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Coluna Fernando Calmon — Anfavea aponta risco de investimento no País encolher

Coluna Fernando Calmon nº 1.346 — 8/4/2025

Anfavea aponta risco de investimento no País encolher

A possibilidade de o Brasil perder parte dos R$ 180 bilhões até o final da década, já anunciados pelo conjunto de 26 fabricantes associados à Anfavea, é real. Foi a enfática afirmação de Márcio Leite, que encerrará seu mandato à frente da entidade no final deste mês. Engana-se quem pensa em colocar a culpa exclusivamente na reviravolta que os EUA decidiram em sua política de comércio exterior que afetará dura e amplamente o comércio mundial, todavia ainda passível de complicadas negociações. O País, aliás, é um dos menos taxados.

O executivo focou em dificuldades internas que se arrastam sem solução: atraso de um ano na regulamentação do programa de incentivos Mover do atual Governo Federal; manutenção até 2026 do cronograma de subsídio à importação de veículos elétricos e híbridos (grande maioria dos países já os cortou por inanição financeira), além da insistência deste e historicamente de outros governos em manter automóveis sob taxação extra como produto nocivo à saúde e ao meio ambiente. Leite não falou, mas se sabe que esta “perseguição” existe há décadas, somente por arrecadar muito com pouco esforço. Governos adoram isso…

Há novo pleito de marcas chinesas, não citadas por Leite, que fabricantes já instalados discordam: reduzir imposto de importação para veículos desmontados (CKD, em inglês) ou semidesmontados (SKD). Obviamente, “superchineses” descobriram que o mal falado “custo Brasil” é bem maior do que supunham e vão muito além de ônus trabalhistas. Imagine então, em um carro completo (CBU). Cinco dias antes, Arcélio Santos Jr., presidente da Fenabrave, afirmara: “Tem espaço para todos, desde que com isonomia”.

Balanço do primeiro trimestre de 2025 manteve-se positivo, sobre igual período de 2024. Vendas, 7,2% (média diária, 7,5%); produção, 8,3%; exportações, 40,6% (graças à Argentina); importações, 25,1%. Das 37,2 unidades vendidas a mais em relação aos primeiros três meses de 2024, 22,6 mil vieram de fora do país, sobretudo Argentina e China.

VW: 17 lançamentos na América do Sul de 2025 a 2029

Serão R$ 20 bilhões a serem investidos (aumento de R$ 4 bilhões), novo valor anunciado agora e decidido antes das impactantes mudanças das taxas de importação de veículos pelos EUA, mas mantidos até 2029. A VW tem três fábricas no Brasil e uma na Argentina.

Além do Tera, SUV compacto para segmento de alto volume em que a marca ainda não tinha um modelo e chega ao mercado em maio, serão lançados este ano Nivus GTS, Golf GTI e Jetta GLI. Outro destaque, para 2027, é a nova geração da picape média Amarok, produzida na Argentina com novo chassi da chinesa SAIC, sócia da VW desde 1984. Diferente da atual picape (base Ranger), fabricada na África do Sul, será desenhada por José Carlos Pavone, chefe do Centro de Estilo América do Sul, em São Bernardo do Campo (SP). O Taos argentino será transferido para o México.

Na recém-encerrada ExpoLondrina 2025, a empresa apresentou duas novidades: retorno da versão Sense no Nivus e a estreia do T- Cross Extreme, topo de linha do SUV líder geral no País. Além da pintura em cinza fosco, pela primeira vez oferecida em um VW fabricado aqui ao custo extra de R$ 3.500, há novas rodas de liga leve, detalhes em laranja no para-choque dianteiro e pacote segurança opcional ADAS 2 por R$ 4.500.

A empresa decidiu expandir presença no agronegócio ao proporcionar, em Londrina (PR), a compra do Extreme por R$ 188.990 ou 1.529 sacas de soja, na cotação de dia 3 de abril último. Essa modalidade barter (escambo) já foi utilizada no Brasil em 2021 por Fiat e Toyota, mas só esta continua a oferecer.

Renault respalda retorno ao Brasil da Geely

A Renault avançou e tornou realidade, em menos de dois meses, um acordo com a chinesa Geely, que mantém o controle de outras marcas internacionais como Volvo, Polestar, Lotus, Zeekr, Riddara, Lynk & Co e Smart (total de 14). O anúncio não incluiu compromisso imediato de produção nas instalações industriais da marca francesa em São José dos Pinhais (PR), desde dezembro de 1998. A Geely já atuou como importadora de 2014 a 2018 sem a força que tem hoje.

Entretanto, Luiz Fernando Pedrucci, SVP e CEO da Renault América Latina, deixou claro que vai além de simplesmente importar. Fabricar no Paraná está no planejamento, sem pormenorizar. Talvez a partir de 2027, acenou. Como a Geely oferece também híbridos plugáveis, de início importados, deverá ser esta a escolha. Haverá, a partir de julho próximo, 23 concessionárias da marca em 19 cidades, todas administradas pela Rede Renault. Previsão de expansão para 105 pontos com cobertura de 50% do mercado nacional.

Selecionado para estrear em julho próximo, o elétrico Geely EX5 sobressai por linhas limpas e fluidas. Interior com bom acabamento, bancos dianteiros elétricos, grande tela de 15,4 pol. e volante em formato quadrangular. A unidade exibida na prévia em São Paulo (SP) incluía teto solar panorâmico. Este SUV de porte médio destaca-se pelo espaço interno muito bom. Dimensões: 2.750 mm de entre-eixos, 4.615 mm de comprimento, 1.901 mm de largura e 1.670 mm de altura.

