Cancer

Pulmão gigante vai mostrar os danos causados pelo tabaco

Com o intuito de levar á população conhecimentos essenciais sobre o câncer de pulmão e os perigos do tabagismo, a Rodoviária de Campinas vai receber um Pulmão Gigante. A ação será amanhã (10) e é uma parceria com o SOnHe, grupo composto por oncologistas e hematologistas que atuam em hospitais e unidades de tratamento de câncer em Campinas e região.

O Pulmão Gigante é uma experiência educativa interativa que permite aos participantes visualizarem os danos causados pelo tabaco ao pulmão de forma vívida e impactante. Através de informações detalhadas e esclarecedoras fornecidas pela equipe do Grupo SOnHe, os visitantes terão a oportunidade de compreenderem os riscos do tabagismo e aprenderem sobre medidas preventivas para proteger sua saúde pulmonar.

Esta ação é parte integrante do “Maio Sem Fumaça”, um mês dedicado à conscientização sobre os malefícios do tabaco, culminando no Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio. Instituído pela OMS – Organização Mundial da Saúde em 1987, este dia tem como objetivo alertar a população sobre as doenças e mortes evitáveis relacionadas ao tabagismo.

Durante todo o período da ação, a equipe do Grupo SOnHe estará presente para distribuir folhetos informativos e interagir com os visitantes, chamando a atenção para a importância da prevenção do câncer de pulmão e da adoção de um estilo de vida livre do tabaco.
O cigarro é a principal causa evitável de adoecimento e mortes precoces no mundo, causando cerca de 8 milhões de mortes ao ano. Apesar da queda no número de fumantes, o Brasil ainda ocupa a oitava posição no ranking da OMS em número absoluto de fumantes. São ainda 21 milhões de tabagistas no país. Embora o número de tabagistas no Brasil tenha caído mais de 35% desde 2010, o uso do chamado VAPE (cigarro eletrônico), aumentou 600% nos últimos 6 anos, especialmente entre os jovens.

O tabagismo é o principal causador do câncer de pulmão, sendo responsável por mais de 80% dos casos (o cigarro contém mais de 2.500 substâncias nocivas e pelo menos 50 delas são comprovadamente cancerígenas). No Brasil, 443 pessoas morrem por dia por doenças ligadas ao cigarro e não apenas câncer.

O câncer de pulmão é o terceiro câncer mais frequente nos homens, com mais de 18 mil casos novos, e o quarto nas mulheres, com 14.500 casos novos no Brasil, em 2023, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Além disso, é o câncer que mais mata homens (16 mil mortes) e o segundo causador de óbitos nas mulheres, com 11 mil mortes no Brasil, em 2018.

No mundo, o câncer de pulmão mata mais que o câncer de próstata, mama e intestino juntos, sendo responsável por 30% de todas as mortes por câncer em homens e 27% nas mulheres. Na fase inicial, a doença pode ser silenciosa e não causar qualquer sintoma, o que dificulta seu diagnóstico precoce. Cerca de 80% dos casos são descobertos quando a doença já está avançada localmente ou já se espalhou para outros órgãos (metástases).

Serviço
Pulmão Gigante na Rodoviária de Campinas
Quando: Sexta-feira, dia 10 de maio de 2024
Horário: das 8h às 16h
Local: Rodoviária de Campinas – Rua Dr. Pereira Lima, S/Nº – Bairro Vila Industrial – Campinas/SP.

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Mulheres em tratamento contra o câncer recebem perucas

Mulheres em tratamento contra o câncer na Unacon – Unidade de Alta Complexidade em Oncologia, da Rede Mário Gatti de Urgência e Hospitalar, receberam nesta quinta-feira, 25 de abril, perucas doadas pela Cabelegria, uma organização sem fins lucrativos de São Paulo.

