juros

Copom eleva juros básicos da economia para 14,75% ao ano

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar mais uma vez os juros.

Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

Essa foi a sexta alta seguida da Selic. A taxa está no maior nível desde agosto de 2006, quando também estava em 14,75% ao ano.

Em comunicado, o Copom não deu pistas sobre o que deve ocorrer na próxima reunião, na metade de junho. Apenas afirmou que o clima de incerteza permanece alto e exigirá prudência da autoridade monetária, tanto em eventuais aumentos futuros como no período em que a Selic deve ficar em 14,75% ao ano.

“Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação”, destacou o texto.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e três de 1 ponto percentual.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

bc

Em abril, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, ficou em 0,43%. Apesar da desaceleração em relação a março, o preço dos alimentos continua impressionando a inflação.

Com o resultado, o indicador acumula alta de 5,49% em 12 meses, acima do teto da meta contínua de inflação. Os números do IPCA cheio de abril só serão divulgados na próxima sexta-feira (9).

Pelo novo sistema de meta contínua em vigor desde janeiro, ameta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em maio de 2025, a inflação desde junho de 2024 é comparada com a meta e o intervalo de tolerância.

Em junho, o procedimento se repete, com apuração a partir de julho de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de março pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 5,1% a previsão do IPCA para 2025, mas a estimativa pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de junho.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 5,53%, mais de 1 ponto acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 5,65%.

O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. Aautoridade monetária prevê que o IPCA, no cenário de referência, chegará a 4,8% em 2025 (acima do teto da meta) e 3,6% no fim de 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de março, o Copom previa IPCA de 5,1% em 2025 e de 3,9% em 12 meses no fim do terceiro trimestre de 2026.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central reduziu para 1,9% a projeção de crescimento para a economia em 2025.

O mercado projeta crescimento semelhante. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 2% do PIB em 2025.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir.(Agência Brasil)

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Após nova alta de juros, mercado reduz previsão para o PIB e inflação

Após a taxa básica de juros ser elevada para 14,25% ao ano, as previsões do mercado financeiro para a expansão da economia e o índice de inflação em 2025 foram reduzidas, de acordo com dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira (24), em Brasília. A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para este ano, a estimativa para o crescimento da economia caiu de 1,99% para 1,98%. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 1,6%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

Expansão da economia

Em 2024, a economia brasileira cresceu 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021 quando o PIB alcançou 4,8%.

A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,95 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 6.

Inflação

A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 5,66% para 5,65% este ano. Para 2026, a projeção da inflação subiu de 4,48% para 4,5%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,78%, respectivamente.

A estimativa para 2025 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

Puxada pela alta da energia elétrica, em fevereiro a inflação oficial ficou em 1,31%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior resultado desde março de 2022 quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%). Em 12 meses, o IPCA soma 5,06%.

Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 14,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

A alta do preço dos alimentos e da energia e as incertezas em torno da economia global fizeram o BC aumentar mais uma vez os juros em um ponto percentual na reunião da semana passada, o quinto aumento seguido da Selic, em um ciclo de contração na política monetária.

Em comunicado, o Copom informou que a economia brasileira está aquecida, apesar de sinais de moderação no crescimento. Segundo o colegiado, a inflação cheia e os núcleos (medida que exclui preços mais voláteis, como alimentos e energia) continuam em alta. O órgão alertou que existe o risco de que a inflação de serviços continue alta e informou que continuará a monitorar a política econômica do governo.

Próximas reuniões

Em relação às próximas reuniões, o Copom informou que elevará a Selic “em menor magnitude” na reunião de maio e não deixou pistas para o que acontecerá depois disso.

Além de esperada pelo mercado financeiro, a elevação em 1 ponto havia sido anunciada pelo Banco Central na reunião de janeiro.

Até o fim deste ano, a estimativa do mercado financeiro é que a taxa básica suba para 15% ao ano. Para 2026, 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida para 12,5% ao ano, 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. (Agência Brasil)

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Coluna Fernando Calmon — Juro alto persistente segura aumento potencial de vendas

Coluna Fernando Calmon nº 1.343 — 18/3/2028

 

Juro alto persistente segura aumento potencial de vendas

Vendas, produção e exportações mostraram bons números no primeiro bimestre, segundo o balanço apresentado pela Anfavea. Mercado interno com 356,2 mil unidades (automóveis e veículos comerciais) atingiu o maior patamar desde 2020. Produção somou 392,9 mil unidades, alta de 14,8% sobre 2024. Exportações alcançaram 76,7 mil unidades, aumento de 55% pela extraordinária recuperação da Argentina.