Motor escolhido, mais potente da linha, entrega 217 cv de potência e 32,6 kgf·m de torque. Aceleração de 0 a 100 km/h, 6,9 s. Bateria de 60,2 kW·h com alcance ainda em processo de homologação no Inmetro. Preço não revelado, contudo já levará em conta o aumento do imposto de importação (I.I.) de 18% para 25%, no próprio mês de julho. I.I. subirá para 35% (sempre existiu no Brasil como alíquota única, menos para elétricos e híbridos), em julho de 2026.

Tank 300 PHEV coloca GWM em segmento estratégico

SUVs chamados de raiz podem apresentar vendas limitadas, porém têm poder de transferir prestígio para a marca. Essa foi a escolha da GWM e o Tank 300 alcança esse objetivo. Uma opção de SUV 4×4 com real aptidão fora-de-estrada para motoristas de perfil aventureiro, além de suprir uma lacuna em segmento sem muitas opções. Um desenvolvimento específico para o mercado brasileiro, onde a marca chinesa pretende ampliar sua rede de concessionária de 100 para 130 casas até o final de 2025.

Manteve o tradicional e robusto chassi tipo escada, sem esconder inspiração de estilo mais no Defender do que no Wrangler. Toque diferente no estilo: luzes de rodagem diurna dividem os faróis. Comprimento, 4.760 mm; entre-eixos, 2.750 mm; largura, 1.930 mm; altura, 1.903 mm; porta-malas, 400 litros; tanque, 70 litros. Conjunto motriz híbrido, quatro cilindros, gasolina, turbo, 2-L, potência combinada, 394 cv, torque combinado, 76,4 kgf·m.

Câmbio automático de nove marchas e caixa de transferência com opções de tração 4×2, 4×4 em gama alta e 4×4 em reduzida. Uso de tração 4×4 só no modo híbrido, mas no total são nove modos de condução. Bateria de 37,1 kW·h para alcance de até 106 de km (padrão Inmetro). Em DC (corrente direta), este híbrido plugável permite recarga de 30% a 80% em 24 min.

Em primeira avaliação, São Paulo a Brotas (SP), mostrou desempenho muito bom com pneus de uso misto. Apesar de elevada massa total de 2.630 kg, acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 s. Também se destacou no fora-de-estrada: bons ângulos de entrada, central e saída; seletor eletrônico de tração atuou bem em todas as trocas e opções (2H, 4H e 4L). Dá para encarar boas aventuras off-road com conforto e segurança.

Preço: R$ 330.000 (até o final deste mês).

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GWM Tank 300 chega com motorização híbrida e força off-road

A GWM brasileira acaba de “tumultuar” o segmento de SUV ao lançar o Tank 300. Com motorização híbrida, o modelo chinês terá, teoricamente, que enfrentar pesos pesados, como o Jeep Commander e Toyota SW4. Porém, a marca promete valentia off-road, sofisticação, tecnologia e potência.

Chegando já como modelo 2026, o novo GWM Tank 300 está equipado com uma motorização a combustão de dois litros, turbo, com injeção direta de gasolina e um motor elétrico acoplado que geram 394 cavalos de potência e 750 Nm de torque. Segundo a marca, a velocidade máxima é limitada em 170 quilômetros por hora e acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos.

O motor elétrico fica posicionado entre o motor a combustão e a entrada da transmissão de 9 marchas e juntos enviam todo o torque gerado diretamente para o câmbio para depois distribuí-lo mecanicamente para os eixos dianteiro e traseiro.

A bateria de 37,1 kWh proporciona uma autonomia de 75 quilômetros usando somente o modo 100% elétrico. Quando conectado a um carregador DC (corrente direta), o SUV aceita até 50 kW de potência, permitindo que sua bateria seja carregada de 30% a 80% em apenas 24 minutos. Em carregador AC (corrente alternada), a potência máxima de recarga é de 6,6 kW.

O sistema híbrido do Tank 300 possui 3 níveis de intensidade da frenagem regenerativa, além do modo inteligente para reserva de energia, permitindo guardar o uso da bateria para uma situação que o motorista prefira trafegar principalmente no modo elétrico.

O motorista pode ainda escolher 3 modos de potência do sistema híbrido.

Off-road

A arquitetura híbrida off-road Hi4-T é que faz do Tank 300 um modelo off-road, com sua carroceria sobre chassi de picape e sistema de tração 4×4 por meio de cardã.

O sistema de tração 4×4 conta com opções de 2H, 4H e 4L (reduzida), além de bloqueio eletrônico de diferencial dianteiro, traseiro e central. Com essa combinação de bloqueios de engates ultrarrápidos (o bloqueio é ativado em apenas 200 milissegundos a um toque de botão), é possível desatolar um Tank 300 mesmo que três rodas percam completamente a aderência.

Todo esse aparato off-road é comandado pelo Sistema Todo-Terreno (ATS), recurso eletrônico que oferece 9 modos de condução: Padrão 2H, Padrão 4H, Padrão 4L, Neve, Montanha, Rocha, Lama e Areia, Estrada Acidentada e Expert – este último é totalmente personalizável, permitindo que o motorista ajuste cada parâmetro na sua preferência.

Outra novidade é o recurso chamado Tank Steering ou Assistente de Manobra em Curva Fechada. A um simples toque de botão no console central, um veículo do tamanho do Tank 300 (4,76 metros) passa a ter um raio de giro até 20% menor. Isso permite que o veículo faça uma um retorno de 180º num espaço muito menor do que deveria, se não houvesse o recurso.

