Kardian

Boreal é o novo SUV de luxo que a Renault vai lançar em breve

Depois do sucesso do Kardian no Brasil, a Renault continua sua renovação com mais um SUV: o Boreal. Assim como o Sandero, Logan e Duster, o Boreal foi desenvolvido pela Dacia, subsidiária romena do grupo Renault e deverá ser apresentado em breve.

Com um design elegante e até esportivo, o Boreal vai “brigar” num segmento que a marca francesa nunca atuou e competir com Jeep Compass, Honda HR-V, GMW Haval, entre outros. Por dentro, o novo SUV deverá ter um interior sofisticado e muita tecnologia embarcada.

Boreal é o novo SUV de luxo que a Renault vai lançar em breve Read More »

Teste – Renault Kardian acelera bem e é muito confortável

Sem a menor duvida o Renault Kardian, o mais novo modelo da marca francesa, é um divisor de águas. O novo SUV da Renault é primeiro veículo produzido no Brasil com a nova identidade visual de marca, traz o novo motor turbo de um litro, 125 cavalos de potência, 220 Nm de torque e câmbio automático de dupla embreagem úmida.

O Kardian é realmente um carro novo, moderno e bem acabado, que chega para competir no segmento B-SUV. A marca pretende até 2027 lançar outros sete novos modelos.

Surpreendente

Produzido no Brasil, o Kardian tem uma grade frontal exibe desenhos em formato de “diamante”, na cor preta. A assinatura luminosa do Kardian apresenta dois módulos de cada lado, na frente.  Comparado com alguns dos concorrentes, o Kardian se destaca pelas linhas harmoniosas e muito atuais. Os faróis em três níveis e a grade, que imita elementos em forma piramidal, são o destaque do novo SUV.

Na traseira, o mesmo destaque 3D da dianteira, estão nas lanternas e para-choque, criando um visual muito agradável.  O defletor no teto colabora muito com a harmonia do design.

Destaque para a “engenharia” muito moderna das barras longitudinais do teto. Além de acomodarem carga de até 80 quilos, ainda tem a flexibilidade de poderem ser rotacionadas em 90 graus, ficando duas barras transversais para acomodar cargas longas como pranchas de surfe ou bicicletas.  As rodas diamantadas são de 17 polegadas.

Por dentro o design é muito agradável, moderno e surpreende pelo excelente acabamento. Apesar de ter o uso de muito material plástico, eles são de muito boa qualidade e os encaixes são perfeitos. O console central elevado e a alavanca de câmbio em formato de joystick, dão uma aparência sofisticada e só encontrada em modelos de nível muito superior. Nele, além dos porta-objetos, é possível dispor do apoio de braço e quatro entradas USB (duas na frente e duas para os passageiros traseiros).

Ele também oferece um espaço especialmente dedicado ao smartphone, com um sistema de recarga por indução sem fio com resfriamento.

Outro importante item de conforto é o freio de estacionamento que é eletrônico.
O painel de instrumentos digital de 7 polegadas apresenta todas as informações sobre a condução. O motorista pode escolher entre três modos de visualização: um traz as informações dos sistemas de assistência ao condutor (ADAS), outro destaca o conta-giros e um terceiro prioriza a velocidade com design minimalista.

Na parte central superior do console, está a central multimídia de 8 polegadas com design flutuante e que oferece conexão Android Auto e Apple CarPlay com e sem fio permitindo que os aplicativos de condução e entretenimento do smartphone sejam utilizados diretamente na tela.

Esta tela também oferece acesso às regulagens do exclusivo sistema Multi-Sense. Assim, o comportamento e o ambiente a bordo do veículo mudam de acordo com a vontade do condutor, que pode escolher entre três modos de condução: Eco, Sport e My Sense.
Somado a esses modos de condução, o ambient lighting permite a escolha de oito opções de cores para o fundo da tela do painel de instrumentos, que se harmoniza com iluminação em LED dos painéis das portas dianteiras.

O Kardian traz sistema de áudio com seis alto falantes (dois boomers e dois tweeters na dianteira e dois coaxiais na parte traseira) especialmente desenvolvido para a cabine do modelo, com o objetivo de oferecer alta fidelidade, som espacial e cristalino, respeitando o timbre original das músicas e em qualquer volume.