Contudo, as importações deram um grande salto: 26% contra 9% de crescimento do mercado interno. A participação nas vendas internas de 21% foi a maior desde 2012. Em 2021 chegaram do exterior, no primeiro bimestre, 30.000 unidades e em 2025, 75.000 (mais 150%).

O País perdeu relevância em mercados latino-americanos. Em 2013, China, 5% e Brasil, 22%; em 2024, 28% e 14%, respectivamente. “Estamos entregando empregos para fora do País”, afirma Márcio Leite, presidente da Anfavea.

Marcas chinesas produzirão aqui, mas no futuro com que vigor exportarão aos nossos vizinhos? Só o tempo dará a resposta.

A associação dos fabricantes mantém previsão de crescimento de 6,3% este ano (Fenabrave estima 5%) para 2,8 milhões de unidades. Anfavea desconsiderou atingir otimistas três milhões em 2025, pois juros continuam a subir, afetando demanda atual e futura. Em janeiro passado, estavam em 29,5% ao ano para o crédito de veículos, recorde histórico desde 2011. O Marco de Garantias ainda não ajuda porque só contratos recentes incluem cláusula de retomada do veículo, em caso de inadimplência.

Em 2012, venderam-se 3,8 milhões de unidades graças aos artificialismos da época. Se o mercado brasileiro crescer 4% de 2026 em diante, só igualaria 2012 daqui a sete anos, em 2032. Vinte anos depois.

No último dia 14, Igor Calvet assumiu o cargo de presidente executivo da Anfavea em uma transição até se encerrar o mandato de Márcio Leite (Stellantis), em abril. Calvet é um nome experiente e independente dos fabricantes, já atuava na associação desde 2023 e antes no Governo Federal. Dessa forma, a entidade fundada em 15 de maio de 1956 descarta agora o sistema de rodízio entre executivos ligados às cinco fábricas pioneiras: Fiat, Ford, GM, Mercedes-Benz e VW. Isso gerava rusgas internas.

Anfavea congrega atualmente 26 associadas que representam 34 marcas.

 Fenabrave comemora 60 anos de fundação

Concessionárias de veículos já foram conhecidas como revendedoras, autorizadas ou simplesmente agências, o que não expressava exatamente a sua função. Além de representarem uma marca e sua comercialização organizada, prestam assistência técnica, honram a garantia em nome dos fabricantes e disponibilizam peças originais.

Em 1920, surgiram os primeiros revendedores autorizados de marcas importadas. Novos contratos de concessão, em 1950 e, 11 anos depois, a Associação dos Concessionários de Veículos de SP, embrião da Abrave (Associação Brasileira de Revendedores Autorizados de Veículos), fundada em 18 de março de 1965. Só em 1972, formaram-se as primeiras associações de marcas e, em 1977, o Congresso Nacional aprovou a Lei do Setor Automotivo, todavia realmente sacramentada em 1979. Porém, só uma década depois, consagrou-se Fenabrave.

Arcélio Alceu dos Santos Júnior é o atual presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores, que reúne 57 associações de marca de automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, implementos rodoviários, motocicletas e máquinas agrícolas. No evento comemorativo, em São Paulo (SP), lembrou que são mais de 7.800 concessionárias e 315.000 empregos diretos. Como estão na ponta final de uma longa cadeia econômica, movimentam 5,65% do Produto Interno Bruto (PIB) do País.

O dirigente lembrou ainda que a Fenabrave lidera, desde o início deste ano, o grupo de coalizão do Programa de Renovação da Frota ligado à segurança no trânsito. “Isso demonstra nosso envolvimento e anseio pela modernização do parque circulante nacional”, enfatizou. E concluiu: “A conexão entre o passado e o presente é que torna possível o nosso futuro.”

Proteção também no banco traseiro ganha ênfase

IIHS (Instituto de Seguradoras para Segurança Rodoviária, na sigla em inglês), fundada nos EUA por três seguradoras em 1959 e hoje de atuação independente, decidiu apertar as exigências em suas premiações anuais para automóveis, SUVs e picapes. Apenas 48 modelos, até agora, estão pré-qualificados para a premiação de 2025 contra 71 na mesma época, ano passado.

Preocupação histórica sempre foi com motorista e passageiro dianteiro. A partir de agora, a segurança deve aumentar também para quem viaja no banco traseiro. Para se destacar no teste original, fortaleceram-se as estruturas dos veículos, melhoraram os airbags e desenvolveram-se cintos de segurança avançados, capazes de absorver as forças do impacto. Mas muitos desses avanços foram aplicados apenas nos bancos dianteiros.