Além da entrega para 30 mulheres, também houve corte de cabelos que foram doados para a confecção de mais perucas. Uma das mulheres que recebeu peruca foi Milene Evangelista Assumpção, que trata câncer, pela terceira vez. Ela teve em uma mama, passou por cirurgia de retirada, depois apareceu na outra que também retirou e quando se preparava para procedimento de reconstrução, o câncer apareceu na pele.

“A doença mexe muito com a gente, mas a queda de cabelo mexe com nossa autoestima. Desde o primeiro tratamento eu não me olhava no espelho”, disse. Ela tinha cabelos longos e escolheu uma peruca semelhante. “Estou parecendo a Milene novamente. Muito feliz com os cabelos e agora é pedir a Deus que o sofrimento acabe logo”, afirmou.

Diná, acompanhada do marido, ficou feliz com o presente/ fotos Fernanda Sunega

O primeiro diagnóstico de câncer de mama veio em 2008 e a quimioterapia provocou a queda de seus cabelos Diná Martins dos Santos. Tempos depois, o câncer surgiu na outra mama, que ela segue tratando para poder se submeter à cirurgia de retirada das mamas e fazer a reconstrução.

“É um período difícil, pela doença e pela perda dos cabelos, mas tenho apoio do marido que sempre me acompanha e da família. Estou muito feliz com a peruca que ganhei”, disse.

Leonice de Ramos, há quatro meses em tratamento de câncer e perdeu os cabelos já no primeiro mês, também ganhou peruca. “É uma agonia grande perder os cabelos, dá uma tristeza muito grande, mas agora a peruca vai ajudar bastante”, disse, após provar algumas e encontrar uma, com a ajuda do marido

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Mário Gatti e Cabelegria iniciaram uma campanha para a doação de cabelos

A Rede Mário Gatti e a ONG Cabelegria iniciaram uma campanha de doação de cabelos para a confecção de perucas para as mulheres em tratamento na Unacom – Unidade de Alta Complexidade em Oncologia.

A ONG Cabelegria é uma organização sem fins lucrativos de São Paulo, que confecciona e distribui perucas para pacientes no tratamento contra o câncer.

Segundo a coordenadora de Humanização da Rede, Lucimeire Martini, a mecha deve ter, no mínimo, 15 centímetros de comprimento e não importa se tem química ou é tingido.

Antes do corte é preciso lavar e deixar o cabelo secar naturalmente, depois fazer um rabo e amarrar com elástico e cortar. A mecha deve ser colocada em um saco plástico e entregue na área de Humanização, que fica no prédio administrativo do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.

Corte solidário

Para os profissionais da saúde e comunidade da Rede Mário Gatti, a campanha inclui cortes de cabelos gratuitos com profissionais do Banco de Perucas do Cabelegria.

Eles estarão na próxima quinta-feira, 25 de abril, das 8h às 15h, no estacionamento do prédio administrativo e o atendimento será por ordem de chegada.

Também na próxima quinta-feira, mulheres atendidas na Unacon receberão a doação de perucas confeccionadas pela Cabelegria.

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Saúde Brasil passa a adotar esquema de dose única contra o HPV

A vacinação contra o HPV no Brasil, a partir de agora, passa a ser feita em dose única. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, na noite dessa segunda-feira (1º). Até então, o país utilizava um esquema de duas doses para combater a infecção, principal causadora do câncer de colo de útero.

“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o câncer de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.

Nísia pediu ainda que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina. Segundo ela, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante. “O maior número desde 2018 e um aumento de 42% no número de doses aplicadas em relação a 2022”.

“Agora, temos mais vacinas para proteger nossa população contra os riscos causados por esse vírus. Usar apenas uma dose de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou.

Quem pode se vacinar

A imunização no Brasil, atualmente, é indicada para meninos e meninas de 9 a 14 anos; vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente; pessoas que vivem com HIV; transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea; e pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos.