Ótimo motor 

Andar com o Kardian é muito agradável e prazeroso. Graças ao motor turbo de 1,0 litro de 125 cavalos, flex (que tem a mesma base de engenharia do motor turbo 1,3 flex, que era utilizado na Captur e em alguns modelos da Mercedes, já que foi desenvolvido em parceria), o SUV acelera de 0 a 100 Km/h em 9,8 segundos e atinge a máxima de 180 quilômetros por hora. O consumo é muito bom, e faz 9,1 km/ l no ciclo urbano e 9,9 km/l na estrada com etanol e com gasolina 13,1 km/litro na cidade e 14 km/litro na estrada, respectivamente.

Assim como outros modelos da marca francesa na Europa, o Kardian conta com uma moderna transmissão “automática” muito competente. O câmbio com dupla embreagem úmida. A nova transmissão é uma excelente evolução da tecnologia ruim e ultrapassada dos CVT. Com rodar macio e confortável, o Kardian tem uma boa estabilidade e passa muita confiança ao motorista. Os freios param o carro com muita segurança e sem desvios. Outro dado interessante é os bons ângulos de entrada e saída. Mesmo que não seja a finalidade, se o motorista for para uma estrada de terra, não terá aborrecimentos.

Equipamentos de segurança 

O Kardian vem com 13 dispositivos avançados de assistência ao motorista (ADAS). Confira abaixo todos eles: Controle de velocidade adaptativo (ACC), Alerta de colisão frontal (FCW), Frenagem automática de emergência (AEB), Alerta de distância segura (DW), Alerta de ponto cego (BSW), Câmera multiview (são quatro câmeras) Câmera de estacionamento traseira, Sensor de estacionamento traseiro, Sensor de estacionamento frontal, Sensor crepuscular, Controlador de velocidade, Limitador de velocidade, Assistente de partida em rampa (HSA), Seis airbags e, controle eletrônico de estabilidade (ESP).

Preços
Renault Kardian Première Edition – R$ 132.790 (modelo avaliado)

Teste – Renault Kardian acelera bem e é muito confortável Read More »

Citroën Basalt ganha transmissão manual de cinco velocidades

O que parecia que ia sumir do mercado nacional, o câmbio manual, volta com força em alguns modelos de entrada. Primeiro foi a Renault que adotou o Kardian com uma competente transmissão de seis marchas e com isso diminuiu o preço do modelo. Agora, a Citroën segue a mesma proposta e lança o bonito Basalt com transmissão manual, mas de cinco velocidades. Com essa alteração, o suv francês passa a ser o modelo mais barato do seu segmento. O Citroën Basalt Feel equipado com o motor 1.0 Firefly, custa a partir de R$ 91.990,00.


O Basalt Feel conta de série com painel digital colorido de 7 polegadas, trio elétrico, rodas de liga-leve de 16 polegadas, luzes de rodagem diurna de leds (DRL-que são obrigatórias por lei), câmera de ré e o sistema multimídia Citroën Connect Touchscreen de 10,25 polegadas com Android Auto e Apple Carplay três conectores USB, comandos no volante e seis alto-falantes.

Citroën Basalt ganha transmissão manual de cinco velocidades Read More »

Volkswagen lança um pequeno SUV tendo como base o Polo

Totalmente desenvolvido no Brasil e destinado a países em desenvolvimento, a Volkswaghendo Brasil apresentou esta semana o novo suv Tera. Utilizando a plataforma do Polo, o pequeno Tera já está sendo produzido na planta fabril de Taubaté-SP e vai ficar posicionado abaixo do T-Cross e Nivus. O desejo da marca alemã é que o novo suv brigue com o Fiat Pulse e Renault Kardian, que vêm com motorizações mais potentes.

O Tera, quando começar a ser vendido em maio/junho deste ano, contará com o motor de 1,0 litro, turbo, três cilindros com 116 cavalos e 16,8 kgfm de torque, também já utilizado no Polo.

Volkswagen lança um pequeno SUV tendo como base o Polo Read More »

Coluna Fernando Calmon — Multa “herdada” pode ser cancelada

Coluna Fernando Calmon nº 1.337 — 4/2/2025

Multa “herdada” pode ser cancelada,se projeto
de lei for, afinal, aprovado

Uma das situações mais injustas que assolam o motorista brasileiro ganhou possibilidade de deixar de existir. Em sessão na Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados, em Brasília, no último dia 28 de janeiro, deu-se o primeiro passo para encerrar a controvérsia.

