Certo dia, lá pelos anos 90, o proprietário das Casas Bahia, Samuel Klein, recebeu em sua sala um jovem empreendedor, diretor de Marketing da Fábrica de Cabides da General Motors. Intrigado, o empresário, que era um homem de visão, recebeu o rapaz. Ele levava consigo uma amostra do produto que encantou o empresário, tal a sua qualidade.
Acertadas condições de compra, o negócio só “gorou” quando Samuel Klein disse ao garoto: quero 2 mil peças por mês e depois poderia dobrar esse pedido.
O jovem, cujo nome ninguém consegue se lembrar, assustou-se porque aquele volume não era atingido nem mesmo ao final da etapa de quatro meses de existência da fábrica.
O que resultou desse encontro é que, segundo a lenda urbana, quando o jovem completou 18 anos, Samuel Klein o contratou para trabalhar na equipe de Marketing das Casas Bahia.
Ótima qualidade
Eu tenho muitos deles, que não sofreram o mínimo desgaste com os mais de 20 anos que uso. Nem mesmo um risco na sua pintura ou entortada por ter sido usado para pendurar uma peça, ou mais que uma pesada demais, como casacos de inverno, por exemplo.
Estou falando, ou melhor, escrevendo sobre os cabides que foram fabricados em São Caetano do Sul, na Avenida Goiás, 1805. Isso mesmo, na fábrica da GM, de onde saiam e ainda saem modelos Chevrolet ou seja, veículos. E não era só no ABC, mas também em todas as unidades da GM no Brasil, além de veículos e componentes, também saiam cabides da melhor qualidade.
Pois é, eram fábricas de cabides administradas e com mão de obra composta por jovens empreendedores. A empresa deles tinha presidente, diretor de marketing, diretor de produção, mais três diretores e 24 que trabalhavam na produção dos cabides. Todos eles eram eleitos pelos 30 integrantes do “time”.
Foram Muitas as “empresas” que a garotada montou dentro da GM. Os nomes, na maioria delas varia do produto, como Cabidão, Cabitudo, Cabimais e assim por diante.
A fábrica funcionava por quatro meses, com início em agosto. Os integrantes iniciavam o trabalho, vendendo mini ações e assim ter fundos suficientes para comprar o material destinado à produção dos cabides, que eram fabricados em alumínio e depois pintados de preto na sessão de pintura da GM.
Foram várias as “empresas” e segundo Graça Martins, que coordenou as turmas, todas elas deram lucro, que era dividido entre os que compraram as ações (em geral parentes dos jovens) e doação a uma entidade escolhida pelos integrantes. Uma verba era separada para uma noite de pizza para do grupo.
Bob Stone implantou
O então presidente da GM no Brasil, Robert (Bob, como o chamávamos) Stone participou desse programa, nos Estados Unidos quando jovem. Aqui no Brasil, conforme contou Pedro Luis Dias, ex-diretor de Relações Públicas da GM, ele soube da existência, aqui no programa da Junior Achievemente Brasil – JA Brasil (https://jabrasil.org.br/), por intermédio da American Chamber. Em parceria com o IGM (Instituto General Motors), a opção foi estruturar uma fábrica de cabides, que com apoio da Manufatura, virou referência.
As atividades da indústria dirigidas para a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias exerceram papel fundamental para os resultados apurados do desempenho geral da indústria, ao crescer 12% em julho deste ano em comparação a julho do ano passado.
“Os automóveis foram determinantes para esse resultado. As autopeças, em menor grau, mas também ajudaram o setor”, disse o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.
Segundo Macedo, o desempenho negativo da produção industrial em julho, que recuou 1,4%, ocorre após um intenso crescimento verificado em junho, quando a produção cresceu 4,3%, sendo influenciada pelo retorno à produção de unidades produtivas que foram, direta ou indiretamente, afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio. Indústrias automotivas como Scania e Volks, afetadas pela falta de componentes vindos de fábricas do Rio Grande do Sul, chegaram a conceder férias coletivas.
“Grande parte do recuo registrado neste mês tem resultado com o avanço visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações, mesmo assim estamos numa trajetória ascendente”, afirmou.
