Administração Municipal

Campinas já teve um papel muito importante no automobilismo nacional

Mesmo sem nunca ter abrigado um autódromo, Campinas sempre teve um papel muito importante no automobilismo nacional. No início do século passado, em vários pontos da cidade, eram disputadas provas que contavam com pilotos muito importantes daqueles tempos. Aliás, a cidade era tão representativa no cenário automotivo, que foi aqui que o tricampeão de Fórmula 1, Ayrton Senna da Silva, teve a primeira vitória na sua carreira.

No kartódromo do Taquaral, que criminosamente foi destruído pela administração municipal e que marcou o início da carreira de muitos pilotos, aos 9 anos, Ayrton conquistou sua primeira vitória no kart. Aqui também surgiram grandes pilotos: Antonio Jorge Neto, o Netinho, foi vitorioso em duas e quatro rodas. Nas quatro rodas também surgiram várias estrelas, como a família Negrão (Xandy, Guto e Xandinho) e Benedicto Moreira Lopes, que tinha o simbólico apelido de “Campineiro Voador”.

Tradicional

No próximo domingo (28), essa longa história da cidade no automobilismo será relembrada mais uma vez. A partir das 9h, será disputada a 8ª Volta do Chapadão, na Torre do Castelo. A corrida reunirá modelos da época pós 1ª guerra mundial e marcará os 89 anos da primeira prova disputada na cidade. Os organizadores, entre eles o apaixonado por automóveis antigos Ronaldo “Topete” Lopes,  também vão homenagear a carreira do campineiro Benedicto Lopes.

 

A prova terá largada na rua João Erbolato, na região da Torre do Castelo, e contará com dez bólidos que simularão uma disputa. Também haverá uma exposição de vários modelos de carros de corrida da época e de modelos antigos de passeio. O evento contará com a taça conquistada por Benedicto Lopes no Circuito do Chapadão de 1937.

História

A “Volta do Chapadão” teve sua primeira edição em 1935, antes mesmo da inauguração do Autódromo José Carlos Pace, Interlagos-SP, que foi em 12 de maio de 1940. A corrida ganhou prestígio internacional, atraindo pilotos da Europa, incluindo Itália e Inglaterra.

A vitória na primeira competição foi do piloto brasileiro Chico Landi. Landi foi o primeiro piloto brasileiro na Fórmula 1 e chegou a pilotar para a equipe de Enzo Ferrari. Em 1936, a corrida não ocorreu e em 1937, Benedicto Lopes sagrou-se campeão, ganhando o apelido de “Campineiro Voador”.

Nascido em Campinas, em 11 de novembro de 1904, Benedicto Moreira Lopes era filho de um maestro e uma dona de casa. Desenvolveu seu talento em mecânica e restauração de automóveis, iniciando sua carreira no automobilismo em 1934, no 2º Grande Prêmio do Rio de Janeiro, na Gávea.

Em 1935, Lopes adaptou um Ford V8 para corridas, participando do 3º GP do Rio e da 1ª Volta do Chapadão, em Campinas. Sua consagração veio em 1937, quando, pilotando um Alfa Romeo, venceu o GP de São Paulo e a 2ª Volta do Chapadão e participou de duas provas em Portugal. Sua última prova foi em 1954 quando saiu vitorioso no “3º Circuito do Maracanã”, no Rio de Janeiro.

O piloto faleceu em 8 de agosto de 1989. Atualmente, lei municipal define o último domingo de julho como o “Dia do Antigomobilista Benedicto Lopes”. Mais uma curiosidade, a palavra antigomobilismo, que hoje está oficialmente nos dicionários brasileiros, é de autoria do colecionador, advogado e jornalista automotivo José Roberto Nasser.

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Seminário destaca a importância das políticas públicas para a longevidade

O prefeito de Campinas, Dário Saadi, destacou a importância da ampliação de políticas públicas direcionadas para a população idosa durante o 10º Seminário sobre Longevidade e Qualidade de Vida da Unicamp, realizado na manhã de hoje (4).

O evento faz parte do Programa UniversIDADE, da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp, e reuniu cerca de 300 espectadores no auditório da Faculdade de Ciências Médicas (FCM). O tema desta edição foi “abandono afetivo e qualidade de vida”.

Dário participou da mesa de abertura com o reitor da universidade, Antonio José de Almeida Meirelles, o Tom Zé. O seminário teve ainda apresentações culturais e palestras.

“Esse seminário é uma oportunidade única de discutir políticas públicas para a longevidade, antigamente chamada de terceira idade. A população brasileira, a campineira em especial, está vivendo mais e o poder público tem que ter políticas que atendam essa população”, ressaltou o prefeito.

Ao avaliar a importância da apresentação na Unicamp, Dário alertou que situações de abandono também demandam ações da Prefeitura, comentou sobre a preocupação do poder público com financiamento de novas medidas e lembrou que todas as secretarias de Campinas têm iniciativas direcionadas para moradores com 60 anos ou mais.

O prefeito destacou, por exemplo, o objetivo de replicar para mais pontos da cidade projetos como o Centro Dia da Pessoa Idosa Maria Gonzales Alvarez, inaugurado em 5 de setembro no Jardim do Lago II, região Sul, que atende idosos em situação de violação de direitos ou em risco. A obra ocorreu por meio de parceria entre Administração Municipal e Conselho Municipal do Idoso, que direcionou R$ 2 milhões, e pode atender 30 pessoas diariamente.

O reitor da Unicamp também valorizou a importância do seminário. “Para a gente é um orgulho este programa, já com um bom tempo, dez anos, e que mostra essa vitalidade da nossa universidade com relação ao mundo externo. Estreitar essas relações e prestar um serviço que é muito bonito para a sociedade, para que as pessoas mantenham saúde, ajudem a organizar sua vida, tenham atividade esportiva, tenham atividade cultural, é a universidade prestando serviço à sociedade”, avaliou o reitor.

O Programa UniversIDADE foi implementado em 2015, quando o atual secretário de Educação de Campinas, José Tadeu Jorge, foi reitor da Unicamp pela segunda vez. Ele é voltado para pessoas a partir dos 50 anos e reúne atividades gratuitas para capacitação do desenvolvimento físico e emocional nos eixos de arte e cultura, esporte e lazer, saúde física e mental, sociocultural e empreendedorismo.

 

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