Inclui-se agora um manequim adicional representando uma mulher de menor estatura ou uma criança de 12 anos atrás do motorista. Novas métricas concentram-se nos ferimentos mais frequentes em ocupantes do banco traseiro. Independentemente do desempenho no teste atualizado, a segunda fileira continua sendo a posição mais segura para crianças menores de 13 anos.

Nenhum minicarro, sedã, minivan ou picape pequena estão entre os possíveis vencedores. Por suas grandes dimensões, apenas duas picapes de maior porte, Rivian R1T e Toyota Tundra, se qualificam ao prêmio, além de quase todos os SUVs.

Mais potência e novo visual no Song Plus Premium

O híbrido plugável da BYD ganhou presença com as modificações estéticas da linha 2025. Destaque para a dianteira, em especial desenho dos faróis e entradas de ar. Rodas de liga leve bonitas, de 19 pol. Na traseira a placa subiu do para-choque (onde não deveria estar) para a tampa do porta-malas e as novas lanternas interligadas integram-se com harmonia ao estilo do carro.

Dimensionalmente é um típico SUV médio de cinco lugares, no entanto mais encorpado: 4.775 mm de comprimento, 2.765 mm de entre-eixos (apenas 29 mm a menos que o Jeep Commander, por exemplo, de sete lugares), 1.890 mm de largura, 1.670 mm de altura, porta-malas 574 litros (164 litros a mais que o Compass).

Um bom avanço está na estreia da tração integral e do conjunto de três motores: o principal, 1,5 L a gasolina, entrega modestos 129 cv e 22,4 kgf·m, mais os dois elétricos (dianteiro, 204 cv/30,6 kgf·m e traseiro, 163 cv/30,6 kgf·m). No total são 325 cv (torque combinado tecnicamente não pode ser medido).

Resultado final é positivo com aceleração de 0 a 100 km/h em 5,2 s, um resultado muito bom para uma massa total de 2.020 kg. Mas se a bateria de 18,3 kW·h descarregar, o que não aconteceu durante a avaliação, o desempenho com certeza cai bastante. Tempo de recarga de 1h40m, de 20% a 80%, mas somente em AC (não aceita carga rápida em DC). Para mitigar a possível situação, há o recurso de economia para a bateria que pode e deve ser acionado.

O interior é bem-acabado, bancos com a firmeza necessária e destaque para grande tela giratória de 15,6 pol. (na realidade não gira, se o motorista escolhe usar a navegação por Waze ou Google Maps). Um ponto desagradável é o acesso às entradas USB-C, escondidas no console, que exigem contorcionismo. Em viagens um pouco mais longas recarga por indução é insuficiente para manter o celular operante.

Preço: R$ 299.800. 

 

 

 

 

 

 

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Copom deve elevar Selic em 1 ponto na reunião desta quarta-feira

Pressionado pela alta do dólar e do preço dos alimentos, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira (29) em quanto elevará a taxa básica de juros, a Selic. A reunião é a primeira sob o novo comando do presidente do BC, Gabriel Galípolo.

Essa será a quarta elevação consecutiva da Selic. Segundo a edição mais recente do boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 1 ponto percentual  nesta reunião, de 12,25% para 13,25% ao ano.

No comunicado da última reunião, em dezembro, o Copom informou que elevaria os juros básicos em 1 ponto percentual nas reuniões de janeiro e de março. Segundo o comitê, o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo no fim do ano passado justificam o aumento dos juros básicos no início de 2025.

Nesta quarta-feira (29), ao fim do dia, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano de junho a agosto do ano passado, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e uma de 1 ponto percentual.

Inflação

Na ata da reunião mais recente, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Taxa Selic . O órgão informou que o cenário econômico exige uma política monetária contracionista e confirmou a intenção de duas elevações de 1 ponto. O Banco Central citou a alta recente do dólar e da inflação para uma “política ainda mais contracionista”.

Segundo o último boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras feita pelo BC, a estimativa de inflação para 2025 subiu de 4,96% há quatro semanas para 5,5%. Isso representa inflação acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5% por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto. (Agência Brasil)

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Produção da indústria brasileira recua 0,6% em novembro

A produção da indústria brasileira recuou 0,6% na passagem de outubro para novembro. Foi o segundo mês consecutivo de queda. Em outubro o setor já tinha caído 0,2%. No entanto, no conjunto dos 11 meses de 2024, a indústria acumula alta de 3,2% e, em 12 meses, expansão de 3%.

Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, a indústria brasileira se posiciona 1,8% do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 15,1% abaixo do ponto mais alto já registrado, em maio de 2011.

De acordo com o gerente da pesquisa, André Macedo, as perdas na indústria em outubro e novembro (acumulado de 0,8%) são, de certa forma, impacto de questões como desvalorização do real ante o dólar e aumento da taxa básica de juros da economia, a Selic.

“Não imagino que o aumento de juros já tenha um efeito direto, porque começou em setembro, mas claro que isso gera impacto na expectativa de consumidores e empresários”, avalia.

Outro fator que pode ter influenciado o recuo industrial é o aumento no preço dos alimentos, que tem o efeito de comprometer mais o orçamento das famílias e diminuir a busca por bens de consumo.

“Isso traz algum tipo de reflexo sobre a renda disponível das famílias, pode ter impacto sobre as decisões de consumo”, diz.

Na comparação com novembro de 2023, foi registrada alta de 1,7% na produção industrial – sexta expansão consecutiva nesse tipo de comparação interanual.

Analisando o desempenho de outubro para novembro de 2024, o IBGE aponta que 19 dos 25 ramos industriais ficaram no campo negativo. “É um sinal amarelo importante”, adverte Macedo.

As atividades de maior influência negativa foram veículos automotores, reboques e carrocerias (-11,5%), e coque (derivado do carvão), produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,5%).

Macedo ressalta que a queda de dois dígitos na produção de veículos ainda mantém saldo positivo em relação ao fim de 2023.

“Isso não tira o comportamento que a atividade teve ao longo do ano. O patamar está 14,2% acima de 2023”.

O resultado entre meses seguidos, anunciado nesta quarta-feira (-0,6%), é o menor para um mês de novembro desde 2019, quando houve recuo de 2,3%. (Agência Brasil)

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Copom eleva juros básicos da economia para 12,25% ao ano

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava uma elevação de 0,75 ponto.

Em comunicado, o Copom atribuiu a elevação acima do previsto às incertezas externas e aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo. O órgão informou que elevará a taxa Selic em 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros serão comandados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.

“O comitê tem acompanhado com atenção como os desenvolvimentos recentes da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. A percepção dos agentes econômicos sobre o recente anúncio fiscal afetou, de forma relevante, os preços de ativos e as expectativas dos agentes, especialmente o prêmio de risco, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio. Avaliou-se que tais impactos contribuem para uma dinâmica inflacionária mais adversa”, destacou o comunicado.

Essa foi a terceira alta seguida da Selic. A taxa retornou ao nível de dezembro do ano passado, quando estava em 12,25% ao ano. A alta consolida um ciclo de contração na política monetária.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões, de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto, e novembro, quando subiu 0,5 ponto.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em novembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, caiu para 0,39%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a desaceleração foi puxada pela bandeira verde nas contas de luz e pela queda nos combustíveis, mas o preço dos alimentos, principalmente da carne, e das passagens aéreas continuou a subir.


Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,87% em 12 meses, acima do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 4,31% a previsão para o IPCA em 2024, mas a estimativa pode subir ainda mais mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,84%, acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,71%.

O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA chegará a 4,9% em 2024 (acima do teto da meta), 4,5% em 2025 e 4% no acumulado em 12 meses no fim do segundo trimestre em 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de novembro, o Copom previa IPCA de 4,6% em 2024, de 3,9% em 2025 e de 3,6% no acumulado em 12 meses no fim do primeiro trimestre em 2026

Crédito mais caro

O mercado projeta crescimento maior. Segundo a última edição do boletim Focus, os analistas econômicos preveem expansão de 3,39% do PIB em 2024.

O número foi revisado após o crescimento de 0,9% no Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Agência Brasil)

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Copom eleva juros básicos da economia para 11,25% ao ano

A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar o ritmo de alta dos juros. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano. A decisão era esperada pelo mercado financeiro.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto, entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto.

Em comunicado, o Copom informou que a incerteza nos Estados Unidos se ampliou. Sem citar diretamente a eleição do ex-presidente Donald Trump, o texto mencionou “a conjuntura econômica incerta nos Estados Unidos, o que suscita maiores dúvidas sobre os ritmos da desaceleração, da desinflação e, consequentemente, sobre a postura do Fed [Federal Reserve, Banco Central norte-americano]”.

Em relação ao cenário doméstico, o Copom informou que está acompanhando a política fiscal e cobrou ajustes dos gastos públicos. “O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida, com a apresentação e execução de medidas estruturais para o orçamento fiscal, contribuirá para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária”, destacou o comunicado.