Testagem

Em março, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS) de um teste para detecção de HPV em mulheres classificado pela própria pasta como inovador. A tecnologia utiliza testagem molecular para a detecção do vírus e o rastreamento do câncer do colo do útero, além de permitir que a testagem seja feita apenas de cinco em cinco anos.

A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.

A infecção

O HPV é considerado atualmente a infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo e o principal causador do câncer de colo de útero. A estimativa do ministério é que cerca de 17 mil mulheres sejam diagnosticadas com a doença no Brasil todos os anos.

Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.

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Crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas, revela estudo

As crianças brasileiras estão mais altas e mais obesas. É o que mostra estudo conduzido por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimento para Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Cidacs/Fiocruz Bahia), em colaboração com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a University College London.

Os resultados do estudo indicaram que, entre 2001 e 2014, a estatura infantil, em média, aumentou 1 centímetro. A prevalência de excesso de peso e obesidade também teve aumento considerável entre os dados analisados. A prevalência de obesidade entre os grupos analisados subiu até cerca de 3%.

A pesquisa foi publicada na revista The Lancet Regional Health – America e baseou-se na observação das medidas de mais de 5 milhões de crianças brasileiras. Segundo os pesquisadores, tais resultados indicam que o Brasil, assim como os demais países em todo o mundo, está longe de atingir a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de deter o aumento da prevalência da obesidade até 2030.

De acordo com a pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia e líder da investigação, Carolina Vieira, a obesidade infantil é preocupante. O Ministério da Saúde explica que tanto o sobrepeso quanto a obesidade referem-se ao acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade é fator de risco para enfermidades como doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer.

“Tem estudos que indicam que a criança que vive com obesidade aumenta a chance de persistir com essa doença durante todo o ciclo da vida dela”, diz Carolina. “Em termos de saúde pública,  pensamos que a carga dessas doenças crônicas não transmissíveis e os custos associados à obesidade aumentam ao longo do tempo. Então, é necessária uma ação efetiva e coordenada, porque senão as repercussões dessa doença para a saúde pública nos próximos anos serão bem alarmantes”.

A pesquisa

O estudo analisou dados de 5.750.214 crianças, de 3 a 10 anos, que constam em três sistemas administrativos: o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), o Sistema de Informação de Nascidos Vivos (Sinasc) e o Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan). Isso possibilitou uma análise longitudinal, ou seja, ao longo da vida de cada uma das crianças, por meio de informações coletados ao longo dos anos.

Os dados analisados foram divididos em dois grupos: nascidos de 2001 a 2007 e nascidos de 2008 a 2014. Foram levadas em conta também as diferenças entre os sexos declarados. Com isso, estimou-se uma trajetória média de índice de massa corporal (IMC) – indicador usado para determinar o peso ideal e variações que indicam magreza, sobrepeso ou obesidade – e altura para as meninas, e outra para os meninos.

Na comparação entre os dois grupos, ou seja, dos nascidos até 2007 e dos nascidos até 2014, considerados aqueles com idades de 5 a 10 anos, a prevalência de excesso de peso aumentou 3,2% entre os meninos e 2,7% entre as meninas. No caso da obesidade, a prevalência entre os meninos passou de 11,1% no primeiro grupo (nascidos até 2007) para 13,8% no segundo grupo (nascidos até 2014) o que significa aumento de 2,7%. Entre as meninas, a taxa passou de 9,1% para 11,2%, aumento de 2,1%.

Na faixa etária de 3 e 4 anos, o aumento foi menor na comparação entre os dois grupos. Quanto ao excesso de peso, houve alta de 0,9% entre os meninos e de 0,8% entre as meninas. Em termos de obesidade, a prevalência passou de 4% para 4,5% entre os meninos e de 3,6% para 3,9% entre as meninas, ou seja, houve crescimento de 0,5% e 0,3%, respectivamente.

O estudo constatou ainda o aumento na trajetória média de altura do grupo de nascidos entre 2008 e 2014 de aproximadamente 1 centímetro em ambos os sexos. De acordo com Carolina Vieira, tal crescimento reflete a melhoria nas condições de vida e de saúde.