PIB
Ontem, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas. A indústria e o setor de serviços foram fundamentais para o resultado positivo.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comemorou o desempenho geral.
“São três boas notícias. A primeira é o crescimento do PIB. O mercado esperava 0,9% e ele cresceu 1,4%. A segunda boa notícia é que fomos o terceiro maior crescimento entre todos os países do G20 e, finalmente, a qualidade desse crescimento. A indústria cresceu, os investimentos cresceram e isso é uma boa notícia para o Brasil e para os brasileiros”, disse Alckmin.
Confira resultados do PIB dos países do G-20 no segundo trimestre de 2024:
Indonésia: 3,8%;
Índia: 1,9%;
Brasil: 1,4%;
Arábia Saudita: 1,4%;
Japão: 0,8%;
Estados Unidos: 0,7%;
China: 0,7%;
Reino Unido: 0,6%;
Canadá: 0,5%;
África do Sul: 0,4%;
União Europeia: 0,3%;
Itália: 0,2%;
França: 0,2%;
México: 0,2%;
Turquia: 0,1%;
Alemanha: -0,1%;
Coreia do Sul: -0,2%
A produção industrial brasileira teve um recuo de 1,4% em julho na comparação com o mês de junho deste ano, quando houve crescimento de 4,3% da atividade, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mês de julho do ano passado, o desempenho da indústria cresceu 6,1% e no acumulado de janeiro a julho, a produção industrial cresceu 3,2%.
Segundo o IBGE, o crescimento de 6,1% entre julho deste ano e julho do ano passado foi decorrente dos resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento nesse período de 26,8%.
Produtos químicos cresceram 10,5%, impulsionados, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para o transporte de mercadorias e caminhões. Também tiveram desempenho positivo a produção da indústria de fungicidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para construção, desinfetantes, herbicidas para plantas, fertilizantes químicos das fórmulas NPK (Nitrogênio, Potássio e Fósforo), inseticidas para uso na agricultura e polietileno.
Também são destaques da produção industrial na comparação de julho de 2024 com julho de 2023, os produtos de metal com alta de 13,9%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com alta de 24,4%, produtos de borracha e material plástico, com alta de 11,6% e máquinas e equipamentos, 10,8%. Contribuíram positivamente, ainda, a produção de móveis, com alta de 26,9%; artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com alta de 14,3% e produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com 7,2%.
Avaliação
Segundo a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), a redução da produção industrial em julho, em 1,4%, foi registrada após um forte crescimento verificado em junho. Portanto, houve uma acomodação. Na avaliação por categorias, o destaque foi a continuidade do processo de recuperação do grupo de bens de capital e bens de consumo duráveis.
A primeira categoria, segundo a Fiesp, tem se beneficiado da recuperação da confiança empresarial e do aumento da capacidade instalada da indústria, enquanto na segunda categoria, de bens de consumo, a expansão da renda das famílias contribuiu para o bom desempenho industrial. A Fiesp mantém a projeção de crescimento de 2,2% para a produção industrial em 2024. (Agência Brasil)
Lançada em 2012, o monovolume Chevrolet Spin passa por mais uma leve reforma para tentar enfrentar a concorrência. Até então praticamente sozinha no mercado, o modelo familiar com até sete lugares ganhou a concorrência do Citroen C3 Aircross (veja teste).
A principal dificuldade para enfrentar seu mais novo rival é o velho motor 1,8 litro de 111 cavalos e 17,7 kgfm. O C3 Aircross conta com um moderno motor de um litro turbo de 130 cavalos torque de 20,4 m·kgf. Isso reflete na aceleração e na velocidade máxima, onde o Aircross é muito superior.
Segundo informações, a marca americana fez uma recalibração no motor para tentar dar agilidade ao monovolume e também diminuir o consumo em 11%.
A suspensão foi também recalibrada, pois aumentaram as bitolas dianteiras e traseiras para agregar as rodas mais largas e maiores (16 polegadas).
Design
O design, agradável e mais atual, tenta seguir as linhas adotas na picape Montana. Na frente é onde aconteceram as maiores mudanças. Com uma frente alta, o novo Spin tem uma nova grade e faróis full led. Já na traseira, uma nova tampa e novas lanternas em Led.