Há também o Controle de Cruzeiro Inteligente Off-Road (CCO), sistema que auxilia o motorista eletronicamente a dirigir em condições de terreno muito acidentado, apenas em baixa velocidade. Ele funciona entre 4 e 12 km/h, reduzindo a necessidade de uso frequente dos pedais do acelerador e freio. O sistema controla automaticamente torque do motor, gerenciamento da transmissão e acionamento dos freios, possibilitando a passagem estável por terrenos complexos, como cascalho e pedras, evitando a perda de tração das rodas.

Por fim, a Interface Modo Off-Road exibe para o motorista na central multimídia os parâmetros do veículo necessário para uso em fora de estrada, como bússola, inclinômetro, pressão atmosférica, altitude, ângulo de giro das rodas, inclinação longitudinal e lateral, entre outros.

Em relação às medidas importantes para o uso off-road, o Tank 300 tem impressionantes 700 mm de profundidade máxima de travessia de água, 32° de ângulo de entrada, 33° de ângulo de saída, 222 mm de vão livre do solo, 440 kg de capacidade de carga, 750 kg de capacidade de reboque sem freio e 2.500 kg de reboque com freio.

Espaçoso

O Tank 300 é grande. Ele tem 4.760mm de comprimento, 1.930 mm de largura, 1.903 mm de altura e distância entre-eixos de 2.750mm. O compartimento de bagagens tem capacidade de 836 litros ou 1.520 litros com bancos traseiros rebatidos. Por conta da boa distância do entre-eixos, o modelo da GWM tem um bom espaço para os passageiros.

Os bancos revestidos de couro Nappa e oferece três ajustes de massagem, ventilação e aquecimento na parte dianteira. Para o banco do motorista, há o recurso easy-entry (afasta-se eletricamente para facilitar o acesso), memória de posição e oito ajustes de regulagem elétrica, que garantem uma experiência personalizada e de luxo. O banco do passageiro oferece quatro modos de ajuste elétrico.

O ar-condicionado é dual zone com controle por botões físicos ou pela central multimídia e o teto solar elétrico oferecem. A manopla de câmbio no estilo manche de avião a jato foi batizada de Tank Shifter. Destaque para o carregador de celular por indução de 50W (cinco vezes mais potente que a média) e para a conectividade: o painel de instrumentos vem com computador de bordo integrado e duas telas Full HD de 12,3 polegadas, conectividade com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, wi-fi e conexão 4G, sistema de navegação GPS nativo, comandos de voz 100% em português (Brasil) e atualização dos softwares pela nuvem (OTA – Over The Air)

Preço
GWM Tank 300 R$ 333.000,00

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Coluna Fernando Calmon — Fórum discute forte presença das marcas chinesas

Coluna Fernando Calmon nº 1.344 — 25 /3/2025

 

Fórum discute forte presença de marcas chinesas no Brasil

Organizado pela revista Quatro Rodas, considerou tanto o mercado de híbridos e elétricos quanto o desafio do posicionamento ousado de preços e produtos. Após o crescimento exponencial da indústria na China, suas marcas se voltam à exportação, abrir novos mercados e também equilibrar sua produção interna que, se comenta, já mostrar sinais de saturação. Além da falta de transparência sobre até onde atua o governo central em um país fechado politicamente, para dizer o mínimo.

Foram três painéis e nove marcas representadas: BYD, GAC, GWM, JAC, Leapmotor, Omoda-Jaecoo, SAIC (MG) e Zeekr. Sem entrevistas ao final ou sessão aberta de perguntas e respostas.

As marcas entendem que ainda há desafios de aceitação junto ao consumidor brasileiro. Barreiras arrefeceram em relação à qualidade real percebida e hoje se “experimenta” o carro chinês sem quase receios. Ficou claro que produção local tende a ser um fiador e aumenta relação de confiança. O segmento de entrada é pouco atrativo por não haver em grande escala esse tipo de produto na China. Foco permanece em híbridos e elétricos, que todos preveem expansão no Brasil.

A consultoria Future Brand observou que o brasileiro gosta de inovação, mas ganhar sua confiança, por um conjunto de elementos, não é fácil e vencer a barreira das marcas tradicionais requer trabalho.

Sobre fabricação local, a GAC (MG) confirmou a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento, além da intenção de implantar um modelo de produção verticalizado. Ressalte-se que em geral isso inibe a geração de empregos por um parque de fornecedores, apesar de ser uma visão comum no seu país-sede. Zeekr não produzirá aqui.

GWM destacou a produção nacional como pilar de desenvolvimento de confiança pelo mercado, visão compartilhada pela Omoda. BYD ressaltou que o Brasil é seu maior mercado fora da China, sem comentar sobre o real início de produção na Bahia.

Leapmotor (Stellantis) já nomeou rede de concessionárias e afirmou a industrialização como um caminho, pois o Brasil é um país produtor. Apontou necessidade de crescimento da estrutura de recarga de baterias.

JAC discorreu sobre manutenção mais sofisticada em veículos PHEV/HEV e produzir aqui implica enfrentar dificuldades bem maiores que na China.

SAIC enfatizou o menor custo de empresas chinesas frente às demais por sua estrutura funcional, sem estimar como se adaptaria aqui.

O consultor independente, Milad Kalume avalia que o maior mercado é para híbridos, inclusive plugáveis. Sobre elétricos, hoje com 2,5%, podem chegar a 4% nos próximos anos.