Você adquire um carro usado, não há multa de trânsito a pagar e depois é surpreendido por cobrança de infrações do proprietário anterior lançadas no sistema após a transferência legal.

Segundo a Agência Câmara de Notícias, o relator Gilberto Abramo (Republicanos-MG) defende que “o comprador não deve ser surpreendido com débitos anteriores, depois de quitar todas as dívidas relacionadas ao veículo. Questão de segurança jurídica em prol de quem age de boa-fé”. Detrans, na verdade, se acomodaram e processam multas com até meses de atraso. Só querem receber, não interessa de quem. O dono anterior tem endereço para ser cobrado, todavia nada se faz.

Porém, é bom não se animar. Ainda depende de aprovação da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e depois pela Câmara e o Senado. Assim, sem previsão.

Por outro lado, um absurdo legislativo atenta de novo contra o bolso e a segurança do motorista. A volta de exigência (hoje opcional, mas nenhum fabricante de veículo leve o inclui, em praticamente todo o mundo) do extintor de princípio de incêndio. Desta vez apoiada pelo senador Eduardo Braga (MDB-AM), não resiste a qualquer análise técnica. Até companhias de seguro reconhecem risco tão baixo que eventual seguro de incêndio fica embutido entre outras coberturas.

Técnicos do Corpo de Bombeiros também se opõem à proposta porque dos motoristas não se exige nenhum treinamento para manusear tal equipamento.

É provável que esta nova tentativa fracasse, pois só atende fabricantes de extintores.

Fusão Honda, Nissan e Mitsubishi em risco de azedar

Notícia vem da Nikei, prestigiosa publicação japonesa de negócios, porém o alcance terá que aguardar. A fusão estimada em US$ 60 bilhões, que criaria o terceiro grupo automobilístico mundial (atrás de Toyota e VW), teria azedado porque a Nissan não gostaria de ser tratada como simples subsidiária. Mitsubishi, por sua vez, entrou em compasso de espera. No meio do imbróglio, a Renault também quer ser ouvida, pois detém 36% do capital da Nissan. Honda já havia superado a Nissan no Japão (terceiro maior mercado doméstico do mundo).

Claro que há rusgas, todavia a Nissan permanece em posição bem frágil, inclusive passa por severo processo de enxugamento de atividades e corte de funcionários. Se for atingida de forma profunda pelas tarifas de importação que o novo governo americano colocou sobre o México, onde tem posição industrial muito forte, pode sofrer ainda mais.

Crescimento de marcas chinesas traz alertas

Situação que merece atenção é o que acontece na China. Difícil saber se a atual produção em torno de 30 milhões de unidades anuais (incluídos caminhões e ônibus) continuará a se expandir, como se projetava. Há previsão de que apenas sete grandes grupos fabricantes sobreviverão até 2035.

As portas se fecharam para exportações chinesas de automóveis aos EUA e à União Europeia com altas tarifas impostas pelos dois blocos econômicos. Nos EUA, nem produção interna de carros chineses, hoje, é possível. Quanto à Europa, não se sabe se a estratégia de produzir em países periféricos para escapar dos custos trabalhistas e industriais dos grandes mercados dará certo.

BYD é a empresa escolhida pelo governo centralizador e interventor chinês como campeã nacional e a marca mostrou crescimento exponencial ao se tornar a maior no mercado interno e de exportação. Basta a ver a frota de navios ro-ro (exclusivos para veículos) colocada à sua disposição, inclusive usados no Brasil para driblar o impacto do aumento (aliás, bem camarada) do imposto de importação sobre elétricos e híbridos.

Para complicar há rumores de que, possivelmente, a Anfavea iniciará ação antidumping por concorrência desleal de marcas chinesas. Assunto é delicado porque nem todas estas agem da mesma forma. Stellantis passará a importar (previsão abril) a marca chinesa Leapmotors, enquanto a GM escolheu a Baojun. No entanto, a primeira também anunciou 1.500 novos empregos no Brasil, 90% Betim (MG) e 10% Porto Real (RJ).

Kardian com câmbio manual acelera melhor

Embora a preferência por câmbios automáticos tenha subido em alto grau (70% das vendas totais em 2024, incluídos os comerciais leves), ainda há — e haverá por bom tempo — um mercado para modelos compactos com câmbio manual. Além de serem mais baratos, existe hoje quem valoriza a sensação de esportividade e de maior controle sobre o carro. Os automáticos gastavam muito combustível, mas isso diminuiu bastante com ajuda da eletrônica. No Brasil, a guinada de escolha dos compradores foi rápida: em modelos médios e grandes a preferência é de quase 100%.