“Os estudos demonstram que ter mais altura tem sido associado a alguns desfechos positivos na saúde, como menor probabilidade de doenças cardíacas e derrames e mais longevidade. Mas a altura do indivíduo, a altura da criança, reflete muito o desenvolvimento econômico, a melhoria das condições de vida. Maior escolaridade materna, mais pessoas vivendo na área urbana, são alguns dos exemplos de melhoria dessas condições no Brasil nos últimos anos”, diz a pesquisadora.

Má nutrição

Além do aumento da obesidade, o Brasil enfrenta a fome. Estudo do Instituto Fome Zero revela que o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave no Brasil chegou a 20 milhões no quarto trimestre do ano passado.

Apesar de estar aumentando a prevalência da obesidade, o Brasil hoje vive a dupla carga de má nutrição: prevalência de crianças desnutridas e de crianças com obesidade. “É preciso olhar realmente para esses dois extremos – da desnutrição e da obesidade – ocorrendo simultaneamente”, destaca Carolina Vieira. (Agência Brasil)

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Boldrini realiza curso de capacitação para novos voluntários

O Centro Infantil Boldrini, referência no tratamento de câncer pediátrico e doenças do sangue, realizará um Curso de capacitação de voluntários, para auxiliá-los nas atividades junto aos pacientes e familiares no hospital, no dia 23 de março, das 9h às 15h, no auditório, na Rua Gabriel Porto, 1.270, na Cidade Universitária, em Barão Geraldo, Campinas.

Os candidatos devem participar das atividades e escolher a área em que desejam atuar, entre as diferentes áreas na instituição. Villa Boldrini, Terapias Complementares, Recreação e Artes, Ludoteca, Internação, Estação Boldrini, Capelania, Artesanato e Costura, Acompanhamento Escolar, Acolhimento e Força Jovem. Estas são as áreas em que os voluntários participam.

No dia da capacitação, os interessados devem apresentar preenchido o questionário disponível no site do Boldrini (www܂boldrini܂org܂br) e responder às questões sobre seus conceitos de voluntariado, e expectativas sobre o trabalho dentro do hospital. O participante também precisa preencher o Cadastro do Voluntário, que será entregue no dia das atividades. Para isso, deverá apresentar uma foto 3×4 e cópia de documento de identidade (RG), atualizados, com até 10 anos de validade.

Posteriormente, os candidatos receberão informações mais pontuais e direcionadas, durante as primeiras semanas de atividades no setor escolhido. Conhecerão adicionalmente as normas internas do voluntariado e do hospital. Cumpridas essas etapas, estarão habilitados para iniciar o serviço de voluntariado.

Informações sobre as Áreas do voluntariado e o questionário que deverá ser entregue preenchido estão no portal do Boldrini.

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Mortes causadas pelo câncer de mama aumentam em Campinas

A mortalidade por câncer de mama em Campinas aumentou entre 2010 e 2021, apesar de uma série de melhorias na assistência de saúde à população.

O novo boletim elaborado pela Secretaria de Saúde e Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) mostra crescimento do coeficiente de óbitos no triênio 2019-2021, em relação ao período anterior. Veja abaixo a evolução nas últimas duas décadas.

O levantamento indica coeficiente de 17,8 óbitos para cada 100 mil mulheres de 2019 a 2021. No triênio anterior, ele era de 16,3, e entre 2010 e 2012 estava na faixa de 15,8.

Por outro lado, o número permanece inferior aos coeficientes registrados de 2001 a 2009, que variaram de 19,1 a 22,8 no intervalo.

Coeficiente de mortalidade por câncer de mama  

2001-2003 – 19,1 óbitos por 100 mil habitantes
2004-2006 – 19,7
2007-2009 – 22,8
2010-2012 – 15,8
2013-2015 – 15,9
2016-2018 – 16,3
2019-2021 – 17,8

Por que aumentou no triênio 2019-2021?