Credencial Digital de Estacionamento agora mais fácil

 Idosos com mais de 60 anos e PCDs já tinham prioridade de estacionamento em áreas demarcadas em todo o território nacional. Todavia a nova credencial, agora vitalícia para idosos, pode ser obtida digitalmente, desde o final do ano passado e válida em todo o Brasil. Antes cada município ou Estado tratava de impor sua burocracia e uma data de validade para renovação. Está disponível pelo Portal de Serviços da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) e não precisa ser mais impressa. No entanto, recomendo que seja, embora sujeita a furtos.

Agentes de trânsito e policiais têm um aplicativo de fiscalização que permite verificar, por meio da placa ou do seu QR Code, se existe uma credencial vinculada ao veículo estacionado. Para o uso da versão digital, só é possível conectar a um único veículo, que poderá ser alterado a qualquer momento. Isso não deve ser esquecido. Hoje o estacionamento em vaga especial informa apenas o número de registro, sem vínculo a uma placa, mas é válido por até cinco anos. Depois exige renovação.

O processo é totalmente online, sem a necessidade de deslocamentos e o beneficiário poderá optar pela versão impressa (por meio do Portal da Senatran) ou digital (via aplicativo da Carteira Digital de Trânsito).

Mais de 16 milhões de pessoas acima de 60 anos que possuem, ou possuíram, carteira de habilitação, são beneficiados. Além dos idosos, a medida favorece cerca de 3,4 milhões de PCDs, cadastrados na base do Registro de Referência da Pessoa com Deficiência.

 Receio sobre veículos autônomos persiste nos EUA

De acordo com a última pesquisa da Associação Americana do Automóvel (AAA, sigla em inglês), 13% dos motoristas dos EUA confiariam andar em veículos autônomos, porém 60% ainda relatam ter medo de circular nessas condições (27%, em dúvida). Por outro lado, a excitação em torno de novos estilos de veículos é uma prioridade baixa: apenas 24% veem isso como importante.

O entusiasmo também é baixo em relação ao desenvolvimento de veículos autônomos — apenas 13% dos motoristas consideram isso uma prioridade; em 2022 eram 18%. Agora, 74% conhecem os Robotáxis, enquanto 53% dizem que não optariam por andar em um.

Todavia, o interesse em Sistemas Avançados de Assistência ao Motorista (ADAS, em inglês) continua alto. A pesquisa descobriu que 64% dos motoristas americanos “definitivamente” ou “provavelmente” desejariam Frenagem Automática de Emergência (AEB) em seu próximo veículo, 62% a Frenagem Automática de Emergência em Marcha à Ré (REAB) e 59% a Assistência de Manutenção em Faixa de Rodagem (LKA).

Para AAA, essas tecnologias avançadas devem melhorar a segurança do motorista em vez de explicitar a impressão de que o carro dirige por si só. Esses recursos foram refinados por software e os sensores atualizados, após vários testes da Associação para determinar se a tecnologia funcionava conforme o esperado. O que se evidenciou foram avanços significativos na AEB, principalmente em velocidades de até 50 km/h.

Ferrari 12Cilindri resgata passado com maestria

Poucas vezes se pode ver uma amálgama de forma e função tão competente entre saudosismo e modernismo. O mais novo cupê de dois lugares (depois, um conversível) da icônica marca italiana, nascida em 1947, já está na loja oficial em São Paulo (SP), mas entregas só dentro de dois meses.

A Ferrari desenhou o 12Cilindri internamente, como tem feito há muitos anos, no estúdio comandado por Flavio Manzoni, sem colaboração de mitos do passado, a exemplo de Giovanni Pininfarina ou Nucio Bertone. Enquanto a frente remete ao mítico 365 GTB4 Daytona (1968-1973), o óculo traseiro tem desenho bastante inusitado, o que levou ao uso de uma câmera externa para o retrovisor interno. Na traseira, quatro saídas de escapamento, apenas estéticas, pois as reais não são visíveis. Há também flaps retráteis.

O interior conta com bancos conchas, obviamente rígidos, e regulagens elétricas. Teto solar de vidro, maçanetas substituídas por botões elétricos e partida do motor na parte baixa do aro vertical do volante, por botão discreto e sensível ao toque (interruptor capacitivo). Acabamento impecável em Alcantara, três telas, inconfundível pedaleira da marca e atmosfera interna perfeita completam o refinado interior. Mas navegação exige cabo para Android Auto. Pormenor de classe: chave de ignição encaixa-se com perfeição em nicho, no alto do console, entre os bancos.

Motor dianteiro central é o venerável V-12 aspirado, 6,5 L, com extraordinários 830 cv (9.500 rpm) e 69,1 kgf·m (7.250 rpm). Seu ronco atiça corações e mentes. Câmbio automático (DSG) de oito marchas, aceleração 0 a 100 km/h em 2,9 s, velocidade máxima de 340 km/h. Comprimento, 4.733 mm; largura, 2.125 mm; altura, 1.292 mm; entre-eixos, 2.700 mm; massa, 1.560 kg; porta-malas, 270 L; tanque, 92 L.

Concessionária única no Brasil, Via Itália ainda não informou preços. Estima-se partir de R$ 8 milhões.

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Coluna Fernando Calmon — Rumo a ainda distante era do hidrogênio

Coluna Fernando Calmon nº 1.328 — 19/11/2024

Brasil: primeiro tímido passo rumo a ainda distante era do hidrogênio

Há uma série de vantagens no hidrogênio, entra estas sua abundância na natureza e sem emissões de gás carbônico (CO2), material particulado, monóxido de carbono (CO), óxidos de nitrogênio ou enxofre. Único subproduto no uso deste combustível de alta eficiência em motores é vapor d’água. Quando produzido a partir de fontes e/ou tecnologias renováveis (hidrelétrica, vento, sol, biomassa ou biogás) chama-se hidrogênio verde (H2V). Utilização em automóveis e caminhões não chega a ser novidade (ensaios também em aviões).