Neste contexto está o SUV compacto Kardian com câmbio manual de seis marchas (R$ 106.990), cerca de 10% ou R$ 11.000 a menos que o automático. Como já avaliei o mesmo modelo automático (também de seis marchas), lançado em março do ano passado, o foco está agora no manual disponível desde outubro último. Engates precisos e macios agradam bastante e a ré sincronizada facilita seu engate. O sistema liga-desliga o motor em paradas exige acionar o pedal da embreagem para religá-lo. Porém, acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 s, cerca de 1 s melhor que o automático e isso sempre atrai.

Economia de combustível em uso urbano foi quase inexistente comparada à da versão automática, anteriormente testada, também com gasolina no tanque. Segundo números de homologação do Inmetro, o consumo em ciclo urbano padronizado com câmbio manual é até maior do que com o automático: 12,3 km/l contra 13,1 km/l. Diferença de 6% a favor deste sobre aquele, segundo o instituto aferidor. No ciclo rodoviário, a vantagem do manual não chega a 1%.

Consumo sempre traz variações em razão não apenas do conhecimento do motorista ao manusear a alavanca de câmbio. No trânsito pesado o cansaço aumenta e a tendência é retardar a troca de marchas. No automático a mudança independe da ação de quem está ao volante. Em vários destes modelos há ainda um modo selecionável de economia.

Assim, melhor esquecer o que já foi o automático no passado, salvo continuar, obviamente, mais caro que o manual.

Picape Ranger 4×2 foca em relação custo-benefício

A picape média da Ford, na versão “Black”, é boa opção de custo-benefício para quem pode dispensar a tração 4×4. Ao preço sugerido de R$ 219.990 mantém o câmbio automático, deu uma enxugada em itens de conforto e comodidade, no entanto manteve a boa tela multimídia vertical de 12 pol.

Essa nova versão da Ranger parece mirar mesmo na Toro que, apesar de dimensões menores (inclusive na caçamba com 313 litros a menos), perde em capacidade total de carga por apenas 21 kg em relação à picape americana. A “Black” ficou também sem bancos elétricos, abertura das portas por chave presencial e freio de estacionamento de imobilização automática (auto-hold).

Coluna Fernando Calmon — Multa “herdada” pode ser cancelada Read More »

Para equipar modelos da Renault, Horse começa a produzir o motor 1,3 turbo

A Horse Powertrain, empresa que tem como proprietárias a francesa Renault e chinesa Geely,  iniciou hoje (29), a produção do motor HR13, de 1.3 litro turbo e 4 cilindros, em São José dos Pinhais, no Paraná.

A versão flex fuel do motor HR13 foi projetada especificamente para o mercado sul-americano, pode operar com gasolina e etanol e atende os padrões de emissões L8. A unidade de propulsão entrega uma potência máxima de 163 cavalos (120 kW) e torque máximo de 250 Nm a apenas 1.600 rpm.

O motor conta com um sistema de injeção direta desenvolvido especialmente para o uso de etanol. Cada cilindro é equipado com injetores de seis furos montados centralmente, operando a 200 bar de pressão, projetados para uma atomização excepcional do combustível, que proporciona potência e torque sem comprometer a eficiência do combustível.

O começo da produção do HR13 se soma ao aumento da capacidade de produção da Horse no Brasil, que já havia sido ampliada com o início da fabricação do motor HR10, 1.0 litro turbo de 3 cilindros, no começo de 2024, que equipa o Kardian.  O motor HT13, além de outros modelos da Renault brasileira, pode equipar a futura versão esportiva do Kardian.

Para equipar modelos da Renault, Horse começa a produzir o motor 1,3 turbo Read More »

Depois de quase 18 anos, Sandero deixa de ser fabricado no Brasil

A Renault do Brasil parou de produzir o hatch Stepway (Sandero) e a versões automáticas da picape Oroch. Apenas uma versão continuará a ser produzida, com motor de 1,6 flex de 120 cavalos e 159 Nm e câmbio manual de 6 marchas.
Em outubro de 2024, a marca francesa já havia encerrado a produção do sedã Logan.

Adeus

O fim da produção já era esperada pelo mercado e concessionários, pois nos últimos anos foram diminuindo as versões do modelo. A chegada do Kardian manual acelerou o fim do Stepway. Projeto da romena Dacia, o Sandero foi apresentado no Salão de Frankfurt em 2007.