A coordenadora da área da saúde da mulher do Departamento de Saúde, Miriam Nobre, destacou que a pandemia da covid-19 refletiu nos resultados mais recentes.

“A pandemia teve impacto na realização do exame de rastreamento, tivemos interrupção da oferta quando tudo parou e depois teve demora no retorno das mulheres para fazerem o rastreamento. Com tudo isso, tivemos casos que chegaram com diagnóstico mais tardio e houve aumento da morbimortalidade”, avaliou.

Ela ressaltou que a assistência às pacientes em Campinas é qualificada e explicou que as moradoras devem procurar a equipe da unidade de saúde mais próxima da residência para receber apoio, esclarecer dúvidas, buscar mais informações e solicitar exames preventivos.

“Temos uma linha de cuidado bem estabelecida. Quando a mamografia está alterada, que necessite de exames complementares ou biópsia, o serviço que fez o exame já convoca a usuária, diminui o tempo para o diagnóstico, e com isto melhora na morbimortalidade”, frisou Miriam, ao destacar que nos últimos anos ocorreram melhorias para fluxo de exames das pacientes, o que reduziu tempo de diagnóstico, e que a Campinas detém serviço próprio de mastologia com equipe especializada.

Tendência?

Para Juliana Natívio, coordenadora do RCBP de Campinas (Registro de Câncer de Base Populacional) , a crise sanitária deve inclusive repercutir em resultados do triênio 2022-2024. “No período da pandemia houve suspensão de cirurgias eletivas e impactos no acesso a diagnósticos e tratamento”, ponderou.

Câncer de mama é o mais incidente

O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) de Campinas indica que, de 2013 a 2022, o câncer de mama representou a maior proporção de óbitos por neoplasias em mulheres. Nos últimos anos, diz o boletim, a doença tem provocado quase 125 mortes por ano na cidade.

“No período de 2010 a 2018, em torno de 550 novos casos de câncer de mama invasivo foram diagnosticados por ano. O cálculo da taxa de incidência pela população feminina nos mostra que 72,3 mulheres em cada 100 mil habitantes (taxa ajustada pela população brasileira 2010) ao ano tiveram diagnóstico desta neoplasia”, diz o texto do boletim.

A idade é um dos fatores que mais atribui risco para o câncer de mama, portanto, há aumento de incidência nas faixas etárias mais avançadas.

No período de 2010 a 2018, a média de idade nos casos diagnosticados foi de 58 anos. O intervalo de diagnóstico em Campinas foi dos 21 aos 103 anos, segundo o levantamento.

Depois do câncer de mama, os mais incidentes foram de cólon/reto, e de tireóide/pulmões.

Proporção de óbitos por neoplasias em Campinas – 2013-2022

 

Mama – 16%
Colorretal – 12%
Brônquios e pulmões – 11%
Pâncreas – 7%
Estômago – 5%
Ovário – 4%
Corpo do útero – 4%
Fígado – 3%
Encéfalo – 3%
Demais neoplasias – 35%

Distribuição proporcional de lesões na mama segundo extensão – 2010 a 2018

In situ (“no local”) – 11%
Localizado – 29%
Metástase – 31%
Sem informação – 29%

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Médico traz para Campinas método inovador de remoção de tumores

A “alcoolização de tumores” ou “ablação de tumores com etanol” tem sido utilizada praticada em cistos ou áreas predominantemente císticas de tireóide e parótida, além de ser indicada para tumores císticos benignos e para pacientes que não querem ou não podem fazer cirurgia.

Um procedimento inovador para a remoção de tumores tem facilitado a vida dos pacientes que não querem ou não podem fazer cirurgia, em Campinas. A alcoolização de tumores ou ablação de tumores com etanol consiste na injeção de álcool absoluto (99,9%) dentro de um tumor, que pode ser sólido, cístico (líquido) ou misto.

