Vale do Anhangabaú

Neymar pega superesportivo e vai passear em Santos

Bons tempos da marca alemã Audi no Brasil. Durante o Salão do Automóvel de São Paulo de 2012, uma notícia se espalhou como um rastilho de pólvora: Neymar, jogador de futebol do Santos e garoto propaganda da Volkswagen, tinha ido à mostra no dia reservado para a imprensa, para apresentar uma nova geração do Gol.

Na saída, estava uma das sensações do evento para teste drive dos jornalistas credenciados e que depois seria disponibilizado para os clientes da marca que tinham sido convidados pra o Salão: um reluzente conversível Audi R8 Spyder, branco, com motor Lamborghini de 10 cilindros , 560 cavalos de potência e que chegava aos 320 quilômetros por hora.

O jogador, apaixonado por automóveis, quando viu o superesportivo pediu para dar uma volta no bólido e, junto com um parça, sumiu com ele. Depois de muito disse-me-disse e algumas horas de tensão, a marca alemã conseguiu localizar o carro na casa do craque em Santos.

Mas tudo não passou de uma grande armação. Chamar a atenção num Salão, com tantas atrações e supercarros, é muito difícil.

Então, o brilhante assessor de imprensa da marca, Charles Marzanasco, que já tinha aprontado várias ações geniais em outras oportunidades (como, para chamar a atenção sobre a participação da Audi no seu primeiro Salão, em 1994, convenceu os diretores da Senna Import a expor um caríssimo modelo conceito, que veio exclusivamente para o evento, o Audi Avus, no Vale do Anhangabaú, centro de SP, atraindo milhares de pessoas que passavam diariamente pelo local e conseguindo captar a mídia do mundo inteiro), sugeriu ao marketing o “sumiço”, aproveitando que o jogador estava no evento numa divulgação de uma marca irmã, já que a Volkswagen é dona da Audi desde 1960.

Para “agradar” o jogador, a Audi o deixou ficar um final de semana com o superesportivo em Santos. Logo virou piada: puxa, o Neymar é genial mesmo. Chegou ao Salão do Automóvel de São Paulo num Gol, que custava pouco mais de R$ 26 mil, e saiu num superesportivo de R$ 856.350,00 (preços da época-2012).

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Comício das Diretas Já! no Anhangabaú em SP completa 40 anos

O comício de encerramento das Diretas Já! – campanha cívica que exigia o retorno da democracia plena com eleições diretas para presidente da República no Brasil – realizado no Vale do Anhangabaú, na capital paulista, completou 40 anos nesta terça-feira (16). Reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas e foi a maior das manifestações que pediam democracia no país na época.

Cinco meses antes, em 27 de novembro de 1983, ocorria o primeiro comício unificado da campanha, em frente ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo, reunindo mais de 70 entidades da sociedade civil. Cerca de 15 mil pessoas compareceram ao evento, dando a largada para a campanha que tomaria conta do Brasil nos meses seguintes.

Desde o golpe civil militar de 1964, a democracia havia sido interrompida no Brasil. A última eleição direta para presidente da República ocorrera em 1960, e a população brasileira estava sem escolher o seu presidente há 23 anos.

Em 1984, a campanha das Diretas Já! teve início em Curitiba, em 12 de janeiro, com a presença de 50 mil pessoas. Em 25 de janeiro, houve comício na Praça da Sé, em São Paulo, com cerca de 300 mil pessoas. Ocorreram também manifestações em diferentes capitais e grandes cidades do país, como João Pessoa, Maceió, Belém, Rio de Janeiro, Cuiabá, Rio Branco e Manaus.

A votação da emenda do deputado Dante de Oliveira (PMDB-MT), que propunha restabelecer eleições diretas para a escolha do próximo presidente da República, apresentada em 1983, havia sido marcada para 25 de abril de 1984 no Congresso Nacional. Com a data se aproximando, as manifestações ganharam corpo nas ruas.

Em 10 de abril, ocorreu o grande comício da Candelária, no Rio de Janeiro, que congregou mais de 1 milhão de pessoas – a maior manifestação de rua da história do Brasil até aquele momento. O comício de encerramento foi marcado para 16 de abril em São Paulo, quando 1,5 milhão de pessoas ocuparam o Vale do Anhangabaú.

No dia da votação, a emenda obteve 298 votos a favor, 22 a menos do que os 320 necessários para atingir o quórum de dois terços e ser encaminhada ao Senado. Votaram contra a proposta 65 deputados governistas. A derrota foi selada principalmente por 113 deputados que se ausentaram. (Agência Brasil)

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