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Coluna Fernando Calmon — Anfavea aponta risco de investimento no País encolher

Coluna Fernando Calmon nº 1.346 — 8/4/2025

Anfavea aponta risco de investimento no País encolher

A possibilidade de o Brasil perder parte dos R$ 180 bilhões até o final da década, já anunciados pelo conjunto de 26 fabricantes associados à Anfavea, é real. Foi a enfática afirmação de Márcio Leite, que encerrará seu mandato à frente da entidade no final deste mês. Engana-se quem pensa em colocar a culpa exclusivamente na reviravolta que os EUA decidiram em sua política de comércio exterior que afetará dura e amplamente o comércio mundial, todavia ainda passível de complicadas negociações. O País, aliás, é um dos menos taxados.

O executivo focou em dificuldades internas que se arrastam sem solução: atraso de um ano na regulamentação do programa de incentivos Mover do atual Governo Federal; manutenção até 2026 do cronograma de subsídio à importação de veículos elétricos e híbridos (grande maioria dos países já os cortou por inanição financeira), além da insistência deste e historicamente de outros governos em manter automóveis sob taxação extra como produto nocivo à saúde e ao meio ambiente. Leite não falou, mas se sabe que esta “perseguição” existe há décadas, somente por arrecadar muito com pouco esforço. Governos adoram isso…

Há novo pleito de marcas chinesas, não citadas por Leite, que fabricantes já instalados discordam: reduzir imposto de importação para veículos desmontados (CKD, em inglês) ou semidesmontados (SKD). Obviamente, “superchineses” descobriram que o mal falado “custo Brasil” é bem maior do que supunham e vão muito além de ônus trabalhistas. Imagine então, em um carro completo (CBU). Cinco dias antes, Arcélio Santos Jr., presidente da Fenabrave, afirmara: “Tem espaço para todos, desde que com isonomia”.

Balanço do primeiro trimestre de 2025 manteve-se positivo, sobre igual período de 2024. Vendas, 7,2% (média diária, 7,5%); produção, 8,3%; exportações, 40,6% (graças à Argentina); importações, 25,1%. Das 37,2 unidades vendidas a mais em relação aos primeiros três meses de 2024, 22,6 mil vieram de fora do país, sobretudo Argentina e China.

VW: 17 lançamentos na América do Sul de 2025 a 2029

Serão R$ 20 bilhões a serem investidos (aumento de R$ 4 bilhões), novo valor anunciado agora e decidido antes das impactantes mudanças das taxas de importação de veículos pelos EUA, mas mantidos até 2029. A VW tem três fábricas no Brasil e uma na Argentina.

Além do Tera, SUV compacto para segmento de alto volume em que a marca ainda não tinha um modelo e chega ao mercado em maio, serão lançados este ano Nivus GTS, Golf GTI e Jetta GLI. Outro destaque, para 2027, é a nova geração da picape média Amarok, produzida na Argentina com novo chassi da chinesa SAIC, sócia da VW desde 1984. Diferente da atual picape (base Ranger), fabricada na África do Sul, será desenhada por José Carlos Pavone, chefe do Centro de Estilo América do Sul, em São Bernardo do Campo (SP). O Taos argentino será transferido para o México.

Na recém-encerrada ExpoLondrina 2025, a empresa apresentou duas novidades: retorno da versão Sense no Nivus e a estreia do T- Cross Extreme, topo de linha do SUV líder geral no País. Além da pintura em cinza fosco, pela primeira vez oferecida em um VW fabricado aqui ao custo extra de R$ 3.500, há novas rodas de liga leve, detalhes em laranja no para-choque dianteiro e pacote segurança opcional ADAS 2 por R$ 4.500.

A empresa decidiu expandir presença no agronegócio ao proporcionar, em Londrina (PR), a compra do Extreme por R$ 188.990 ou 1.529 sacas de soja, na cotação de dia 3 de abril último. Essa modalidade barter (escambo) já foi utilizada no Brasil em 2021 por Fiat e Toyota, mas só esta continua a oferecer.

Renault respalda retorno ao Brasil da Geely

A Renault avançou e tornou realidade, em menos de dois meses, um acordo com a chinesa Geely, que mantém o controle de outras marcas internacionais como Volvo, Polestar, Lotus, Zeekr, Riddara, Lynk & Co e Smart (total de 14). O anúncio não incluiu compromisso imediato de produção nas instalações industriais da marca francesa em São José dos Pinhais (PR), desde dezembro de 1998. A Geely já atuou como importadora de 2014 a 2018 sem a força que tem hoje.