O médico Ademar Yamanaka, que pratica o método na cidade, conta que a primeira experiência aconteceu em 1983 no Japão, na universidade de Chiba.

Numa mesa de bar, dois médicos pesquisadores tiveram a brilhante ideia de destruir um tumor de fígado injetando álcool absoluto dentro do mesmo. Para isso, produziram experimentalmente um câncer em um coelho implantando células no animal. A seguir, injetaram álcool absoluto no tumor, guiado por ultrassom em tempo real, e comprovaram a destruição do câncer. Um ano depois, esse procedimento passou a ser utilizado para tratamento de câncer de fígado diagnosticado precocemente pelo ultrassom em humanos.

De acordo com Yamanaka, a ablação com etanol ou alcoolização tem sido praticada em cistos ou áreas predominantemente císticas de tireóide e parótida, entre outros da região do pescoço. É também indicada para tumores císticos benignos e para pacientes que não querem ou não podem fazer cirurgia. Ele acrescenta que o procedimento é realizado sem internação e com anestesia local e não deixa cicatrizes.

“Tive a honra de conhecer esses pesquisadores e toda a equipe, pois eu fazia a minha pós-graduação no mesmo local. Convivi com eles todos os dias. Estava no lugar certo, na hora certa”, diz o médico, que é graduado em Medicina pela Unicamp, com mestrado pela Chiba University e doutorado em Clínica Médica pela Unicamp.

 

 

 

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“Precisamos de comida, não de tabaco” é o tema para o Dia Mundial sem Cigarro

“Precisamos de comida, não de tabaco”, reforça o tema, em português, da campanha da OMS – Organização Mundial da Saúde para o Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nesta quarta-feira (31). A campanha chama a atenção para a sobrevivência humana e para os impactos negativos do tabaco para o meio ambiente.

Em entrevista o diretor executivo da Fundação do Câncer, cirurgião oncológico Luiz Augusto Maltoni, reconheceu que esse é um desafio imenso ainda.

“Porque a gente sabe que o Brasil é um grande produtor de tabaco, principalmente na Região Sul. E é difícil sensibilizar aquela população do cultivo de que é importante mudar a cultura para outros tipos de plantio. Sobretudo porque naquela região existem incentivos por parte dos governos locais. Fica difícil mudar uma cultura que vem, muitas vezes, de gerações de famílias que cultivam tabaco. É um trabalho que ocorre não só no Brasil, mas no mundo todo e a OMS pegou isso como uma bandeira importante no contexto todo do controle do tabaco”, disse o médico.

Além de causar dependência, o fumo provoca quatro vezes mais doenças coronarianas, acidente vascular cerebral (AVC); 12 vezes mais doenças de pulmão; no caso das mulheres, de 12 a 13 vezes mais câncer de pulmão; no caso do homem, mais 23 vezes câncer de pulmão.

“A gente está cansado de saber o mal que o hábito de fumar traz para o organismo humano. Fora isso, a ideia este ano é chamar a atenção para o mal que faz para a natureza e a sociedade como um todo, a poluição que causa”. Na parte do cultivo, Maltoni destacou que o foco são os alimentos. “Vamos plantar coisas saudáveis, em vez de tabaco”, propôs.

A tarefa, entretanto, não é coisa simples. É um trabalho árduo, porque significa mudar uma cultura e hábitos de tantos anos, mas é preciso chamar a atenção para a necessidade de reversão desse quadro, assegurou o diretor executivo da Fundação do Câncer.

“O que se arrecada em impostos com a indústria do tabaco é muito aquém dos gastos com a saúde, com tratamento e com as doenças decorrentes da utilização do tabaco. É preciso sensibilizar as pessoas para fazer mudança; mobilizar a sociedade, os governantes e os tomadores de decisão para que ajudem em mudanças de legislação, na questão dos subsídios legais, para que a gente possa ver isso acontecer de fato”.

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