Em 1979, a BMW desenvolveu o primeiro sedã experimental movido a hidrogênio líquido, o 520, depois o 750 hL. Não foi à frente. Até fez uma conferência sobre o assunto no Brasil, em 2003. Lançará, em 2028, o iX5 Hydrogen. Toyota foi mais persistente e produz por ano cerca 2.000 sedãs grandes Mirai; Honda encerrou a fabricação do Clarity em 2021. As duas nipônicas ensaiam a volta ao H2. Todas são inciativas válidas e estendem sem prazo a vida dos clássicos motores a combustão interna.

Dificuldades maiores são a produção em larga escala e construir uma rede de abastecimento. Elétricos até hoje penam com a baixa oferta de postos de recarga, em particular nas estradas. Apenas a Noruega avançou, para valer, neste ponto.

Apesar de distante e incerta era do hidrogênio no Brasil e no mundo, a Universidade Federal de Itajubá (Unifei) inaugurou no fim de outubro último um Centro de Hidrogênio Verde. Além de pesquisas, começou a produção em escala simbólica do combustível para teoricamente até 20 carros compactos por dia. Recebeu ajuda financeira do governo alemão e apoio do Ministério de Minas e Energia, segundo relatou o reitor Edson Bortoni ao jornal O Estado de S. Paulo. Governo de Minas Gerais e a chinesa Great Wall Motors (GWM) também assinaram um memorando de entendimento de apoio à tecnologia.

Entretanto, bom ressaltar que hidrogênio exige um tanque ou cilindro(s) de armazenamento que suportem nada menos de 900 Bar (13.000 psi, quase 400 vezes a pressão de um pneu comum e 4,5 vezes mais que um cilindro de GNV). Um obstáculo severo de volume e massa em qualquer carro atual ou futuro. Então, vamos com calma e cautela. 

Carde está muito acima do que já viu no Brasil

Trata-se de um dos mais incríveis e surpreendentes museus de automóveis, em nível internacional. Sua inauguração ao público será no próximo dia 28, em Campos do Jordão (SP). Carde é acrônimo de Carro, Arte, Design e Educação. Sua proposta vai além de um clássico local de exposição. Destaca o automóvel como protagonista principal e enfoca no desenvolvimento histórico, econômico, político e social do Brasil durante o século XX.

Sua temática dinâmica reserva espaço para todo tipo de demonstração artística, da arquitetura à moda, pintura, escultura e outros. A começar pelo inusitado saguão de entrada no qual, sobre um estilizado cajueiro em metal, paira um raro Uirapuru. Este charmoso cupê esporte, criado no Brasil e lançado em 1964, era continuidade do Brasinca 4200 GT. No Carde teve a pintura caracterizada pelo artista Rudá Jenipapo com tema tribal nativo.

Este saguão dá acesso a nove salas temáticas divididas por épocas e tipos de veículos, que contam a evolução da mobilidade no País. Já no grande salão superior ficam expostos automóveis de diversas épocas e modelos em sistema rotativo do acervo, que tem cerca de 500 veículos. Houve aquisições no Brasil e no exterior, inclusive alguns repatriados. Inclui até um McLaren GTR.

“Boa parte pertenceu ao saudoso Og Pozzoli, mais importante colecionador brasileiro de automóveis, falecido em 2017. O acervo foi comprado no ano seguinte por dona Lia Maria Aguiar, que doou para a fundação que leva o seu nome”, destacou Luiz Goshima, idealizador do projeto, conselheiro e membro honorário da FMLA Carde.

Ingresso: R$ 120, de quinta a segunda-feira.

BMW X2 M35i é caro, mas devolve em desempenho

 Padrão repete o conceito da linha M que se estende ao menor dos SUVs cupês da marca alemã. Fácil de reconhecê-lo pelas caixas de rodas traseiras aumentadas, defletor de teto, novo para-choque e ponteira dupla de escapamento. Lateralmente, rodas de 21 pol. para pneus 245/35R21 e pinças de freio em vermelho destacam-se. Grade tem contorno iluminado. Sob o capô o 2-L, quatro-cilindros turbo de 317 cv/ 40,8 kgf·m (ganho de 113 cv e 9,8 kgf·m) para garantir desempenho digno da grife M: 0 a 100 km/h em 5,4 s. Tração é integral e o câmbio automático de sete marchas, duas embreagens.

Dimensões: comprimento, 4.567 mm; largura, 1.845 mm; altura, 1.575 mm; entre-eixos, 2.692 mm; porta-malas, 560 L.

Finalmente a BMW melhorou o destravamento das portas por celular ou smart watch, dispensando sua aproximação à maçaneta. Não era tão prático como a chave presencial com esta mesma função, guardada no bolso e já existente em outros carros. Pacote M Sport Pro apresenta acabamento interior em camurça Alcantara no painel. Suspensão é adaptativa.

Em primeira avaliação no Autódromo Velocitta, em Mogi Guaçu (SP), a pista estava bastante molhada e foi escolhido modo Sport para as quatro voltas (incluídas a inicial e a de retorno aos boxes). Mesmo moderada por um carro-guia, deu para sentir ótima resposta ao volante e trabalho bem correto das suspensões em um modelo de elevado centro de gravidade, como todo SUV. Em resumo, não tão rápido como sedãs refinados da marca bávara, porém sem sustos. Preço: R$ 512.950. 

