entre julho deste ano e julho do ano passado foi decorrente dos resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento nesse período de 26,8%.
Produtos químicos cresceram 10,5%, impulsionados, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para o transporte de mercadorias e caminhões. Também tiveram desempenho positivo a produção da indústria de fungicidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para construção, desinfetantes, herbicidas para plantas, fertilizantes químicos das fórmulas NPK (Nitrogênio, Potássio e Fósforo), inseticidas para uso na agricultura e polietileno.
Também são destaques da produção industrial na comparação de julho de 2024 com julho de 2023, os produtos de metal com alta de 13,9%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com alta de 24,4%, produtos de borracha e material plástico, com alta de 11,6% e máquinas e equipamentos, 10,8%. Contribuíram positivamente, ainda, a produção de móveis, com alta de 26,9%; artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com alta de 14,3% e produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com 7,2%.
Avaliação
Segundo a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), a redução da produção industrial em julho, em 1,4%, foi registrada após um forte crescimento verificado em junho. Portanto, houve uma acomodação. Na avaliação por categorias, o destaque foi a continuidade do processo de recuperação do grupo de bens de capital e bens de consumo duráveis.
A primeira categoria, segundo a Fiesp, tem se beneficiado da recuperação da confiança empresarial e do aumento da capacidade instalada da indústria, enquanto na segunda categoria, de bens de consumo, a expansão da renda das famílias contribuiu para o bom desempenho industrial. A Fiesp mantém a projeção de crescimento de 2,2% para a produção industrial em 2024. (Agência Brasil)
A Volkswagen aproveitou a Festa do Peão de Barretos para mostrar a “nova” Amarok V6. Com poucas mudanças externas, mais na parte dianteira, a Amarok 2025 manteve as três versões de acabamento (Comfortline, Highline e Extreme) e algo inédito: sem alterações nos preços.O segmento das picapes médias é muito disputado e o modelo da Volkswagen já vendeu 180 mil unidades no mercado nacional desde seu lançamento.
Mudanças
A Amarok, que é fabricada na Argentina, teve mudanças nos para-choques, grade, capô e rodas. Na parte dianteira, a Amarok ganhou conjunto óptico com faróis full LED e faixa de luz de LED na grade frontal. Já a traseira recebeu um novo para-choques e lanternas com novo layout. Por conta dos novos para-choques, a picape ficou 9,6 cm maior.
A nova geração 2025 ganhou um upgrade em termos de tecnologia. Na tela central multimídia de nove polegadas touch screen, os passageiros têm conexão Apple CarPlay e Android Auto e navegação nativa. Bem equipada, a picape conta com airbag de cabeça, uma porta USB-A no console, na dianteira, e duas portas USB-C na traseira, além de um novo assistente de condução. Trata-se do Safer Tag, um assistente de segurança da Mobileye.
Além disso, a Amarok vem com o sistema que auxilia o condutor, alertando para eventuais situações de perigo, entre eles os alertas de saída de faixa, de colisão frontal, Tração 4Motion, assistente para partida em subida (HSA), controle automático de descida (HDC) e ABS Off-road.
Forte
A mais potente picape do mercado brasileiro manteve sem alterações a motorização. O motor diesel de 3,0 litros, V6, oferece 258 cavalos (com função overboost até 272 cavalos), o que faz a Amarok acelerar de zero a 100 km/h em oito segundos. A velocidade máxima é limitada em 180 quilômetros por hora. Sua capacidade de carga, de 1.104 litros.
A Amarok pode ser adquirida já blindada. No programa Amarok V6 Vale+, a picape não perde os cinco anos de garantia.
O mês de julho registrou crescimento das vendas financiadas de veículos. Ao todo, 626 mil unidades, entre veículos usados e zero quilômetro, foram adquiridas por meio de financiamentos. O crescimento foi de 27,2% em relação a julho de 2023 e de 7,2% em relação a junho deste ano. Esse desempenho foi o melhor desde dezembro de 2013, segundo o levantamento feito pela B3 (Bolsa de Valores).
A pesquisa apontou que, no segmento de veículos leves, o aumento dos financiamentos foi de 26% na comparação com julho do ano passado e de 11,3% em relação a junho deste ano.
No caso de veículos pesados, de utilização no segmento logístico do país, os financiamentos cresceram 28,1% em julho deste ano em relação a igual período de 2023. Na comparação com o mês de junho, a alta foi de 10,8%.
Já o financiamento de motocicletas teve expansão de 32% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Porém, houve queda de 5% dos financiamentos em relação a junho.
As vendas financiadas de veículos no acumulado do ano totalizam 4 milhões de unidades, número 24,3% superior ao de igual período do ano passado, o equivalente a 793 mil unidades a mais. Essa marca não havia sido igualada desde 2011.
“Os resultados de julho tiveram um ritmo forte. Fechamos o mês com o maior número de veículos financiados desde dezembro de 2013. O mercado de financiamento de veículos continua aquecido, e o destaque fica por conta do segmento de automóveis e comerciais leves novos, que registrou um crescimento de quase 20%, com mais de 100 mil veículos financiados”, disse o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3, Gustavo de Oliveira Ferro.
A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.
O Brasil está perdendo a batalha da balança comercial entre exportações e importações de veículos. Nos últimos anos, desde 2015 o País sempre alcançou superávit com destaque em 2017. Mas este ano o crescimento das importações vai superar as exportações, segundo projeções da Anfavea. Trata-se de uma combinação deletéria. Para manter o nível de empregos na indústria automobilística é necessário que exportações compensem importações. Se o balanço for superavitário, melhor ainda.