Inflação

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial, subiu para 0,44%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), puxado pela bandeira vermelha nas contas de luz e pelo preço dos alimentos, que subiu por causa da seca no início do semestre. O IPCA de outubro só será divulgado na sexta-feira (8).

Com o resultado, o indicador acumula alta de 4,42% em 12 meses, cada vez mais próximo do teto da meta deste ano. Para 2024, o Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. O IPCA, portanto, não podia superar 4,5% nem ficar abaixo de 1,5% neste ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de setembro pelo Banco Central, a autoridade monetária elevou para 4,31% a previsão para o IPCA em 2024, mas a estimativa pode subir ainda mais mudar por causa da alta do dólar e do impacto da seca prolongada sobre os preços. O próximo relatório será divulgado no fim de dezembro.

As previsões do mercado estão mais pessimistas. De acordo com o boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras divulgada pelo BC, a inflação oficial deverá fechar o ano em 4,59%, acima do teto da meta. Há um mês, as estimativas do mercado estavam em 4,38%.

O comunicado do Copom trouxe as expectativas atualizadas do Banco Central sobre a inflação. A autoridade monetária prevê que o IPCA chegará a 4,6% em 2024 (acima do teto da meta), 3,9% em 2025 e 3,6% no acumulado em 12 meses no fim do primeiro trimestre em 2026. Isso porque o Banco Central trabalha com o que chama de “horizonte ampliado”, considerando o cenário para a inflação em até 18 meses.

O Banco Central aumentou as estimativas de inflação. Na reunião anterior, de setembro, o Copom previa IPCA de 4,3% em 2024, de 3,7% em 2025 e de 3,5% no acumulado em 12 meses no fim do primeiro trimestre em 2026.

Crédito mais caro

O aumento da taxa Selic ajuda a conter a inflação. Isso porque juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam a produção e o consumo. Por outro lado, taxas maiores dificultam o crescimento econômico. No último Relatório de Inflação, o Banco Central elevou para 3,2% a projeção de crescimento para a economia em 2024. O número foi revisado após o expansão de 3,1% do PIB em 2024.

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o Banco Central segura o excesso de demanda que pressiona os preços, porque juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao reduzir os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas enfraquece o controle da inflação. Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de subir. (Agência Brasil)

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Pulse e Fastback ganham motores elétricos auxiliares e ficam mais econômicos

A Fiat apresentou esta semana as versões híbridas do Pulse e Fastback. Equipadas com motorização T200 Flex, de um litro turbo desenvolvem 130 cavalos e 20,4 kgfm de torque. Segundo a marca, no caso do Fastback, no uso urbano, o modelo teve uma redução no consumo de combustível de 11,5% na gasolina (9,8% no etanol), e no Pulse o percentual é de 10,7% tanto na gasolina, quanto no etanol. A transmissão é CVT que simula sete velocidades.

O sistema híbrido da Fiat possui um motor elétrico multifuncional que substitui o alternador e motor de partida. Esse sistema híbrido dual-battery é capaz de gerar torque adicional para o motor a combustão do veículo e energia elétrica para carregar as baterias de chumbo-ácido de 68Ah e de íon de lítio de 11Ah, ambas de 12V, que fornecem energia ao motor elétrico. O sistema gera potência de até 3kW, garantindo, segundo a marca, uma melhora na performance e uma redução de consumo de combustível.

O sistema é composto pelos seguintes componentes:

  • Duas baterias de 12V, sendo uma de chumbo-ácido (localizada no cofre do motor) e outra de íon de lítio (localizada abaixo do banco do motorista).
  • Sistema DBSM (Dual-Battery Switch Module ou Módulo de Comutação de Duas Baterias) usado para conectar, separar ou controlar as duas baterias de acordo com a estratégia da central eletrônica, garantindo a operação eficiente e a carga adequada.
  • Motor elétrico multifuncional de 12V e 3kW conectado mecanicamente ao motor de combustão e alimentado por uma bateria auxiliar de íon de lítio, que substitui o alternador e o motor de partida.