Não à toa, F-150 é a picape mais vendida nos EUA

 Ao contrário do que acontece no maior mercado de picapes do mundo, as de grande porte apresentam vendas limitadas no Brasil em razão do preço elevado. Contudo, pelo viés de prestígio a Ford não titubeou em importar a versão mais recente (2025) e cara da F-150, a Lariat, por R$ 519.990.

Sem dúvidas quanto ao porte avantajado: comprimento, 5.907 mm; largura, 2.430 mm; altura, 1.958 mm; entre-eixos, 3.694 mm e massa, 2.387 kg. Para lidar com este último e elevado parâmetro há o motor Coyote a gasolina, V-8 de 5-L, da mesma família do Mustang, 405 cv, 56,7 kgf·m e câmbio automático de 10 marchas.

Grade frontal tem novo desenho e sistema ativo de persianas móveis para adaptação às condições de uso. Faróis igualmente são novos. Destaques: iluminação com autoajuste de altura e a função perimetral de 360° que identifica obstáculos, dispensando uma lanterna manual; tampa elétrica da caçamba aceita abertura lateral (como portas de armário) e para baixo.

No interior, quadro de instrumentos digital de 12 pol., tela multimídia também de 12 pol. com conectividade sem fio Android Auto e Apple CarPlay. Estreia o Head-up Display (projetor de dados no para-brisa) para conferir velocidade, alerta de obstáculos e curvas à frente sem desviar o olhar da pista.

Primeiro contato, de São Paulo a Itatiba (SP) ao longo de 228 km, ida e volta. A F-150 destacou-se por respostas imediatas do acelerador (quase ignora sua elevada massa em ordem de marcha), silêncio e sem vibrações a bordo, suavidade relativa de rodagem por se tratar de picape de grande porte e surpreendente desempenho geral em estrada, inclusive dos freios. Enorme viagem no tempo frente à longínqua F-1000 a diesel.

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Chinesa GWM vai lançar uma motocicleta com motor 2,0 e 8 cilindros

A GWM – Great Wall Motors, conhecida pelos veículos elétricos e híbridos, se prepara para lançar uma motocicleta estradeira no mercado mundial. Apresentada no Salão de Motocicletas de Pequim, na China. A enorme e luxuosa Souo 2000, conta com motor boxer de dois litros e oito cilindros.

A potência deve superar os 250 cavalos de potência máxima, muito superior á concorrentes (Honda Gold Wing  126 cavalos; BMW K 1600 GTL 160 cavalos; e Harley-Davidson Road Glide 88 cavalos).
A transmissão com dupla embreagem, é automática de 8 velocidades. Os freios são da marca italiana Brembro. Outro destaque é o painel de instrumentos digital de TFT de 12,3 polegadas.

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Setor automotivo é determinante para bom desempenho da indústria

As atividades da indústria dirigidas para a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias exerceram papel fundamental para os resultados apurados do desempenho geral da indústria, ao crescer 12% em julho deste ano em comparação a julho do ano passado.

“Os automóveis foram determinantes para esse resultado. As autopeças, em menor grau, mas também ajudaram o setor”, disse o gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Macedo.

Segundo Macedo, o desempenho negativo da produção industrial em julho, que recuou 1,4%, ocorre após um intenso crescimento verificado em junho, quando a produção cresceu 4,3%, sendo influenciada pelo retorno à produção de unidades produtivas que foram, direta ou indiretamente, afetadas pelas chuvas ocorridas no Rio Grande do Sul em maio. Indústrias automotivas como Scania e Volks, afetadas pela falta de componentes vindos de fábricas do Rio Grande do Sul, chegaram a conceder férias coletivas.

“Grande parte do recuo registrado neste mês tem resultado com o avanço visto no mês anterior, mas também se observa que importantes plantas industriais realizaram paralisações, mesmo assim estamos numa trajetória ascendente”, afirmou.

PIB

Ontem, o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) teve crescimento de 1,4% no segundo trimestre, superando as expectativas. A indústria e o setor de serviços foram fundamentais para o resultado positivo.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comemorou o desempenho geral.

“São três boas notícias. A primeira é o crescimento do PIB. O mercado esperava 0,9% e ele cresceu 1,4%. A segunda boa notícia é que fomos o terceiro maior crescimento entre todos os países do G20 e, finalmente, a qualidade desse crescimento. A indústria cresceu, os investimentos cresceram e isso é uma boa notícia para o Brasil e para os brasileiros”, disse Alckmin.

Confira resultados do PIB dos países do G-20 no segundo trimestre de 2024:

Indonésia: 3,8%;
Índia: 1,9%;
Brasil: 1,4%;
Arábia Saudita: 1,4%;
Japão: 0,8%;
Estados Unidos: 0,7%;
China: 0,7%;
Reino Unido: 0,6%;
Canadá: 0,5%;
África do Sul: 0,4%;
União Europeia: 0,3%;
Itália: 0,2%;
França: 0,2%;
México: 0,2%;
Turquia: 0,1%;
Alemanha: -0,1%;
Coreia do Sul: -0,2%

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Produção industrial recua 1,4% em julho; crescimento no ano é de 3,2%

A produção industrial brasileira teve um recuo de 1,4% em julho na comparação com o mês de junho deste ano, quando houve crescimento de 4,3% da atividade, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mês de julho do ano passado, o desempenho da indústria cresceu 6,1% e no acumulado de janeiro a julho, a produção industrial cresceu 3,2%.

Segundo o IBGE, o crescimento de 6,1% entre julho deste ano e julho do ano passado foi decorrente dos resultados positivos em quatro das quatro grandes categorias econômicas, 21 dos 25 ramos, 60 dos 80 grupos e 67,3% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas foram registradas por veículos automotores, reboques e carrocerias, com crescimento nesse período de 26,8%.