Por dentro, melhorou a tecnologia. O novo Spin tem duas telas digitais. Uma tela de 8 polegadas que é o quadro de instrumentos, e outra, ao centro, de 11 polegadas, que é a tela multimídia com o sistema Chevrolet MyLink, que foi atualizado.
O Spin 2025 chega em três versões: LT, LTZ e Premier e duas opções de câmbio: manual e automática. Aqui uma vantagem sobre o concorrente direto, que tem uma transmissão CVT – Transmissão Continuamente Variável, enquanto a Spin é uma transmissão automática de verdade, a GF6, com conversor de torque e seis velocidades.
Outra virtude do Spin de cinco lugares é possuir o maior porta-malas do segmento: 756 litros. O C3 Aircross é de 499 litros.
Inaugurado no dia 10 de março de 1959, o complexo industrial da General Motors do Brasil, em São José dos Campos-SP, completa 65 anos. Desde a sua inauguração a unidade fabril já produziu mais de 6 milhões de veículos e 30 milhões de motores e transmissões.
Com 2,7 milhões de m² de área total e 500 mil m² de área construída, o complexo industrial, que já produziu caminhões e a famosa picape Chevrolet 3100 (popular Marta Rocha), hoje fabrica a picape S10 e a Trailblazer.
É bem provável que muitos de vocês lembram da música, “Na Tonga da Mironga do Kabuletê” https://www.youtube.com/watch?v=Os5Sep4N_us, sucesso da dupla Vinicius de Moraes e Toquinho (Antonio Perci Filho), nos anos 80. Mas, para quem acompanha o setor automobilístico, Tonga também é o nome de um carro, “fora de estrada”, que o design da General Motors brasileira desenvolveu, mas nunca foi produzido.
Ele foi apresentado no Brasil Motor Show, em 1995 (que era realizado em anos ímpares, enquanto o Salão do Automóvel era realizado nos anos pares. Será que ainda voltará?).
Como vocês, que não estiveram no Brasil Motor Show, o Tonga tinha diversos itens “off-road”, como uma suspensão mais alta que a do Corsa, lançado cerca de um ano antes, que lhe “cedeu” a plataforma, bem como o volante. Ele, de alguma forma, antecipou uma tendência presente no mercado de hoje, repleto de modelos aventureiros, com seu para-choque de impulsão e aquelas coberturas de plástico preto. Exatamente como nos tempos atuais.
As cores, pelo modelo das fotos, eram fora dos padrões da época. Seus bancos eram confortáveis, montados sobre estrutura tubular. Foi desenvolvida também uma “station wagon”. Nada foi revelado sobre a mecânica do Tonga, mas certamente seria a mesma do GSi 1.6 16v, o esportivo da família.
Os autores do Tonga foram o gerente do Design à época, Adalberto Bogsan Neto, Orlando Lopes, Nelson Barros e Morio Ikeda, que hoje é o diretor de um dos quatro centros de design da chinesa GWM, que recentemente aportou no Brasil com seus modelos Haval e Ora, em diversas versões.
De onde veio o nome Tonga?
É aí que eu entro na história e não estória. Como era de costume, eu visitava o Centro de Design da GM, que ficava a alguns quarteirões da fábrica, para saber das novidades e “cavar” alguma informação para escrever nossos releases.
Foi quando me mostraram um carro que parecia mais um “fora de estrada” do que um Corsa. Uma cor muito diferente dos pretos, cinzas e vermelhos que “povoavam” nossas ruas naqueles tempos.
E, na parede, um quadro com vários nomes escritos. Perguntei o que era aquela lista e o Adalberto me falou: são sugestões para o nome do carro.
– Tonga!
Todos riram afirmando que aquele nome não era sério.
Dias depois, em visita à GM brasileira, que gerava enormes lucros para a corporação, Robert Stempel (15/07/19337/05/2011), o CEO da GM mundial foi levado ao design e apresentado ao projeto do pessoal da casa.
– Tonga,of course. I was there I spent my honeymoon with my wife. A beautiful place! (Tonga, claro. Foi lá onde passei a lua de mel com minha esposa. Um lindo lugar!).