O sistema funciona através de quatro modos de operação:

  1. e-Start&Stop:função Start-Stop durante paradas. Quando o veículo para completamente, o sistema desliga o motor a combustão, economizando combustível. Nas desacelerações, o motor a combustão permanece em funcionamento sem injetar combustível, priorizando a regeneração de energia.
  2. e-Assist:assistência do motor elétrico ao motor de combustão. Durante acelerações e retomadas, as baterias de lítio e chumbo fornecem energia para o motor elétrico, que gera torque adicional para o motor de combustão, reduzindo o consumo de combustível do veículo.
  3. Alternador Inteligente:dois modos de funcionamento que dependem da condição das baterias. No modo alternador, as baterias de chumbo-ácido e/ou íon de lítio estão com baixos estados de carga, e o alternador inteligente permite o carregamento das baterias. No modo neutro, as baterias de chumbo-ácido e/ou íon de lítio estão carregadas, e o alternador inteligente permite que as baterias mantenham as cargas elétricas do veículo.
  4. e-Regen:regeneração de energia durante desacelerações. A função de regeneração converte energia mecânica em energia elétrica, que é armazenada nas duas baterias – chumbo-ácido e íon de lítio. O sistema é capaz de regenerar até 25% da energia que seria desperdiçada em um motopropulsor convencional.

Preços
Pulse Audace T200 Hybrid AT – R$ 125.990
Pulse Impetus T200 Hybrid AT – R$ 140.990
Fastback Audace T200 Hybrid AT – R$ 151.990
Fastback Impetus T200 Hybrid AT – R$ 161.990

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Vendas da Iguatemi seguem crescendo e atingem R$ 4,9 bi no terceiro trimestre

A Iguatemi S.A. [B3: IGTI11], administradora do Iguatemi Campinas e do Galleria Shopping, uma das maiores companhias full service no setor, com participação em 13 shopping centers, dois premium outlets e quatro torres comerciais, além do e-commerce Iguatemi 365 e das lojas próprias operadas pela i-Retail, chega ao terceiro trimestre de 2024 com evolução nos principais indicadores da companhia. As Vendas Totais atingiram R$ 4,9 bilhões no período, aumentando 9,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

“Nosso portfólio manteve a evolução acelerada dos últimos trimestres, com as vendas registrando crescimento real de 5,9 pontos percentuais. Ao ajustarmos a comparação, considerando a venda do Iguatemi São Carlos (SAS), o crescimento foi de 10,3%. E seguimos performando acima do setor: em oito meses deste ano, as vendas totais foram 7,9 p.p acima do crescimento médio da indústria segundo dados da ABRASCE. Isso comprova a robustez da nossa marca e a excelência dos nossos ativos, estrategicamente posicionados em segmentos de renda mais resistentes às adversidades econômicas”, afirma Guido Oliveira, CFO da Iguatemi S.A.

O efeito positivo da evolução da taxa de ocupação somado ao aprimoramento contínuo do mix, com operações cada vez mais diferenciadas, refletiram um crescimento maior das vendas mesmas áreas (SAS), chegando a 10,3%, acima do aumento das vendas mesmas lojas (SSS), que atingiram 8,9% no 3T24. Ambos resultados apresentam um crescimento real em relação ao IPCA no período de 5,9% e 4,5%, respectivamente.

Os resultados também contribuíram para continuar com o crescimento real na renovação de contratos de aluguel. Neste terceiro trimestre, o leasing spread de renovação foi de 9,8%, levando a um crescimento dos aluguéis mesmas lojas (SSR) do portfólio de 6,3% e aluguéis mesmas áreas (SAR) de 3,8%. Como o efeito de reajuste IGPM no trimestre foi de 0,6%, o crescimento real do SSR e SAR foi de 5,7% e 3,2%, respectivamente”, reforça Oliveira. Ainda, no trimestre, os níveis de descontos seguiram nos menores patamares dos últimos 10 anos.

A Iguatemi chegou ao 3T24 evoluindo ainda mais sua taxa de ocupação, atingindo 95,9% na média do período, o que representa um aumento de 2,5 p.p. em comparação com o 3T23. “Seguimos fechando as áreas vagas com qualidade, trazendo cada vez mais operações diferenciadas e exclusivas, com a assinatura de lojas inéditas como Le Labo, H&M, Comme de Garçons e Alo Yoga.”, explica o CFO.

O custo de ocupação médio foi de  11,0%, 0,9p.p abaixo do 3T23, nível mais baixo dos últimos 11 anos, o que reforça a saúde dos lojistas presentes no portfólio e permite ao grupo seguir com a reprecificação de aluguéis por meio de leasing spreads positivos. A inadimplência líquida foi negativa em 3,1%, redução de 2,7p.p. em relação ao 3T23.