Um dos modelos mais baratos do mercado, foi lançado no mercado nacional poucos meses após a sua apresentação na Europa e teve duas gerações. O modelo ainda tinha compradores fieis pelo bom espaço interno, preço e confiabilidade.

Em breve, a única picape da marca francesa no mercado nacional, a Oroch, ganhará uma substituta derivada do conceito Niagara, que já foi divulgada pela marca e será fabricada na Argentina. Usando a mesma plataforma do Kardian, a nova picape da Renault chegará com opção de motores híbridos.

Depois de quase 18 anos, Sandero deixa de ser fabricado no Brasil Read More »

Coluna Fernando Calmon — Renault confirma picape Niagara na fábrica argentina

Coluna Fernando Calmon nº 1.320 — 24/9/2024

Renault confirma picape Niagara intermediária na fábrica argentina

 

Este ano cerca de um em cada cinco veículos comercializados no Brasil são picapes. Duas décadas atrás este cenário nem passava pela cabeça de analistas, mas o mercado tem dessas surpresas. Não há uma explicação exata para o fato e, possivelmente, trata-se de uma combinação de fatores. Estes vão desde o preço menor (imposto também menor), influência do crescente setor de agronegócio brasileiro, alguma inspiração vinda do mercado americano e à praticidade da cabine dupla com quatro portas.

O certo é que 202.969 unidades dessa categoria, entre picapes pequenas, intermediárias, médias e grandes, foram emplacadas no primeiro semestre deste ano no País. Significou quase 20% do mercado brasileiro, perdendo apenas para os 38% de SUVs e os 27% na soma de hatches/subcompactos.

Até agora existem 21 modelos no mercado nacional de picapes disponíveis em todos os tipos, embalados por boas campanhas publicitárias e de marketing, além da chegada de modelos e versões inéditos. Neste cenário insere-se a nova Niagara que a Renault acaba de confirmar em Córdoba, Argentina, com investimento de US$ 350 milhões (R$ 1,92 bilhão).

A nova picape francesa, que ainda não teve o nome confirmado, divide a mesma arquitetura com o Kardian. Seu protótipo foi apresentado em março último durante a estreia em Gramado (RS) do SUV compacto fabricado em São José dos Pinhais (PR). Disfarçado pesadamente como carro-conceito de competições fora de estrada, a picape deixou poucas pistas de seu visual final. Pormenores incluíam espelhos retrovisores substituídos por câmeras e luzes externas de formas não definitivas.

Algumas referências de dimensões informadas pela Renault — entre-eixos até 3 metros e comprimento até 5 metros — indicam que alvo é mesmo a Toro, o que em tese indicaria a convivência com a Oroch que tem porte menor e semelhante ao da Montana. Previsão de lançamento deste modelo, sem confirmação oficial: entre o último trimestre de 2025 e o primeiro trimestre de 2026.

A nova picape abre espaço a especulações sobre outros concorrentes, que estariam em estudos ou já em projetos finais, da Toyota, VW e até Hyundai.

EUA: motoristas contornam sistemas de automação parcial

Pesquisa recente feita nos EUA pelo IIHS (sigla em inglês de Instituto das Seguradoras para Segurança em Estradas) apontou um comportamento um tanto preocupante pela forma como motoristas, no deslocamento em rodovias ou nas longas vias expressas em torno dos grandes conglomerados urbanos do país, enganam os sistemas modernos de automação parcial. Vem-se tornando comum acionar tais recursos, mas resolvem “fingir” que prestam atenção no trânsito e na verdade não o fazem.

David Harkey, presidente da entidade, afirmou: “Se o motorista entender que monitorar significa apenas cutucar o volante do carro a cada poucos segundos, ele fará exatamente isso”. Nos intervalos tratam de checar o telefone celular, comer um sanduíche dentro de um hábito comum no país ou apreciar a paisagem.

A tendência de exacerbar multitarefas também aumentou ao longo do tempo, à medida que motoristas se sentiam à vontade com a tecnologia, enquanto outros ficavam mais distraídos ao usar o sistema desde o início. Alguns usaram sua habilidade e continuar a se envolver em comportamentos de distração, pontuados por movimentos rápidos de interrupção dos alertas.