Produtos químicos cresceram 10,5%, impulsionados, em grande medida, pela maior produção dos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques e veículos para o transporte de mercadorias e caminhões. Também tiveram desempenho positivo a produção da indústria de fungicidas para uso na agricultura, tintas e vernizes para construção, desinfetantes, herbicidas para plantas, fertilizantes químicos das fórmulas NPK (Nitrogênio, Potássio e Fósforo), inseticidas para uso na agricultura e polietileno.

Também são destaques da produção industrial na comparação de julho de 2024 com julho de 2023,  os produtos de metal com alta de 13,9%, equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, com alta de 24,4%, produtos de borracha e material plástico, com alta de 11,6% e máquinas e equipamentos, 10,8%. Contribuíram positivamente, ainda, a produção de móveis, com alta de 26,9%; artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, com alta de 14,3% e produtos farmoquímicos e farmacêuticos, com 7,2%.

Avaliação

Segundo a Federação da Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp), a redução da produção industrial em julho, em 1,4%, foi registrada após um forte crescimento verificado em junho. Portanto, houve uma acomodação. Na avaliação por categorias, o destaque foi a continuidade do processo de recuperação do grupo de bens de capital e bens de consumo duráveis.

A primeira categoria, segundo a Fiesp, tem se beneficiado da recuperação da confiança empresarial e do aumento da capacidade instalada da indústria, enquanto na segunda categoria, de bens de consumo, a expansão da renda das famílias contribuiu para o bom desempenho industrial.  A Fiesp mantém a projeção de crescimento de 2,2% para a produção industrial em 2024. (Agência Brasil)

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Financiamento de veículos tem melhor resultado desde dezembro de 2013

O mês de julho registrou crescimento das vendas financiadas de veículos. Ao todo, 626 mil unidades, entre veículos usados e zero quilômetro, foram adquiridas por meio de financiamentos. O crescimento foi de 27,2% em relação a julho de 2023 e de 7,2% em relação a junho deste ano. Esse desempenho foi o melhor desde dezembro de 2013, segundo o levantamento feito pela B3 (Bolsa de Valores).

A pesquisa apontou que, no segmento de veículos leves, o aumento dos financiamentos foi de 26% na comparação com julho do ano passado e de 11,3% em relação a junho deste ano.

No caso de veículos pesados, de utilização no segmento logístico do país, os financiamentos cresceram 28,1% em julho deste ano em relação a igual período de 2023. Na comparação com o mês de junho, a alta foi de 10,8%.

Já o financiamento de motocicletas teve expansão de 32% em julho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Porém, houve queda de 5% dos financiamentos em relação a junho.

As vendas financiadas de veículos no acumulado do ano totalizam 4 milhões de unidades, número 24,3% superior ao de igual período do ano passado, o equivalente a 793 mil unidades a mais. Essa marca não havia sido igualada desde 2011.

“Os resultados de julho tiveram um ritmo forte. Fechamos o mês com o maior número de veículos financiados desde dezembro de 2013. O mercado de financiamento de veículos continua aquecido, e o destaque fica por conta do segmento de automóveis e comerciais leves novos, que registrou um crescimento de quase 20%, com mais de 100 mil veículos financiados”, disse o gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3, Gustavo de Oliveira Ferro.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

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Coluna Fernando Calmon — Vendas sobem, porém importações bem mais

Coluna Fernando Calmon nº 1.310 — 16/7/2024

Vendas sobem, porém importações bem mais

O Brasil está perdendo a batalha da balança comercial entre exportações e importações de veículos. Nos últimos anos, desde 2015 o País sempre alcançou superávit com destaque em 2017. Mas este ano o crescimento das importações vai superar as exportações, segundo projeções da Anfavea. Trata-se de uma combinação deletéria. Para manter o nível de empregos na indústria automobilística é necessário que exportações compensem importações. Se o balanço for superavitário, melhor ainda.

No fechamento do primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado a produção total de veículos leves e pesados subiu apenas 0,5%. Passou de 1,132 para 1,138 milhões de unidades. De janeiro a junho de 2024 as exportações caíram 28,3% e importações subiram bem mais: 37,7%. O resultado pífio deu-se em contraste com o firme aumento de vendas internas (varejo e atacado; leves e pesados), na soma de veículos nacionais e importados, que subiram 14,6%.

Na realidade o aumento das importações — nada contra isso, contudo de forma prudente ­­— deu-se em razão de carros elétricos e híbridos, além de concentradas em marcas chinesas. Híbridos convencionais e plug-in (somados 4,5%) e elétricos (2,9%) ainda representaram parcela muito pequena das vendas de veículos leves no primeiro semestre deste ano.

No entanto a Anfavea defende uma volta imediata do imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos, sem o escalonamento em curso de 2024 a 2026. Será difícil o governo voltar atrás sobre o estabelecido.

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) reúne hoje 10 marcas entre as 50 que atuam no mercado brasileiro de veículos leves, pesados e máquinas, sem incluir motos.

Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, afirma que “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes e prejudiciais a toda a cadeia automotiva”. Mesmo discurso simplista de sempre. Ele tem razão num ponto: “Além disso, poderá prejudicar as relações com um parceiro comercial importante para o Brasil como a China”.

A BYD é, de longe, a maior associada da entidade em vendas, no primeiro semestre: 32.572 unidades, 71%. GWM vendeu menos, porém não se associou. Mas o otimismo extrapola. A chinesa já previu comercializar 120.000 unidades este ano e depois corrigiu para 100.000. Só que a Abeifa projeta 94.000 veículos emplacados das 10 marcas em 2024. Uma das duas estará errada.