Entretanto, Luiz Fernando Pedrucci, SVP e CEO da Renault América Latina, deixou claro que vai além de simplesmente importar. Fabricar no Paraná está no planejamento, sem pormenorizar. Talvez a partir de 2027, acenou. Como a Geely oferece também híbridos plugáveis, de início importados, deverá ser esta a escolha. Haverá, a partir de julho próximo, 23 concessionárias da marca em 19 cidades, todas administradas pela Rede Renault. Previsão de expansão para 105 pontos com cobertura de 50% do mercado nacional.

Selecionado para estrear em julho próximo, o elétrico Geely EX5 sobressai por linhas limpas e fluidas. Interior com bom acabamento, bancos dianteiros elétricos, grande tela de 15,4 pol. e volante em formato quadrangular. A unidade exibida na prévia em São Paulo (SP) incluía teto solar panorâmico. Este SUV de porte médio destaca-se pelo espaço interno muito bom. Dimensões: 2.750 mm de entre-eixos, 4.615 mm de comprimento, 1.901 mm de largura e 1.670 mm de altura.

Motor escolhido, mais potente da linha, entrega 217 cv de potência e 32,6 kgf·m de torque. Aceleração de 0 a 100 km/h, 6,9 s. Bateria de 60,2 kW·h com alcance ainda em processo de homologação no Inmetro. Preço não revelado, contudo já levará em conta o aumento do imposto de importação (I.I.) de 18% para 25%, no próprio mês de julho. I.I. subirá para 35% (sempre existiu no Brasil como alíquota única, menos para elétricos e híbridos), em julho de 2026.

Tank 300 PHEV coloca GWM em segmento estratégico

SUVs chamados de raiz podem apresentar vendas limitadas, porém têm poder de transferir prestígio para a marca. Essa foi a escolha da GWM e o Tank 300 alcança esse objetivo. Uma opção de SUV 4×4 com real aptidão fora-de-estrada para motoristas de perfil aventureiro, além de suprir uma lacuna em segmento sem muitas opções. Um desenvolvimento específico para o mercado brasileiro, onde a marca chinesa pretende ampliar sua rede de concessionária de 100 para 130 casas até o final de 2025.

Manteve o tradicional e robusto chassi tipo escada, sem esconder inspiração de estilo mais no Defender do que no Wrangler. Toque diferente no estilo: luzes de rodagem diurna dividem os faróis. Comprimento, 4.760 mm; entre-eixos, 2.750 mm; largura, 1.930 mm; altura, 1.903 mm; porta-malas, 400 litros; tanque, 70 litros. Conjunto motriz híbrido, quatro cilindros, gasolina, turbo, 2-L, potência combinada, 394 cv, torque combinado, 76,4 kgf·m.

Câmbio automático de nove marchas e caixa de transferência com opções de tração 4×2, 4×4 em gama alta e 4×4 em reduzida. Uso de tração 4×4 só no modo híbrido, mas no total são nove modos de condução. Bateria de 37,1 kW·h para alcance de até 106 de km (padrão Inmetro). Em DC (corrente direta), este híbrido plugável permite recarga de 30% a 80% em 24 min.

Em primeira avaliação, São Paulo a Brotas (SP), mostrou desempenho muito bom com pneus de uso misto. Apesar de elevada massa total de 2.630 kg, acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 s. Também se destacou no fora-de-estrada: bons ângulos de entrada, central e saída; seletor eletrônico de tração atuou bem em todas as trocas e opções (2H, 4H e 4L). Dá para encarar boas aventuras off-road com conforto e segurança.

Preço: R$ 330.000 (até o final deste mês).

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GWM Tank 300 chega com motorização híbrida e força off-road

A GWM brasileira acaba de “tumultuar” o segmento de SUV ao lançar o Tank 300. Com motorização híbrida, o modelo chinês terá, teoricamente, que enfrentar pesos pesados, como o Jeep Commander e Toyota SW4. Porém, a marca promete valentia off-road, sofisticação, tecnologia e potência.

Chegando já como modelo 2026, o novo GWM Tank 300 está equipado com uma motorização a combustão de dois litros, turbo, com injeção direta de gasolina e um motor elétrico acoplado que geram 394 cavalos de potência e 750 Nm de torque. Segundo a marca, a velocidade máxima é limitada em 170 quilômetros por hora e acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos.

O motor elétrico fica posicionado entre o motor a combustão e a entrada da transmissão de 9 marchas e juntos enviam todo o torque gerado diretamente para o câmbio para depois distribuí-lo mecanicamente para os eixos dianteiro e traseiro.