No fechamento do primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado a produção total de veículos leves e pesados subiu apenas 0,5%. Passou de 1,132 para 1,138 milhões de unidades. De janeiro a junho de 2024 as exportações caíram 28,3% e importações subiram bem mais: 37,7%. O resultado pífio deu-se em contraste com o firme aumento de vendas internas (varejo e atacado; leves e pesados), na soma de veículos nacionais e importados, que subiram 14,6%.
Na realidade o aumento das importações — nada contra isso, contudo de forma prudente — deu-se em razão de carros elétricos e híbridos, além de concentradas em marcas chinesas. Híbridos convencionais e plug-in (somados 4,5%) e elétricos (2,9%) ainda representaram parcela muito pequena das vendas de veículos leves no primeiro semestre deste ano.
No entanto a Anfavea defende uma volta imediata do imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos, sem o escalonamento em curso de 2024 a 2026. Será difícil o governo voltar atrás sobre o estabelecido.
A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) reúne hoje 10 marcas entre as 50 que atuam no mercado brasileiro de veículos leves, pesados e máquinas, sem incluir motos.
Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, afirma que “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes e prejudiciais a toda a cadeia automotiva”. Mesmo discurso simplista de sempre. Ele tem razão num ponto: “Além disso, poderá prejudicar as relações com um parceiro comercial importante para o Brasil como a China”.
A BYD é, de longe, a maior associada da entidade em vendas, no primeiro semestre: 32.572 unidades, 71%. GWM vendeu menos, porém não se associou. Mas o otimismo extrapola. A chinesa já previu comercializar 120.000 unidades este ano e depois corrigiu para 100.000. Só que a Abeifa projeta 94.000 veículos emplacados das 10 marcas em 2024. Uma das duas estará errada.
Novo lançamento da GM incluirá versão híbrida básica
O primeiro dos produtos incluído no plano de investimentos de R$ 1,2 bilhão para modernização da fábrica de Gravataí (RS) será, como esperado, um SUV compacto inédito que terá como base o Onix, ou seja, menor do que o atual Tracker. O novo modelo está previsto para 2026. O que se antevê é uma versão híbrida flex básica com alternador e motor de arranque integrados, além de uma pequena bateria auxiliar.
A GMB se convenceu, ao sondar clientes, que passar direto para carros elétricos no Brasil vai demorar em razão do preço alto e de uma rede de recarga incompleta. Um híbrido pleno para veículos maiores, a exemplo de Tracker, Montana, S10 e Trailblazer, deve chegar numa segunda etapa.
Fábio Rua, vice-presidente da GM, afirmou que o novo produto (não adiantou que se tratava de um SUV) está sendo desenvolvido pela engenharia da empresa, líder mundial para este projeto. Será exportado para países da América do Sul e México. No Brasil vai mirar, principalmente, no Kardian, Pulse e, em breve, no modelo equivalente da VW.
Outra atualização esperada, segundo o site Autos Segredos, é a injeção direta de combustível no motor a combustão interna. Até agora a Chevrolet era uma das poucas marcas a manter a injeção multiponto no duto de admissão por achá-la uma solução de menor custo e suficiente. Porém, o tempo mostrou que se trata de uma mudança viável e necessária aos olhos do mercado. Deve estrear já neste novo SUV.
No total a empresa americana investirá R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028 na renovação de seus modelos, introdução de tecnologias avançadas e agregação de novos negócios.
BYD avança com híbrido plugável Song Pro
SUV de porte médio da fabricante chinesa tem a seu favor o estilo atraente e o conjunto motriz. O sistema híbrido plugável a gasolina também é um recurso vantajoso que se reflete em baixo consumo de combustível. Todavia, o alcance médio declarado de até 1.100 km refere-se à antiga norma europeia NEDC abandonada por pouco refletir a realidade e caiu em desuso a partir de 2017. Sem sentido continuar a citá-la.
Pela norma brasileira NBR 7024, revista e utilizada pelo Inmetro, o alcance médio é de 780 km, mas na prática pode ser um pouco melhor com bateria totalmente carregada e tanque de 52 litros cheio.
Por outro lado, uma característica bem interessante informada pela BYD é a eficiência térmica de 43% do conjunto comparável aos melhores motores a diesel. O Song Pro, na versão GS de topo que dispõe de uma bateria maior (18,3 kW·h), entrega 235 cv e 43,8 kgf·m ao combinar, segundo a fábrica, um motor a gasolina de 98 cv e 12,4 kgf·m ao elétrico de 197 cv e 30,6 kgf·m. Bom lembrar que torque combinado tecnicamente não pode ser medido em aplicações em um mesmo eixo, embora BYD insista.
Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s comprova desempenho muito melhor do que o Corolla Cross híbrido não plugável limitado por seu motor flex de apenas 101 cv (etanol)/14,1 kgf·m associado a um motor elétrico 72 cv e 16,6 kgf·m com potência combinada de somente 122 cv.
Isso ficou claro na primeira e curta avaliação pelas ruas de São Paulo. O SUV chinês tem ótimo desempenho. Mas ao partir da imobilidade há um certo atraso na resposta do acelerador, sem aquela reação fulminante dos elétricos. Impressiona o silêncio a bordo com os vidros dianteiros de dupla camada para isolamento de ruído. Porém, ao rodar em asfalto irregular ou passar por lombadas falta o acerto fino das suspensões.
Também se destaca pelo espaço interno com distância entre-eixos de 2.712 mm, pouco menor que a do Song Plus. Os passageiros no banco traseiro, além do assoalho plano, contam com regulagem do encosto. Bancos dianteiros são confortáveis e o do motorista tem regulagem elétrica (só no GS). O porta-malas oferece 520 litros, mas não inclui estepe e perde espaço devido a uma maleta contendo carregador portátil da bateria e seus cabos.