Excluindo o efeito da linearização, Infracommerce e o resultado do SWAP das ações, o EBITDA ajustado consolidado atingiu 250,8 milhões no 3T24 – aumento de 1,2% versus 3T23, com margem EBITDA ajustado de 77,5%. O FFO ajustado foi de R$ 166,4 milhões, 14,6% acima do 3T23, com margem FFO ajustada de 51,4%.  Ainda, alavancagem da Iguatemi S.A. encerrou o trimestre em 1,67x Dívida Líquida/EBITDA ajustado, 0,13x abaixo do 2T24.

A receita bruta foi de R$ 366,6 milhões no 3T24, crescendo 7,3% versus 3T23. A receita líquida ajustada atingiu R$ 323,8 milhões, aumento de 7,3% em comparação ao mesmo período do ano passado. A Receita de Aluguel, composta por Aluguel Mínimo, Aluguel Percentual (overage) e Locações Temporárias, teve crescimento de 3,1% em relação ao 3T23, representando 76,5% da receita bruta de shoppings. A receita líquida ajustada atingiu R$ 323,8 milhões no 3T24, crescendo 7,3% versus 3T23.

As operações da i-Retail e Iguatemi 365 somaram uma receita bruta de R$ 41,8 milhões no trimestre, um aumento de 42,6% versus o 3T23. Esse crescimento se deve, principalmente, pelos bons resultados da Loewe, que inaugurou sua primeira loja na América Latina no Iguatemi São Paulo em maio, além de um melhor sortimento de produtos nas lojas.

Destaques do trimestre

A Iguatemi se consolidou como porta de entrada para grandes nomes internacionais, sempre focada em oferecer a melhor curadoria, e isso não foi diferente ao longo do terceiro trimestre de 2024. A Companhia assinou contratos com lojistas inéditos no Brasil, que irão qualificar ainda mais o mix dos empreendimentos. “Em setembro foram assinados os contratos com a varejista sueca de fast fashion H&M e a renomada grife japonesa Commes de Garçons para o Iguatemi São Paulo. Ambas operações estão previstas para inaugurarem no segundo semestre de 2025. Além disso, assinamos para 2025 no JK Iguatemi a primeira loja no Brasil da Alo Yoga, marca que se tornou referência na tendência de athleisure, refletindo um lifestyle mais saudável”, explica o executivo.

Ao longo do terceiro trimestre, a Iguatemi seguiu diligente com a alocação de capital eficiente para o contínuo aprimoramento de seu portfólio. Em 10 de setembro, foi concluído o desinvestimento total do Iguatemi São Carlos (com a saída da administração do empreendimento em 30 de novembro) e a venda de 18% do Iguatemi Alphaville, movimentos que impactaram positivamente o caixa da Companhia em R$ 111,5 milhões (54,4% do valor) e geraram um ganho de capital no EBITDA de R$ 119,5 milhões. Ainda, foi concluída a aquisição de 16,6% do RioSul Shopping Center, em 17 de setembro, com início da administração do empreendimento desde 1º de novembro. A compra foi feita através da aquisição de certificados de recebíveis imobiliários (CRI’s) da vendedora por R$252 milhões, que representa 70% do investimento.

Como parte do processo de gerenciamento do seu passivo (liability management), no final de setembro a Companhia concluiu a 13ª emissão de debêntures no valor total de R$ 300 milhões com taxa de CDI+0,45% a.a., com o objetivo de alongar o prazo médio e reduzir o custo da dívida. A nova captação permitiu o pré-pagamento da 11ª emissão de R$264 milhões, que gerou um ganho real na operação de R$ 2,9 milhões, além de aumentar em 0,8 anos o prazo médio e reduzir em 0,1p.p. o custo da dívida da empresa.

Na mesma linha, o 3T24 também foi marcado pela realização de eventos e ações exclusivas, com iniciativas como Food Spot, Pátio Gourmet e Cine Open Air, proporcionando experiências diferenciadas para atrair o público. Como evento subsequente, vale destacar a 8ª edição do Iguatemi Talks Fashion em outubro, que durante dois dias reuniu um time de palestrantes renomados para falar sobre moda, design, sustentabilidade, diversidade, negócios, wellness, inovação e criatividade no JK Iguatemi.