Câmeras e outros sensores de automação parcial mantêm o carro no centro da faixa na velocidade selecionada, diminuem a velocidade a fim de evitar acidentes e aceleram novamente com o caminho livre. No entanto, os motoristas devem prestar muita atenção ao que está acontecendo na estrada e estarem prontos a assumir o controle a qualquer momento. Como os estudos mostraram, nem todos fazem isso.

“Esses resultados demonstram que lembretes de atenção multimodais e escalonados são muito eficazes e fazem com que os motoristas mudem seu comportamento”, disse a cientista sênior de pesquisa do IIHS, Alexandra Mueller, autora principal do estudo. “No entanto, melhores salvaguardas são necessárias e assim garantir que a mudança de comportamento realmente se traduza em uma direção mais atenta.”

Impressiona por onde passa: Mustang GT Performance

Ele sobreviveu em meio a um acidentado e hesitante avanço de carros elétricos, ao sabor dos acontecimentos, que se sucedem da euforia aos soluços. Esta sétima geração rebatizada de Mustang GT Performance chegou sem se preocupar com o cenário ao seu redor. Manteve suas características principais ao longo de exatos 60 anos: silhueta imutável de cupê, motor V-8 de aspiração natural, tração traseira, quatro saídas de escape. Tudo uma ótima introdução. Rivais como Challenger e possivelmente também o Camaro abraçam versões elétricas, sem nem se preocupar com híbridos. O tempo dirá quem fez a escolha correta.

Nesta sétima geração o esportivo veterano da Ford precisou limitar, por razão de emissões/consumo, o aumento de potência e torque que ainda são bastante convincentes: 488 cv a 7.250 rpm (5 a mais) e 57,5 kgfm (0,8 extras) a 5.000 rpm. O câmbio automático epicíclico continua o de 10 marchas, agora recalibrado. As trocas são marginalmente mais rápidas. Desempenho coerente com a proposta: 0 a 100 km/h, em 4,3 s. Mas na avaliação em São Paulo (SP), altitude de 672 m, a aceleração perde mais de 0,5 s. Precisaria de um turbo e assim evitar isso.

Um aspecto interessante: mesmo com apenas 1.398 mm de altura pode-se entrar e sair sem grandes contorcionismos. Apesar de os novos bancos dianteiros um pouco mais baixos, há pouco prejuízo de visibilidade. Incrível o número de informações sobre o motor no quadro de instrumentos: temperatura do cabeçote e até do ar de admissão. Tela multimídia é enorme: 13,2 pol. com pareamento de celular sem fio e carregador por indução.

Comportamento em curvas mantém-se exemplar e os freios melhoraram com pinças Brembo nos discos traseiros (antes só nos dianteiros). Na lentidão do trânsito, há um senão: necessidade de acionar, a cada parada, a incômoda e dura alavanca do freio de estacionamento e assim fazer atuar o indispensável sistema de imobilização automática (auto-hold). Poderia haver um simples botão ou leve toque no pedal de freio como em outros carros.

T-Cross muda pouco, porém ainda o SUV a ser batido

Existem pelo menos 20 concorrentes viáveis na faixa dos SUVs compactos e o produto da VW consegue manter a liderança neste segmento. Na versão 2025, o T-Cross avançou um pouco e conseguiu abrir, até o mês passado, uma pequena vantagem ao alcançar 8,1% do mercado, contra 7,6% do Creta e 7,3% do Tracker no acumulado de 2024.

Nesta versão 2025 avaliada, foi feito um bom trabalho de atualização na parte dianteira graças aos novos faróis e a uma grade um pouco mais elaborada. Só não ficou bom a substituição dos faróis de neblina por falsas entradas de ar. Na lateral as rodas de liga leve têm desenho rebuscado, embora de bom efeito visual. A parte traseira é o seu melhor ângulo com a interligação iluminada das lanternas redesenhadas e um protetor de para-choque que não cumpre exatamente essa função. O porta-malas com 373 L é bom, mas superado pelo do Creta de 431 L.

No interior a faixa central do painel, que se liga às portas, refinou seu visual. Há bons porta-objetos e os bancos firmes de couro dentro do padrão VW são garantia de que as viagens fiquem menos cansativas. Laterais de portas recebem tecido de boa qualidade. Manteve a central multimídia de 10,1 pol. e seu funcionamento melhorou bastante frente ao que foi no começo. Volante de muito boa pega e regulável em altura e distância tem angulação correta de típico carro alemão.