 Novo lançamento da GM incluirá versão híbrida básica

O primeiro dos produtos incluído no plano de investimentos de R$ 1,2 bilhão para modernização da fábrica de Gravataí (RS) será, como esperado, um SUV compacto inédito que terá como base o Onix, ou seja, menor do que o atual Tracker. O novo modelo está previsto para 2026. O que se antevê é uma versão híbrida flex básica com alternador e motor de arranque integrados, além de uma pequena bateria auxiliar.

A GMB se convenceu, ao sondar clientes, que passar direto para carros elétricos no Brasil vai demorar em razão do preço alto e de uma rede de recarga incompleta. Um híbrido pleno para veículos maiores, a exemplo de Tracker, Montana, S10 e Trailblazer, deve chegar numa segunda etapa.

Fábio Rua, vice-presidente da GM, afirmou que o novo produto (não adiantou que se tratava de um SUV) está sendo desenvolvido pela engenharia da empresa, líder mundial para este projeto. Será exportado para países da América do Sul e México. No Brasil vai mirar, principalmente, no Kardian, Pulse e, em breve, no modelo equivalente da VW.

Outra atualização esperada, segundo o site Autos Segredos, é a injeção direta de combustível no motor a combustão interna. Até agora a Chevrolet era uma das poucas marcas a manter a injeção multiponto no duto de admissão por achá-la uma solução de menor custo e suficiente. Porém, o tempo mostrou que se trata de uma mudança viável e necessária aos olhos do mercado.  Deve estrear já neste novo SUV.

No total a empresa americana investirá R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028 na renovação de seus modelos, introdução de tecnologias avançadas e agregação de novos negócios.

BYD avança com híbrido plugável Song Pro

SUV de porte médio da fabricante chinesa tem a seu favor o estilo atraente e o conjunto motriz. O sistema híbrido plugável a gasolina também é um recurso vantajoso que se reflete em baixo consumo de combustível. Todavia, o alcance médio declarado de até 1.100 km refere-se à antiga norma europeia NEDC abandonada por pouco refletir a realidade e caiu em desuso a partir de 2017. Sem sentido continuar a citá-la.

Pela norma brasileira NBR 7024, revista e utilizada pelo Inmetro, o alcance médio é de 780 km, mas na prática pode ser um pouco melhor com bateria totalmente carregada e tanque de 52 litros cheio.

Por outro lado, uma característica bem interessante informada pela BYD é a eficiência térmica de 43% do conjunto comparável aos melhores motores a diesel. O Song Pro, na versão GS de topo que dispõe de uma bateria maior (18,3 kW·h), entrega 235 cv e 43,8 kgf·m ao combinar, segundo a fábrica, um motor a gasolina de 98 cv e 12,4 kgf·m ao elétrico de 197 cv e 30,6 kgf·m. Bom lembrar que torque combinado tecnicamente não pode ser medido em aplicações em um mesmo eixo, embora BYD insista.

Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s comprova desempenho muito melhor do que o Corolla Cross híbrido não plugável limitado por seu motor flex de apenas 101 cv (etanol)/14,1 kgf·m associado a um motor elétrico 72 cv e 16,6 kgf·m com potência combinada de somente 122 cv.

Isso ficou claro na primeira e curta avaliação pelas ruas de São Paulo. O SUV chinês tem ótimo desempenho. Mas ao partir da imobilidade há um certo atraso na resposta do acelerador, sem aquela reação fulminante dos elétricos. Impressiona o silêncio a bordo com os vidros dianteiros de dupla camada para isolamento de ruído. Porém, ao rodar em asfalto irregular ou passar por lombadas falta o acerto fino das suspensões.

Também se destaca pelo espaço interno com distância entre-eixos de 2.712 mm, pouco menor que a do Song Plus. Os passageiros no banco traseiro, além do assoalho plano, contam com regulagem do encosto. Bancos dianteiros são confortáveis e o do motorista tem regulagem elétrica (só no GS). O porta-malas oferece 520 litros, mas não inclui estepe e perde espaço devido a uma maleta contendo carregador portátil da bateria e seus cabos.

Preços: R$ 189.800 (GL) e R$ 199.800 (GS).

 

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Concessionárias GWM tabela as peças de reposição em todo o Brasil

A chinesa GWM  “tabelou” todas as suas peças de reposição no mercado nacional. A medida estipula um preço único para peças em todo o território brasileiro. Para a marca, a medida visa garantir transparência e confiança aos clientes.

Diferentemente do que é adotado hoje no setor automotivo, as concessionárias vão ter que praticar o mesmo preço, independentemente da cidade, do estoque ou do volume de negócios de cada operação. Atualmente a rede GWM é formada por 70 pontos de venda no Brasil inteiro, sendo 23 lojas de shopping e 47 concessionárias tradicionais.

O controle será feito através das notas fiscais de saída das concessionárias, confrontando os valores de venda com os da tabela. Outro item fundamental dessa estratégia de preço único de peças é o que estipula que as concessionárias que seguirem os valores determinados serão premiadas financeiramente, de forma a assegurar a aplicação da tabela da GWM em todo o território brasileiro.

Estoque

Atualmente, segundo a marca chinesa, a empresa possui um estoque de 523 mil peças, distribuídas em mais de 4.100 posições pallet, armazenadas em um moderno Centro de Armazenamento e Distribuição de Peças em Cajamar, na Grande São Paulo, em parceria com o provedor logístico DSV.

Esse estoque é suficiente para atender a demanda de todas as concessionárias da marca no Brasil por até nove meses.

 

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