Pena que eu não estava lá naquele momento, para ver a cara dos meus queridos amigos do design.
Por que escolhi Tonga? Não sei bem, mas a primeira coisa que me veio à cabeça foi a música de Toquinho e Vinicius. E nada tem a ver com o arquipélago de Tonga, situado no Pacífico, com cerca de 100 mil habitantes, que eu nem sabia existir.
Na foto feita no Brasil Auto Show, estão, Adalberto Bogsan Neto, Orlando Lopes, Nelson Barros, Morio Ikeda e eu, o padrinho do Tonga.
Para marcar o fim da produção da sexta geração do Camaro nos Estados Unidos, uma série especial está sendo vendida no Brasil. A edição exclusiva, a Camaro Collection, conta com pintura preta e faixas cinza sobre o capô e a tampa do porta-malas.
Tem também bancos customizados, com acabamentos inspirados no modelo Z/28 de 1967. O motor 6,2 litros, V8 de 461 cavalos e 62,9 kgfm de torque e transmissão automática sequencial de 10 marchas, leva o superesportivo a 290 quilomtros por hora (limitada) e aceleração de 0 a 100 em 4,2 segundos.
O Camaro Collection é limitado a 125 unidades, todas numeradas, e os clientes receberão ainda um kit alusivo, que inclui uma miniatura 1:18 com visual idêntico ao modelo de coleção.
A primeira aparição do Camaro Collection aconteceu na última etapa da temporada 2023 da Stock Car, dia 17 de dezembro, no autódromo de Interlagos.
Desde que começou a ser importado para o Brasil, em 2010, o Camaro vendeu 6,5 mil unidades.
“A série Collection simboliza nosso reconhecimento a cada cliente e fã do Camaro, um dos superesportivos mais prestigiados no mercado brasileiro”, diz Paula Saiani, diretora de Marketing de produto da GM América do Sul.
Apesar de não ter anunciado um sucessor imediato, a marca norte-americana confirma que não é o fim da história do Camaro.
GM anuncia investimentos, mas ainda não confirma HVs no Brasil
Como parte de suas ações para marcar o centenário de quando iniciou atividades no País, em 26 de janeiro de 1925, a GM divulgou o investimento de R$ 7 bilhões no quinquênio 2024-2028. O presidente da empresa para o Brasil e América do Sul, Santiago Chamorro, deu pistas bem claras na entrevista em Brasília no dia 24 de janeiro, após se reunir com o presidente da República, sobre os planos da companhia: “Criamos um portfólio para atender os clientes até que eles se adaptem a um mundo mais eletrificado”, explicou.
Parece óbvio que a posição da empresa pioneira está alinhada aos outros dois maiores grupos instalados no Brasil, Stellantis e VW. Estes já anunciaram a escalada prudente que começará por assistência elétrica básica (os pseudo-híbridos), seguida pelos híbridos flex, talvez uma passagem por híbridos flex de plugar e, em algum momento, adiante os modelos 100% elétricos. Aliás, estes dois últimos só se viabilizarão devido à volta do imposto de importação iniciada este ano por etapas. Caso contrário, não haveria condições econômicas.
Chamorro adotou uma linguagem bastante pragmática: “A solução não será uma só tecnologia. O elétrico é melhor do que o híbrido que, por sua vez, tem mais benefícios do que o motor a combustão somente.” Confirmou também seis lançamentos este ano, começando pela nova geração do Spin, único monovolume com representatividade atualmente. Importará dos EUA os SUVs elétricos Equinox e Blazer. Dos outros três, nada adiantou. Consideram-se certas a atualização profunda da picape S10 e do SUV Trailblazer. O sexto produto, ainda desconhecido, pode ser outra versão de um modelo existente.
Vista aérea da fábrica da GM em Gravataí
Entre os futuros produtos as apostas começaram. O site Autossegredos considera certo um inédito SUV a partir do Onix hatch que seria opção mais em conta ao Tracker. Faz sentido para a fábrica de Gravataí (RS). Já Autoesporte espera que a Montana fabricada em São Caetano do Sul seria a base para um novo SUV capaz de rivalizar com o Compass que lidera a categoria dos SUVs médios-compactos. Teria assistência elétrica de 48 V, ou seja, não se trataria de um híbrido flex como o Corolla Cross que estreou essa solução até agora importada do Japão.