A bateria de 37,1 kWh proporciona uma autonomia de 75 quilômetros usando somente o modo 100% elétrico. Quando conectado a um carregador DC (corrente direta), o SUV aceita até 50 kW de potência, permitindo que sua bateria seja carregada de 30% a 80% em apenas 24 minutos. Em carregador AC (corrente alternada), a potência máxima de recarga é de 6,6 kW.

O sistema híbrido do Tank 300 possui 3 níveis de intensidade da frenagem regenerativa, além do modo inteligente para reserva de energia, permitindo guardar o uso da bateria para uma situação que o motorista prefira trafegar principalmente no modo elétrico.

O motorista pode ainda escolher 3 modos de potência do sistema híbrido.

Off-road

A arquitetura híbrida off-road Hi4-T é que faz do Tank 300 um modelo off-road, com sua carroceria sobre chassi de picape e sistema de tração 4×4 por meio de cardã.

O sistema de tração 4×4 conta com opções de 2H, 4H e 4L (reduzida), além de bloqueio eletrônico de diferencial dianteiro, traseiro e central. Com essa combinação de bloqueios de engates ultrarrápidos (o bloqueio é ativado em apenas 200 milissegundos a um toque de botão), é possível desatolar um Tank 300 mesmo que três rodas percam completamente a aderência.

Todo esse aparato off-road é comandado pelo Sistema Todo-Terreno (ATS), recurso eletrônico que oferece 9 modos de condução: Padrão 2H, Padrão 4H, Padrão 4L, Neve, Montanha, Rocha, Lama e Areia, Estrada Acidentada e Expert – este último é totalmente personalizável, permitindo que o motorista ajuste cada parâmetro na sua preferência.

Outra novidade é o recurso chamado Tank Steering ou Assistente de Manobra em Curva Fechada. A um simples toque de botão no console central, um veículo do tamanho do Tank 300 (4,76 metros) passa a ter um raio de giro até 20% menor. Isso permite que o veículo faça uma um retorno de 180º num espaço muito menor do que deveria, se não houvesse o recurso.

Há também o Controle de Cruzeiro Inteligente Off-Road (CCO), sistema que auxilia o motorista eletronicamente a dirigir em condições de terreno muito acidentado, apenas em baixa velocidade. Ele funciona entre 4 e 12 km/h, reduzindo a necessidade de uso frequente dos pedais do acelerador e freio. O sistema controla automaticamente torque do motor, gerenciamento da transmissão e acionamento dos freios, possibilitando a passagem estável por terrenos complexos, como cascalho e pedras, evitando a perda de tração das rodas.

Por fim, a Interface Modo Off-Road exibe para o motorista na central multimídia os parâmetros do veículo necessário para uso em fora de estrada, como bússola, inclinômetro, pressão atmosférica, altitude, ângulo de giro das rodas, inclinação longitudinal e lateral, entre outros.

Em relação às medidas importantes para o uso off-road, o Tank 300 tem impressionantes 700 mm de profundidade máxima de travessia de água, 32° de ângulo de entrada, 33° de ângulo de saída, 222 mm de vão livre do solo, 440 kg de capacidade de carga, 750 kg de capacidade de reboque sem freio e 2.500 kg de reboque com freio.

Espaçoso

O Tank 300 é grande. Ele tem 4.760mm de comprimento, 1.930 mm de largura, 1.903 mm de altura e distância entre-eixos de 2.750mm. O compartimento de bagagens tem capacidade de 836 litros ou 1.520 litros com bancos traseiros rebatidos. Por conta da boa distância do entre-eixos, o modelo da GWM tem um bom espaço para os passageiros.

Os bancos revestidos de couro Nappa e oferece três ajustes de massagem, ventilação e aquecimento na parte dianteira. Para o banco do motorista, há o recurso easy-entry (afasta-se eletricamente para facilitar o acesso), memória de posição e oito ajustes de regulagem elétrica, que garantem uma experiência personalizada e de luxo. O banco do passageiro oferece quatro modos de ajuste elétrico.

O ar-condicionado é dual zone com controle por botões físicos ou pela central multimídia e o teto solar elétrico oferecem. A manopla de câmbio no estilo manche de avião a jato foi batizada de Tank Shifter. Destaque para o carregador de celular por indução de 50W (cinco vezes mais potente que a média) e para a conectividade: o painel de instrumentos vem com computador de bordo integrado e duas telas Full HD de 12,3 polegadas, conectividade com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, wi-fi e conexão 4G, sistema de navegação GPS nativo, comandos de voz 100% em português (Brasil) e atualização dos softwares pela nuvem (OTA – Over The Air)

Preço
GWM Tank 300 R$ 333.000,00

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