Não houve alterações de motor: 125 cv/25,5 kgf·m (etanol ou gasolina). Forma um ótimo conjunto com o câmbio automático epicíclico de seis marchas, porém a função Eco deixa as respostas letárgicas algo além da conta. O carro foi muito bem no consumo com resultados quase iguais ao declarado tanto em cidade — 8 km/l (E) e 11 km/l (G) — quanto em estrada — 10 km/l (E) e 14 km/l.

Também se destacou no comportamento em curvas de curto, médio e longo raios, além de exemplar precisão direcional.

Coluna Fernando Calmon — Renault confirma picape Niagara na fábrica argentina Read More »

Presidente Lula visita a fábrica da Renault e desfila num Kardian conversível

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou nesta quinta-feira (15), a fábrica da Renault do Brasil, no Paraná. O presidente foi recebido por Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil. Lula estava acompanhado do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e do presidente da Anfavea, Marcio de Lima Leite.

“É isso o que queremos ao trabalhar por um país de progresso e credibilidade: trazer investimentos que transformam vidas, que impactam uma comunidade, como a Renault tem transformado São José dos Pinhais”, destacou o presidente Lula.

Para a visita à linha de montagem do Complexo Ayrton Senna, foi preparada uma versão especial do Kardian conversível. O veículo foi assinado pelas autoridades e passa a fazer parte do acervo da marca. “A Renault confia e acredita no Brasil. Por isso estamos investindo R$ 5,1 bilhões de reais de 2021 a 2025. O nosso maior patrimônio são as nossas pessoas, geramos mais de cinco mil empregos diretos e outros 25 mil empregos indiretos no Estado do Paraná”, afirmou Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.

Presidente Lula visita a fábrica da Renault e desfila num Kardian conversível Read More »

Coluna Fernando Calmon — Vendas sobem, porém importações bem mais

Coluna Fernando Calmon nº 1.310 — 16/7/2024

Vendas sobem, porém importações bem mais

O Brasil está perdendo a batalha da balança comercial entre exportações e importações de veículos. Nos últimos anos, desde 2015 o País sempre alcançou superávit com destaque em 2017. Mas este ano o crescimento das importações vai superar as exportações, segundo projeções da Anfavea. Trata-se de uma combinação deletéria. Para manter o nível de empregos na indústria automobilística é necessário que exportações compensem importações. Se o balanço for superavitário, melhor ainda.

No fechamento do primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado a produção total de veículos leves e pesados subiu apenas 0,5%. Passou de 1,132 para 1,138 milhões de unidades. De janeiro a junho de 2024 as exportações caíram 28,3% e importações subiram bem mais: 37,7%. O resultado pífio deu-se em contraste com o firme aumento de vendas internas (varejo e atacado; leves e pesados), na soma de veículos nacionais e importados, que subiram 14,6%.

Na realidade o aumento das importações — nada contra isso, contudo de forma prudente ­­— deu-se em razão de carros elétricos e híbridos, além de concentradas em marcas chinesas. Híbridos convencionais e plug-in (somados 4,5%) e elétricos (2,9%) ainda representaram parcela muito pequena das vendas de veículos leves no primeiro semestre deste ano.

No entanto a Anfavea defende uma volta imediata do imposto de importação de 35% para veículos elétricos e híbridos, sem o escalonamento em curso de 2024 a 2026. Será difícil o governo voltar atrás sobre o estabelecido.

A Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) reúne hoje 10 marcas entre as 50 que atuam no mercado brasileiro de veículos leves, pesados e máquinas, sem incluir motos.

Marcelo de Godoy, presidente da Abeifa, afirma que “medidas protecionistas ou barreiras alfandegárias artificiais são sempre ineficazes e prejudiciais a toda a cadeia automotiva”. Mesmo discurso simplista de sempre. Ele tem razão num ponto: “Além disso, poderá prejudicar as relações com um parceiro comercial importante para o Brasil como a China”.

A BYD é, de longe, a maior associada da entidade em vendas, no primeiro semestre: 32.572 unidades, 71%. GWM vendeu menos, porém não se associou. Mas o otimismo extrapola. A chinesa já previu comercializar 120.000 unidades este ano e depois corrigiu para 100.000. Só que a Abeifa projeta 94.000 veículos emplacados das 10 marcas em 2024. Uma das duas estará errada.