O presidente da GM International, Shilpan Amin, que veio ao País para dar mais peso ao anúncio de investimentos, foi assertivo: “Nossa estratégia é totalmente voltada àquilo que o consumidor demandar. Teremos da mesma forma modelos exclusivos para o Brasil”.
Ram Rampage R/T tem presença fora do comum
Mesmo quem não é grande fã de picapes talvez se renda à proposta da Rampage, em especial na versão R/T (R$ 277.490). Ela parte da construção monobloco da Toro e mantém praticamente a mesma distância entre eixos: 2.994 mm versus 2.990 mm. Significa, claro, nenhuma mudança interna em termos de espaço para cabeças, pernas e ombros dos quatro passageiros e do motorista.
As diferenças começam no desenho da carroceria com grade do radiador imponente, capô elevado, faróis afilados de LED e para-choque de desenho robusto que inclui faróis de neblina do mesmo modo de LED. De perfil o desenho é ainda mais chamativo pelo teto pintado de preto, mesma cor nas rodas de 19 pol. (pneus 235/55 R19), e o avantajado adesivo R/T nos extremos dos para-lamas traseiros. Atrás, as lanternas bem dimensionadas trazem uma bandeira americana estilizada, abertura da tampa com amortecimento e uma saída de escapamento em cada extremidade na cor preta.
Uma vantagem em relação à Toro é o volume da caçamba – 980 litros – em razão das laterais mais altas e o maior comprimento total (5.028 mm versus 4.945 mm). De série vem com protetor, porém sem divisórias internas, nem capota marítima. A capacidade de carga, incluídos os cinco ocupantes, é de 750 kg.
Diferença mais marcante aparece no desempenho. Motor da R/T, um turbo a gasolina de 2 litros, entrega 270 cv e 40,8 kgf·m, acoplado a um câmbio automático de nove marchas, tração 4×4 com distribuição de 50% para cada eixo, mas sem a reduzida tradicional. Para um veículo de 1.917 kg de massa total e deste porte a aceleração informada surpreende com 0 a 100 km/h em 6,9 s (consegui 6,8 s pelo velocímetro do Google Maps). Com pneus de série adequados a fábrica declara velocidade máxima de 220 km/h.
O motorista tem à disposição banco com regulagens elétricas (opcional para o passageiro). Mesmo sem carga as suspensões com molas helicoidais nas quatro rodas oferecem relativamente bom conforto de marcha. Fica a desejar o diâmetro de giro de 12 m, um pouco melhor que o da Toro (12,2 m), que dificulta manobras em geral e para estacionar por si só mais difíceis pelas dimensões da picape.
SUV médio Seres 3 atrai poucos olhares
A marca é chinesa, porém fundada nos EUA em 2016. Hoje a DFSK possui fábricas também na China de onde vem o Seres 3 de porte semelhante ao do Compass. Seu estilo quase não se destaca na grande oferta de SUVs no mercado e até o nome do modelo se inspira, sem elegância, no sedã da BMW. Preço inicial de R$ 239.990 baixou para R$ 199.990. Ainda não há previsão de aumento com a oneração do imposto de importação desde 1° de janeiro.
Apesar das linhas genéricas, oferece espaço interno compatível a outros modelos do segmento graças ao bom entre-eixos de 2.650 mm. Entretanto decepciona pelo volume útil do porta-malas com apenas 318 litros contra 373 litros do T-Cross e 410 litros do Compass.
Destaca-se nos materiais de acabamento, bancos confortáveis, quadro de instrumentos, tela multimídia de 10,25 pol. e pareamento sem fio para Apple CarPlay. Não consegui parear Android Auto mesmo com cabo. Celular pode ser carregado por indução no console, porém falta um anteparo para impedir que o telefone caia em curvas. Faz falta a regulagem em distância do volante.