Ainda, no início de outubro, foi feito o lançamento comercial da expansão do  Iguatemi Brasília, qe terá sua área bruta locável ampliada com a adição de 15,5 mil metros quadrados ao empreendimento, quase 50% a mais em ABL. A expansão abrirá espaço para a chegada de 90 novas lojas, cinco restaurantes, quatro cafés, um salão de cabeleireiro e Alameda Wellness e uma área exclusiva de eventos. O empreendimento é porta de entrada para grandes marcas nacionais e internacionais e se consolidou como o principal polo de consumo de moda, luxo, gastronomia, entretenimento e lazer da região centro-oeste

A companhia chega ao final de 2024 confiante e com boas expectativas para o último trimestre do ano, período tradicionalmente forte para negócio com importantes datas do calendário do varejo como o Dia das Crianças, a Black Friday e o Natal. “Fechamos os nove meses de 2024 em linha com nosso guidance de resultado, atingindo um crescimento de 5,7% na receita líquida de shoppings, com margem EBITDA de 81,3%. No consolidado, entregamos uma margem EBITDA total 74,9% e CAPEX de R$ 189,0 milhões. Seguiremos na busca pela otimização de nossos empreendimentos, com foco no aumento de rentabilidade e geração de caixa, por meio da contínua qualificação de nosso mix, preenchimento de áreas vagas e criação de uma experiência de consumo diferenciada”, finaliza Guido Oliveira.

 

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Juros do cartão de crédito rotativo sobem para 438,4% ao ano

Enquanto algumas taxas de juros médios nas concessões de crédito caem, os juros do rotativo do cartão de crédito subiram 11,5 pontos percentuais para as famílias em setembro, chegando a 438,4% ao ano. Mesmo com a limitação do rotativo em vigor desde o início do ano, os juros seguem variando sem uma queda expressiva ao longo dos meses.

A medida visa reduzir o endividamento, mas não afeta a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito, aplicando-se apenas a novos financiamentos. Nos 12 meses encerrados em setembro, os juros da modalidade caíram 2,7 pontos percentuais. Os dados são das Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas nesta quarta-feira (30), em Brasília, pelo Banco Central (BC).

O crédito rotativo dura 30 dias e é tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão de crédito. Ou seja, contrai um empréstimo e começa a pagar juros sobre o valor que não conseguiu quitar. A modalidade é uma das mais altas do mercado.

Após os 30 dias, as instituições financeiras parcelam a dívida do cartão de crédito. Nesse caso do cartão parcelado, os juros subiram 3,8 pontos percentuais no mês e caíram 8 pontos percentuais em 12 meses, indo para 185,8% ao ano.

Crédito livre

No total, a taxa média de juros das concessões de crédito livre para famílias teve aumento de 0,5 ponto percentual em setembro, mas acumula redução de 4,9 pontos percentuais (p.p.) em 12 meses, chegando a 52,4% ao ano. Contribuindo para a queda dos juros médios no acumulado, houve reduções em crédito consignado, aquisição de veículos, desconto de cheques e arrendamento mercantil.

Também compõe essas estatísticas os juros do cheque especial, que subiram 4,2 pontos percentuais no mês e 3,2 pontos percentuais em 12 meses, alcançando 137,1% ao ano. Desde 2020, a modalidade tem os juros limitados em 8% ao mês (151,82% ao ano), mas o fim da queda da taxa Selic (juros básicos da economia) e o aumento da inadimplência se refletem na alta dos juros médios do cheque especial.

Nas operações com empresas, os juros médios no crédito livre tiveram redução de 0,3 ponto percentual em setembro e de 2,2 pontos percentuais em 12 meses, indo para 20,7% ao ano. Destacaram-se as reduções das taxas de capital de giro com prazo menor a 365 dias (9,1 pontos percentuais) e de cartão de crédito rotativo (29 pontos percentuais). Por outro lado, houve alta de 6,5 pontos percentuais no cheque especial no mês de setembro.

Endividamento das famílias

Segundo o Banco Central, a inadimplência – atrasos acima de 90 dias – se mantém estável há bastante tempo, com pequenas oscilações. Ela registrou 3,2% em setembro. Nas operações para pessoas físicas, situa-se em 3,8%, e para pessoas jurídicas em 2,4%.

O endividamento das famílias – relação entre o saldo das dívidas e a renda acumulada em 12 meses – ficou em 47,9% em agosto, aumento de 0,1 ponto percentual no mês e queda de 0,4% em 12 meses. Com a exclusão do financiamento imobiliário, que pega um montante considerável da renda, o endividamento ficou em 29,9% no mês passado.

Já o comprometimento da renda – relação entre o valor médio para pagamento das dívidas e a renda média apurada no período – ficou em 26,8% em agosto, aumento de 0,4 ponto percentual na passagem do mês e redução de 0,4% em 12 meses.

Esses dois últimos indicadores são apresentados com uma defasagem maior do mês de divulgação, pois o Banco Central usa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Agência Brasil)

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