 Novo lançamento da GM incluirá versão híbrida básica

O primeiro dos produtos incluído no plano de investimentos de R$ 1,2 bilhão para modernização da fábrica de Gravataí (RS) será, como esperado, um SUV compacto inédito que terá como base o Onix, ou seja, menor do que o atual Tracker. O novo modelo está previsto para 2026. O que se antevê é uma versão híbrida flex básica com alternador e motor de arranque integrados, além de uma pequena bateria auxiliar.

A GMB se convenceu, ao sondar clientes, que passar direto para carros elétricos no Brasil vai demorar em razão do preço alto e de uma rede de recarga incompleta. Um híbrido pleno para veículos maiores, a exemplo de Tracker, Montana, S10 e Trailblazer, deve chegar numa segunda etapa.

Fábio Rua, vice-presidente da GM, afirmou que o novo produto (não adiantou que se tratava de um SUV) está sendo desenvolvido pela engenharia da empresa, líder mundial para este projeto. Será exportado para países da América do Sul e México. No Brasil vai mirar, principalmente, no Kardian, Pulse e, em breve, no modelo equivalente da VW.

Outra atualização esperada, segundo o site Autos Segredos, é a injeção direta de combustível no motor a combustão interna. Até agora a Chevrolet era uma das poucas marcas a manter a injeção multiponto no duto de admissão por achá-la uma solução de menor custo e suficiente. Porém, o tempo mostrou que se trata de uma mudança viável e necessária aos olhos do mercado.  Deve estrear já neste novo SUV.

No total a empresa americana investirá R$ 7 bilhões no Brasil entre este ano e 2028 na renovação de seus modelos, introdução de tecnologias avançadas e agregação de novos negócios.

BYD avança com híbrido plugável Song Pro

SUV de porte médio da fabricante chinesa tem a seu favor o estilo atraente e o conjunto motriz. O sistema híbrido plugável a gasolina também é um recurso vantajoso que se reflete em baixo consumo de combustível. Todavia, o alcance médio declarado de até 1.100 km refere-se à antiga norma europeia NEDC abandonada por pouco refletir a realidade e caiu em desuso a partir de 2017. Sem sentido continuar a citá-la.

Pela norma brasileira NBR 7024, revista e utilizada pelo Inmetro, o alcance médio é de 780 km, mas na prática pode ser um pouco melhor com bateria totalmente carregada e tanque de 52 litros cheio.

Por outro lado, uma característica bem interessante informada pela BYD é a eficiência térmica de 43% do conjunto comparável aos melhores motores a diesel. O Song Pro, na versão GS de topo que dispõe de uma bateria maior (18,3 kW·h), entrega 235 cv e 43,8 kgf·m ao combinar, segundo a fábrica, um motor a gasolina de 98 cv e 12,4 kgf·m ao elétrico de 197 cv e 30,6 kgf·m. Bom lembrar que torque combinado tecnicamente não pode ser medido em aplicações em um mesmo eixo, embora BYD insista.

Aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s comprova desempenho muito melhor do que o Corolla Cross híbrido não plugável limitado por seu motor flex de apenas 101 cv (etanol)/14,1 kgf·m associado a um motor elétrico 72 cv e 16,6 kgf·m com potência combinada de somente 122 cv.

Isso ficou claro na primeira e curta avaliação pelas ruas de São Paulo. O SUV chinês tem ótimo desempenho. Mas ao partir da imobilidade há um certo atraso na resposta do acelerador, sem aquela reação fulminante dos elétricos. Impressiona o silêncio a bordo com os vidros dianteiros de dupla camada para isolamento de ruído. Porém, ao rodar em asfalto irregular ou passar por lombadas falta o acerto fino das suspensões.

Também se destaca pelo espaço interno com distância entre-eixos de 2.712 mm, pouco menor que a do Song Plus. Os passageiros no banco traseiro, além do assoalho plano, contam com regulagem do encosto. Bancos dianteiros são confortáveis e o do motorista tem regulagem elétrica (só no GS). O porta-malas oferece 520 litros, mas não inclui estepe e perde espaço devido a uma maleta contendo carregador portátil da bateria e seus cabos.

Preços: R$ 189.800 (GL) e R$ 199.800 (GS).

 

Coluna Fernando Calmon — Vendas sobem, porém importações bem mais Read More »

Rolar para cima
https://www.bnnp-jateng.com/ https://disdukcapil-kotasorong.com/ https://www.springfieldstreetchoir.org/ https://www.sudagroindustries.com/