Frente Nacional de Prefeitos

Dário vai a Brasília em busca compensação para a Educação

O prefeito Dário Saadi participou, nesta segunda-feira, 22 de janeiro, de uma reunião da Frente Nacional de Prefeitos (FNP) com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e prefeitos de diversas cidades do País sobre as mudanças nos critérios de repasses da Quota parte do Salário Educação (QSE). Com as alterações, que afetam municípios do Sul e Sudeste, Campinas perde mais de R$ 32 milhões.

“A reunião de hoje teve como objetivo tentar reverter essa situação. Nós colocamos para o ministro a nossa demanda e como é importante ter uma compensação ou um período de transição para que Campinas e as outras cidades do Sul e Sudeste não sejam prejudicadas”, disse o prefeito, que também é vice-presidente de Saúde da FNP.

As mudanças nos critérios de repasse foram determinadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2022, mas as cidades impactadas só tiveram acesso às estimativas de redução no final de 2023, após a conclusão dos projetos de Lei Orçamentária Anual (LOA). Em Campinas, por exemplo, o valor previsto na LOA 2024 era de R$ 61,4 milhões e, com a mudança, o município deve receber R$ 27,5 milhões.

A Secretaria de Educação de Campinas já está estudando como será feito o remanejamento das verbas, já que essa redução de recursos impacta na alimentação escolar e na compra de uniformes.

Lei de Responsabilidade Fiscal

A preocupação dos prefeitos, além da queda nos recursos para a educação que vai impactar importantes ações da área, também é com a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) uma vez que, como 2024 é um ano de encerramento de mandatos, a legislação fiscal é mais rigorosa.

Simulações do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) estimam que cidades do Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo vão perder R$ 3 bilhões/ano com nova forma de rateio do salário-educação.

Dário vai a Brasília em busca compensação para a Educação Read More »

Dário Saadi sobe na tribuna do Senado e defende reforma nas receitas dos municípios

O prefeito de Campinas e vice-presidente em Saúde da Frente Nacional de Prefeitos, Dário Saadi, participou, hoje (28), de um debate no Senado Federal sobre os impactos da Reforma Tributária para os municípios.

O chefe do executivo campineiro defendeu uma reforma que traga desenvolvimento para todo o País, mas que principalmente garanta receita para os municípios.

O encontro teve como objetivo apresentar, mais uma vez, as demandas das médias e grandes cidades e conseguir o aprimoramento do texto da Reforma, já aprovada na Câmara dos Deputados em julho, e, assim, reduzir os impactos para os municípios que têm o ISS como uma das principais fontes de recurso.

“Nas últimas décadas as atribuições dos municípios têm aumentado, sem uma contrapartida, sem o repasse dos recursos correspondentes. As cidades têm, hoje, responsabilidades muito grandes com a saúde, a segurança e o transporte público. Ao tirar a gestão do ISS dos municípios, esses serviços serão comprometidos”, disse Dário Saadi.

O prefeito ressaltou, ainda, que a Reforma não vai impactar só os grandes municípios. “Não acho que a pessoa que é vulnerável em uma cidade grande é diferente da pessoa que é vulnerável na cidade pequena. Nós temos que valorizar as pessoas”, afirmou. “O que nós defendemos aqui é a redução das desigualdades, seja a desigualdade de uma cidade pequena, seja a desigualdade em uma cidade grande. Nós defendemos aqui um País mais justo.”

Cinco pontos defendidos pela Frente Nacional de Prefeitos

1 – Cota-parte do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) Estadual como receita própria dos municípios

Além de garantir mais governabilidade das cidades sobre essa receita, o recurso do IBS estaria sujeito à distribuição conforme o nível de consumo ocorrido nos territórios (princípio do destino). Do montante, 10% seria dividido a partir de critérios educacionais, 5% seria dividido igualmente entre os municípios e 85% seria convertido da cota-parte em “IBS Municipal”.

2 – Imunidade recíproca

Hoje, estados e União têm imunidade na cobrança de impostos municipais, como o IPTU. Os prefeitos e prefeitas defendem que essa imunidade seja adotada, também, em compras públicas. Sem a incidência de impostos estaduais e federais, a margem de lucro dos fornecedores seria maior, melhorando a competitividade do município.

3 – Participação mínima no “bolo tributário”

Emenda apresentada pela FNP propõe que seja estabelecido um patamar mínimo, definido pela média da participação municipal dos últimos, a partir de uma média da receita dos últimos 5 anos. Esse mecanismo só seria acionado quando o repasse ficar abaixo da média.

4 – Equilíbrio no Conselho Federativo

A FNP propõe nove representantes por cidades de até 80 mil habitantes; nove por cidade não capitais com mais de 80 mil habitantes; e nove por capitais. Também defende que as deliberações sejam feitas a partir de maioria absoluta (2/3) e representação de pelo menos 60% da população do País.

5 – Garantia de serviços públicos essenciais disciplinando o pagamento de precatórios

Outra emenda apresentada pela Frente é que se considere como superendividados os entes federados que tenham mais de 2% da sua Receita Corrente Líquida comprometida com o pagamento de precatórios, permitindo, entre outras medidas, que eles continuem recebendo transferências voluntárias e não tenham os recursos sequestrados.

Dário Saadi sobe na tribuna do Senado e defende reforma nas receitas dos municípios Read More »

Rolar para cima