O Seres 3 enfrenta bem o piso irregular e as suspensões estão calibradas mais para o conforto de marcha, sem dar impressão de fragilidade e nem excessiva inclinação em curvas. Motor dianteiro de 163 cv e 30,6 kgf·m permite acelerar de 0 a 100 km/h em 9,1 s (pelo Google Maps). O SUV Seres 3 oferece três modos de guiar: Eco, Normal e Sport. O Eco torna o carro tão lento que nem parece um elétrico (melhor usar apenas para poupar a bateria, em caso extremo). Entre os outros dois modos a diferença no desempenho é pequena e dentro do previsto.
Bateria de 52,7 kW·h garante alcance médio de 209 km (padrão Inmetro), porém consegui em cidade pouco mais de 300 km no modo Normal. Em trecho de autoestrada, a 120 km/h de média, o alcance caiu para 220 km.
Os metalúrgicos da fábrica da General Motors de São José dos Campos aprovaram a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV). A decisão foi tomada em assembleia realizada hoje (1º) para avaliar a proposta, resultado de uma rodada de negociações com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. O programa é aberto a todos que estão operando regularmente na fábrica ou que estejam em licença remunerada. A meta é que 830 trabalhadores entrem no programa.
Segundo as informações, os funcionários têm de 5 a 12 de dezembro para aderir ao PDV. Aqueles que não aderirem, terão estabilidade no emprego até 31 de maio de 2024. A proposta da empresa estabelece que os trabalhadores com um a seis anos de fábrica recebam seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil. Aqueles com sete anos ou mais de fábrica receberão cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil.
Para cada trabalhador ativo que aderir haverá o retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada. De acordo com a proposta acordada, os dias parados durante a greve devem ser compensados em 50% até 30 de junho de 2024, de acordo com a necessidade de produção. A fábrica de São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.
O PDV é uma alternativa às demissões feitas em outubro pela GM e que foram canceladas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em decisão no final de outubro. Na ocasião a Justiça determinou, em caráter liminar, a reintegração de 839 trabalhadores da fábrica, sob pena de multa diária de R$ 1.000 por trabalhador dispensado ou não reintegrado.
As demissões ocorreram no dia 21 de outubro, também nas fábricas da montadora em São Caetano do Sul e em Mogi das Cruzes. Em protesto, os empregados entraram em greve por 17 dias até que todos voltassem aos postos. A paralisação só foi suspensa após o cancelamento das demissões e o pagamento dos dias parados. Segundo o sindicato, a GM demitiu 1.245 funcionários nas plantas paulistas, sendo 839 em São José dos Campos, 300 em São Caetano e 105 em Mogi das Cruzes.
“O sindicato é contra qualquer fechamento de postos de trabalho, mas o PDV já era uma pauta nossa, como alternativa às demissões arbitrárias que chegaram a ser feitas pela GM. O PDV, entretanto, não coloca um ponto final na luta em defesa dos empregos. Estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes. Combatemos de forma permanente toda medida que seja prejudicial aos trabalhadores”, disse o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.
Justificativa
Ao anunciar as demissões a montadora justificou que “a queda nas vendas e nas exportações” teriam levado a empresa a “adequar seu quadro de empregados”. Em comunicado a GM afirmou que a medida foi tomada após várias tentativas de lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho), férias coletivas, days off (dias de folga) e proposta de desligamento voluntário. “Entendemos o impacto que essa decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, disse a GM naquele momento.
A nova picape grande que será lançada no Brasil pela General Motors em outubro, a Chevrolet Silverado, terá uma configuração única e o mesmo motor V8 utilizado pelo esportivo Camaro.
O modelo chega para brigar com a Ford F-150 e a Ram 1500. A picape Silverado foi o segundo veículo mais vendido nos Estados Unidos em 2022, com mais de 513 mil unidades comercializadas. O primeiro lugar é da Ford F-150, com quase 654 mil unidades. Aliás, a F-150 é o veículo mais vendido no mercado norte-americano há mais de 40 anos.
“A Silverado vai chegar ao mercado nacional com motor de última geração, capaz de otimizar a ativação do número de cilindros conforme a condição de rodagem, para melhorar a eficiência e o desempenho”, revela Chris Rego, diretora executiva de Marketing da GM América do Sul.